sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A reindustrialização de Niterói

por Almir Cezar Filho

A Economia Regional e Urbana brasileira, o ramo da Economia que trata dos fenômenos econômicos regionais e da urbanidade, vem falando recentemente muito em "desindustrialização" e de "economias de aglomeração" e desaglomeração, enfocando especialmente as regiões metropolitanas brasileiras, particularmente as de São Paulo e Rio de Janeiro.

Por um lado, sempre ilustra o dinamismo da vasta região brasileira em torno da RMSP- a Região Metropolitana de São Paulo (embora com perda no centro desta megarregião, as cidades que compõe a grande São Paulo) e uma longa trajetória de tendência de perda do dinamismo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro - RMRJ. Embora ambas passem por uma trajetória de menor participação do setor industrial em suas economias, o que ficou sendo chamada de "desindustrialização".

Por outro lado, a Economia Regional e Urbana apresenta que essa desindustrialização traz consigo a conversão das regiões outroras centrais no parque industrial brasileiro a possibilidade de torna-se grandes áreas de serviço. Situação, bem destacada pelos economistas, que não vem sendo bem aproveitadas pela maioria das grandes cidades brasileiras.

Apresento, contudo, um caso que nega tal dinâmica, embora contraditariamente, onde após ter concluído seu ciclo de conversão para uma "cidade de serviços", a cidade sofre tendência a uma “re-industrilização relativa”, a cidade de Niterói. A “re-industrialização” da região se dá em base a seu outrora principal setor, a indústria naval. Essa tem como causa a produção naval (e offshore) de petróleo, em decorrência do “boom” da exploração do petróleo na costa do estado do Rio de Janeiro.

Sem demitir ainda há gordura para ser queimada

29/01/2009 - 19:01
matéria do Monitor Mercantil online
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=57125


Na CSN, por exemplo, peso dos salários nos custos caiu 20% entre 2007 e 2008 - De acordo com o economista Jardel Leal, do Dieese, diferentemente do discurso das empresas que defendem a redução de salários para enfrentar a crise, as companhias têm ainda muita gordura para queimar. Segundo ele, o peso dos salários já perdera espaço nos custos das empresas antes da crise.

Ele cita a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na qual a fatia dos gastos com a folha de pagamento nos custos caiu de 10% para 8%, entre janeiro a setembro de 2007 e o mesmo período de 2008.

O desempenho da CSN não evitou que representantes do setor siderúrgico fossem ao presidente Lula pedir cortes de impostos, sem, porém, oferecer garantia de emprego como contrapartida.

"Toda vez que uma economia sai da crise é pelo aumento de ganhos de produtividade, novos arranjos organizacionais etc. A produtividade do trabalhadores estava aumentando antes da crise, mas sem distribuição. Um dos elementos importantes é esse. A crise é um problema de todos. Quem tem mais para ceder?", questiona Leal, acrescentando que "as empresas ganharam absurdamente antes da crise. Um dinheiro que gerou problemas e não serão os trabalhadores que o resolverão."

O Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) reconheceu, na audiência com Lula, haver sinais no mercado internacional de início de inversão do quadro negativo dos últimos meses de 2008.

Apesar disso, a IBS defendeu ser "necessário que o setor seja preservado e incentivado via novas medidas de apoio aos investimentos e ao consumo e mais apoio contra as importações desleais".

O IBS considera necessário ampliar os cortes de juros e a desoneração tributária dos investimentos, do consumo e das exportações e que haja substancial melhoria nos mecanismos de recebimento e/ou compensação de créditos tributários das empresas.

Comentário:

por Almir Cezar Filho

É prova cabal que as demissões ou redução de salário e direitos são uma tática das empresas não para passar pela crise mas sim para transferir suas eventuais perdas para os trabalhadores.

Vídeo legal: cadeia produtiva e os tributos

Cadeia Produtiva e os tributos - vídeo que encontrei no Portal Domínio Público.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Desenvolvimento e Subdesenvolvimento

por Almir Cezar Filho

A ideia de país desenvolvido traz à mente, por oposição, a de país subdesenvolvido. Respectivamente, país rico e país pobre.

Existe uma corrente de estudiosos do assunto que defende a ideia de que os países subdesenvolvidos podem tornar-se desenvolvidos. Para eles, o subdesenvolvimento é – ou pode ser – um estágio anterior ao desenvolvimento.

