Brasil inova pouco e corre risco de desindustrialização
Fatia dos manufaturados na pauta de exportações caiu de 54,9% para 44% em cinco anos
Jornal do Commercio (terça-feira, 2 de março de 2010)
A falta de investimento em inovação está levando o Brasil a perder mercado no comércio internacional e pode fazer com que até os consumidores internos venham a preterir os produtos brasileiros em favor dos importados. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC) mostram a queda da participação dos manufaturados no total de produtos vendidos ao exterior.
Em 2004, estas mercadorias responderam por 54,9% da pauta de exportações, mas no ano passado estavam com sua fatia reduzida a 44%. Ao mesmo tempo, os produtos básicos, que em 2004 representavam 29,5% das exportações brasileiras, cinco anos mais tarde passaram para 40,5%.
A alta na demanda e, consequentemente, nos preços das commodities resultou em peso crescente dos produtos primários na pauta. "Nesse cenário, nosso crescimento está sendo autorizado pela China. Enquanto ela crescer, o Brasil cresce também, puxado pela venda de commodities", diz o diretor-geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), Roberto Nicolsky.
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