Depois de editar as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, com cortes no seguro-desemprego, auxílio-doença, PIS e pensões, anunciadas em dezembro, o governo Dilma Rousseff (PT) decidiu engrossar a carga de impostos que afeta a população. É mais uma péssima notícia para os trabalhadores e aposentados brasileiros.
Na segunda-feira passada (19), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou a elevação do PIS e da Cofins sobre os combustíveis e o retorno da Cide da gasolina (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). O aumento conjunto dos tributos corresponderá a R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel, valores que a Petrobras já anunciou que repassará integralmente aos consumidores.
O ministro de Dilma anunciou também os aumentos do IPI sobre os atacadistas de cosméticos, do PIS e da Cofins sobre os produtos importados e do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) no crédito para pessoas físicas.
Se não bastasse, a presidente Dilma vetou no dia seguinte, terça-feira (20), o texto aprovado pelo Congresso Nacional que corrigia em 6,5% a tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. A medida aliviaria a tributação dos salários e aposentadorias, ao utilizar um índice mais compatível com a inflação do ano passado, de 6,41%.
Na prática, com o veto, Dilma novamente retira dinheiro do bolso dos brasileiros. Isso acontece porque os trabalhadores que conseguem aumentos nos salários, mesmo que seja apenas a correção da inflação, passam a pagar alíquotas mais altas do Imposto de Renda. O Planalto deverá promover uma correção de apenas 4,5% na tabela, correspondente à meta oficial de inflação – que, por sinal, é descumprida desde 2010.
Veja os ataques das MPs 664 e 665 anunciadas em dezembro. Dia 28 centrais sindicais chamam atos contra estas medidas. (Infográfico Sindmetal SJC) |
Toda essa série de medidas foram anunciadas como um socorro às contas públicas. Contudo, o rombo foi causado pelas renúncias fiscais do governo – como o IPI, por exemplo – que, de acordo com o sindicalista, foram voltadas para benefício dos empresários. Agora, o governo estaria tentando consertar, à custa dos trabalhadores, um rombo que estes não causaram.
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