Outros autores consideram o subdesenvolvimento não como uma etapa anterior ao "desenvolvimento", mas como uma situação que pode ser permanente ou crônica. São eles a geração teórica da teoria do subdesenvolvimento.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O porquê das demissões em massa no Brasil: o baixo custo em demitir

por Almir Cezar Filho

As empresas estão demitindos em massa no Brasil. O que nos outros países acabou acontecendo com vários meses de atraso ou mesmo anos (a indústria automobilística dos EUA já está em crise há ais de 2 anos), no Brasil foi logo a seguir que começou a crise. Isso acontece no Brasil porque o custo da demissão da mão-de-obra é muito barato.

O mesmo não acontece, nem mesmo com nossos vizinhos. Na Europa ainda há a estabilidade no emprego, no Brasil temos o triste FGTS e multa rescisória sobre o total do FGTS. O próprio FGTS é um custo diluído no custo ordinário com mão-de-obra, o chamado salário indireto. O que facilita na hora de demitir.

O curioso é que imprensa brasileira agora ataca com a proposta de redução do salário dos trabalhadores como forma de preservação nos empregos. É o papo-furado de "dividir o prejuízo da crise entre os trabalhadores e patrões".

Esquece-se que durante a bonanza e boom do ano de 2008, quando as empresas anunciaram lucros milionários, não propuseram aumentos salariais, bonus ou participação nos lucros aos seus empregados. Ñão há socialização dos lucros, mas sempre há socialização dos prejuizos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

APESAR DOS US$ 15 BILHÕES EM CAIXA, A VALE FECHA FECHA MINA E DEMITE TRABALHADORES

por Almir Cezar Filho

A Vale anunciou ao Sindicato Metabase, e em reunião dentro da mina com os trabalhadores, o fechamento durante o mês de fevereiro da Mina de Fábrica, em Congonhas (MG). A maioria dos trabalhadores entrará em férias coletivas, outros serão remanejados para a Mina do Pico, Vargem Grande ou para as ferrovias da MRS, onde foram demitidos 200 trabalhadores.

O fechamento da mina faz parte da política da empresa de redução da produção devido à queda na demanda do minério de ferro na crise econômica. A Vale já demitiu mais de 1300 trabalhadores diretos e incontáveis funcionários de terceiras (80% desses em Minas Gerais), além de estar colocando 5.500 trabalhadores em férias coletivas em todo o Brasil.

"É inadmissível que a Vale feche a Mina de Fábrica e semeie pânico entre os trabalhadores. A empresa tem US$ 15 bilhões de dólares em caixa e tem a obrigação social de manter todos os seus funcionários durante a crise econômica. Seu valor multiplicou 40 vezes em 10 anos, e nada disso foi repassado ao trabalhador. Agora que chegou a época das vacas magras, ela quer socializar as perdas." declarou Valério Vieira, Presidente do Sindicato Metabase (Extração de Metais Básicos) de Congonhas, Ouro Preto e região do Inconfidentes. A
Vale gastou recentemente US$ 300 milhões de dólares comprando os ativos de minas de carvão na Colômbia. Ao mesmo tempo, estava demitindo e suspendendo contratos de trabalho.Na quinta-feira, 15 de janeiro, houve reunião entre o Sindicato Metabase Inconfidentes e representantes da Vale. Nessa reunião a empresa não disse nada a respeito do fechamento da mina, afirmando que fecharia apenas a pelotização para manutenção. A empresa apresentou uma proposta de acordo que autorizaria a empresa a suspender qualquer contrato de trabalho por 5 meses. O sindicato rejeitou-a categoricamente."A empresa foi desleal e irresponsável. Na semana passada eles sabiam que iriam fechar a mina e não nos avisaram para pegar o sindicato de surpresa." complementou Valério.

No dia 22 de janeiro, quinta-feira, o Sindicato realizará uma manifestação no centro da cidade de Congonhas, junto ao Fórum Regional contra as Demissões. O ato será no Quarteirão Açominas, e sua concentração se inicia às 16h.Participam do Fórum Regional Contra as Demissões o Sindicato Metabase de Congonhas, Ouro Preto e Região, o Sindicato das Estradas de Ferro de Conselheiro Lafaiete, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Congonhas, a Associação dos Aposentados de Congonhas, a UNNACON - União das Associações Comunitárias de Congonhas e muitas outras entidades. Participam também os Deputados Padre João (PT) e Carlin Moura (PCdoB), além dos prefeitos e vereadores de Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco, Entre Rios, Belo Vale e São Brás do Suaçuí.

