segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dilma já torrou 95% de 2012 com débitos


Dilma já torrou 95% de 2012 com débitos
Monitor Mercantil - 28/09/2012

Em 8 meses, gastança atingiu R$ 670 bilhões, quase igual a todo o ano passado

Apesar da taxa básica de juros (Selic) em queda, até 25 de setembro o governo já torrou R$ 670 bilhões com juros e amortizações da dívida federal. Isso corresponde a 95% dos R$ 708 bilhões gastos em todo o ano passado.

A informação é do economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida, ao comentar informação do Banco Central (BC), dando conta de que, em agosto, o superávit primário (desvio de recursos para gastar com juros) chegou a R$ 2,997 bilhões. No entanto, o arrocho fiscal no mês passado foi menor do que de agosto de 2011 (R$ 4,561 bilhões).


Nos oito meses do ano, o superávit primário ficou em R$ 74,225 bilhões, menor do que em igual período de 2011 (R$ 96,54 bilhões). Em 12 meses encerrados em agosto, o resultado atingiu R$ 106,395 bilhões, ou 2,46% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.


Todavia, o próprio BC admite que o aperto fiscal do setor público foi insuficiente para cobrir a gastança com juros. Essa rubrica consumiu R$ 19,118 bilhões, em agosto, chegando a inacreditáveis R$ 147,58 bilhões, nos oito meses do ano, ante R$ 21,663 bilhões e R$ 160,207 bilhões, respectivamente em iguais períodos de 2011.

Para cobrir o restante da derrama causada pelos gastos com juros, o governo recorre ainda à emissão de títulos (dívida nova), ao rendimento da Conta Única do Tesouro, à Desvinculação das Receitas da União (DRU), entre outras formas de financiamento.

"Os jornais também comentam que a dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,52 trilhão, ou R$ 35,1% do PIB, mas o governo subtrai diversos valores que o Estado teria a receber, como os empréstimos do Tesouro ao BNDES (R$ 334 bilhões), as reservas internacionais (R$ 759 bilhões), e até recursos do FAT (R$ 194 bilhões), que jamais poderiam ser utilizados para o pagamento da dívida", salienta Ávila.

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