quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Triste replay das chuvas: Prevenção usou apenas 3% dos recursos

Tragédia anunciada, confirmando a advertência marxista de que a história só se repete como tragédia. Novamente as regiões mais ricas do Brasil são assolada pela catástrofe das inundações e deslizamentos de encostas no começo do ano. E apesar da sua recorrência e seriedade desse problema a prevenção usou apenas 3% dos já parcos recursos reservados no Orçamento Geral da União (OGU) de 2010, repetindo-se o que acontecera com o OGU 2009. Enquanto isso, o Governo de SP (sob a gestão do ex-presidenciável José Serra) gastou em dívida interna 600 vezes mais que o Governo Federal (do presidente Lula) em prevenção de desastres naturais.



Replay
Marcos Oliveira e Sergio Souto, 12/01/2011


Confirmando a antiga advertência de que a história só se repete como tragédia, o ano começa com Rio de Janeiro e São Paulo enfrentando recorrentes e dramáticos problemas provocados pelo despreparo das cidades brasileiras para lidarem com as fortes chuvas do início do verão. Também não muda, no caso do Rio, a distância do governador Sérgio Cabral (PMDB) dos lugares mais castigados com a perda de vidas humanas e destruição de lares.

Prevenção usou apenas 3%
Monitor Mercantil, 12/01/2011

Tragédia anunciada: Região Serrana devastada pelos temporais e mais de 250 mortes confirmadas até o fim da tarde de quarta-feira


Apesar de enchentes, como a que matou 257 pessoas no RJ, rubrica não teve prioridade


Apesar de o fenômeno ser recorrente em todo o início do ano, o Orçamento Geral da União de 2010 reservou apenas R$ 442,5 milhões para o Programa "Prevenção e Preparação para Desastres". Deste total, foram gastos apenas R$ 13 milhões (2,97%) até 25 de dezembro.

As afirmações foram feitas pelo economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Divida, ao comentar a situação das cidades brasileiras devastadas (outra vez) pelas chuvas de verão e que já resultaram em 257 mortes apenas no Estado do Rio de Janeiro, das quais 107 só em Teresópolis:

"Enquanto isso, os gastos com a dívida nunca atrasam. De janeiro a outubro de 2010, o Governo do Estado de São Paulo gastou R$ 7,8 bilhões com a dívida interna, valor 600 vezes maior que os R$ 13 milhões aplicados pelo Governo Federal em prevenção de desastres", comparou.

Diante da nova tragédia, a presidente Dilma Rousseff assinou medida provisória autorizando a destinação de R$ 780 milhões para socorrer os municípios atingidos pela enchentes. A MP será publicada, nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União.

Do total, R$ 700 milhões serão destinados ao Ministério da Integração Nacional para ações da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

A MP também destina R$ 80 milhões para o Ministério dos Transportes aplicar em obras de recuperação de estradas destruídas pelas enchentes.

Temporais castigam as regiões Sudeste e Centro-Oeste e a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais chuva para toda a semana.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), Francisco Machado, destaca ser necessário um planejamento e investimento em projetos voltados para prevenção de calamidades.

Segundo ele, é importante estabelecer medidas de segurança na área de engenharia, como a contenção de encostas.

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