Taxa 6 vezes superior à inflação oficial, mostra que ciranda financeira continua
Apesar de a inflação permanecer em apenas um dígito, os juros do cheque especial continuam a subir no Brasil. Segundo levantamento da Fundação Procon, a taxa média no cheque especial saltou de 8,81% (175,44% ao ano), em fevereiro, para 8,95% (179,72%) ao mês.
Dos sete bancos pesquisados pelo Procon – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander – quatro elevaram os juros do cheque.
No empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados ficou estável entre fevereiro para março, em 5,46% ao mês (89,25% ao ano).
“O consumidor deve evitar novos empréstimos, especialmente na modalidade cheque especial, que é a que vem apresentando as maiores taxas. O momento é ideal para priorizar o acerto de débitos e evitar o acúmulo de dívidas”, adverte, em nota, o Procon.
Os juros no cheque especial não têm comparação com qualquer taxa praticada nos principais países do mundo. A sua persistência durante todo o Plano Real no patamar de três dígitos reforça a crítica de analistas que apontam que, diferentemente da economia real, a inflação financeira em nenhum momento decresceu, mantendo-se, inclusive, em nível pelo menos duas vezes maior a do último mês do governo José Sarney e o primeiro da administração Fernando Collor, de 84% em março.
Monitor Mercantil | 11/04/2014
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