segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Haiti: um ano do grande terremoto

Dois artigos que analisam as consequências e impasses que vivem o povo haitiano após um ano do grande terromoto que completou de devastar o país mais pobre das Américas e que passava já por um grave intervenção estrangeira comandada pela tropas da ONU sob liderança brasileira.

Um ano do terremoto e a ação militar no Rio de Janeiro
Sandra Quintela

Complexo do Alemão: 25 de novembro de 2010. Semana de 100 anos da Revolta da Chibata. Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, data instituída em 1981, em reverencia à memória das irmãs Mirabal, brutalmente assassinadas na República Dominicana durante o regime do ditador Trujillo, em 1960. Em tempo, Republica Dominicana e Haiti formam a mesma ilha.

Rio de Janeiro: blindados M-113, que também são usados pelos EUA na Guerra do Iraque. Bloqueio do espaço aéreo. Aeroportos fechados. Sirenes e helicópteros criavam um clima de medo em toda a cidade.

Mera Coincidência de datas históricas, lugares, eventos e... políticas? (clique aqui para ler)

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Tropas de desestabilização
Thalles Gomes, José Luis Patrola

“A Minustah deveria pacificar o país e hoje estamos pior. A Minustah mata haitianos", denunciou Ladiou Novembre, professor de ensino médio em Porto Príncipe, durante uma das dezenas de manifestações que eclodiram por todo o país nos últimos meses contra a ocupação militar da Minustah, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti.

De fato, 2010 tem sido o ano mais controverso da atuação da Minustah, que ocupa o território haitiano desde julho de 2004, quando foi criada sob o pretexto de que o Haiti representava “uma ameaça à paz e segurança da região”.

Durante os últimos seis anos foram recorrentes as denúncias de tortura, estupro e assassinato por parte de soldados da Minustah. Além disso, passados mais de onze meses desde o terremoto que abalou o país em 12 de Janeiro de 2010, as tropas da ONU ainda não foram capazes de dar uma resposta eficaz às vitimas do terremoto. Ruínas e acampamentos improvisados tomam as ruas da capital Porto Príncipe, mas não se vê nenhuma movimentação por parte das tropas militares para reconstrução de prédios e edifícios. (clique aqui para ler)

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