por Almir Cezar
O problema fundamental macroeconômico da União Européia (UE) é cambial: a taxa de câmbio implícita dos países endividados (Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda e Itália, também chamado, PIIGS) apreciou-se em relação a da Alemanha, porque nos últimos 15 anos os salários reais da Alemanha diminuíram (os últimos dez anos, a taxa de lucro e dividendos financeiros das empresas alemães cresceram 50%, enquanto a massa de salários caiu quase 10%) em relação ao dos países endividados. Contudo, sob as amarras de uma moeda única, não há como o câmbio dos países flutuar entre si.
Isso explica porque a Alemanha, a maior economia da UE, vem sentindo menos os efeitos da crise, até porque também recebe a remessa de lucros das suas multinacionais instaladas nos PIIGS. Por sua vez, esta economia está, de alguma forma, drenando os recursos das demais parceiras, até das poderosas, como a Itália, Grã-Bretanha, e até da França, a 2a. maior economia da UE, e 5a. do mundo.
E ainda, o Governo resgata os bancos, que se superendivida, e aí bancos para "resgatarem" o Governo cobram taxas de juros altas, que este não consegue pagar. Como contrapartida exigem ajuste fiscal.
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