FONTE: A Voz dos Mineiros - publicação do Sindicato Metabase Inconfidentes - Conlutas

blog oficial de Theotonio dos Santos

Começamos, hoje, embora ainda em caráter de testes, o blog oficial do professor Theotonio dos Santos, economista e sociológo brasileiro.

O blog está no endereço http://theotoniodossantos.blogspot.com/

A ideia é que seja um canal direto da web entre esse brilhante e importe intelectual e o grande público.

Theotonio dos Santos foi um dos formuladores da Teoria da Dependência, atualmente é um dos principais expoentes da Teoria do Sistema Mundo. Mestre em Ciência Política pela Universidade de Brasília e Doutor em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, é professor titular da Universidade Federal Fluminense e Coordenador da Cátedra e Rede UNESCO-ONU sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (a REGGEN) .

Entre seus aportes mais destacados está sua contribuição à formulação geral do conceito de dependência, a periodização das diversas fases da dependência na história da acumulação capitalista mundial, a caracterização das estruturas internas dependentes e a definição dos mecanismos reprodutivos da dependência. Tem trabalhado também sobre a teoria dos ciclos, a dinâmica de longo prazo do capitalismo e a Teoria do Sistema-Mundo.

Por enquanto eu serei o administrador do blog, até montarmos uma equipe para ajudá-lo nisso. Lá ele postará ideias, comentários e artigos.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Caso Battisti: um peso e duas medidas

por Almir Cezar Filho

O Caso Battisti é exemplo de como age os governos imperialistas: um peso e duas medidas. Em um caso parecido as autoridades italianas agiram totalmente ao inverso do que estão exigindo do Brasil.

A Itália tem dois peso e medidas em caso de extradição e cidadania. Agora eles pentelham o governo Lula devido a concessão de refúgio ao ex-militante italiano de esquerda Battisti. Em seu julgamento na Itália há amplos indício de que "passaram o rodo", e foi condenado pelas lei de exceção que vigoram na época.

Por outro lado, a poucos anos atrás, o Brasil pediu a extradição do banqueiro brasileiro Cacciola, que tinha dupla cidadania, e o governo Itália negou. Cacciola havia sido condenado no Brasil num processo totalmente legal para o direito internacional e com sua presença. Fugiu porque a justiça brasileira vacilou. Cacciola precisou ser preso em Mônaco, quando passava férias. Ele bobeou, em seguida.

Agora a Itália quer dar lição de moral: uma piada!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O grande desafio de Obama: a distribuição de renda

Embora o combate à crise financeira deva ser a prioridade do governo Obama logo que assuma, há uma questão mais importante que ele deve atacar, talvez até com mais esforço, o combate a desigualdade social, através de políticas estruturais que redistribuam a riqueza dos EUA. Em verdade, serão essa políticas que mostraram para que veio Obama e que no final superaram os limites estruturais que empurram os EUA para presente crise econômica.

As ações de combate à crise financeira devem ser prioridade logo no início do novo
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Talvez mais grave que a crise em si, o novo presidente assume no período de maior desigualdade social, sem planos claros. No entanto, ele não parece ter nenhuma solução imediata para problemas graves, conforme admitiu em seu discurso de posse. As desigualdades nos EUA são hoje mais selvagens do que em qualquer outra época pós-1929. As provocantes manifestações de esbanjamento e de vida parasita, no momento em que as empresas fecham as portas, os trabalhadores são demitidos em massa e as aposentadorias e pensões são cortadas, constituem um desafio gigantesco para o novo governo. Elas recolocam na agenda do país a exigência de redistribuição da riqueza.

Nas últimas duas décadas, a dinâmica do crescimento do produto nacional esteve determinada, não pelo investimento público ou das empresas, mas pelo consumo das famílias. O Consumo, por sua vez, esteve limitado pela redução da participação da renda dos salários em relação às rendas de capital no total da renda nacional. No país há uma “opulência privada e escassez pública”, a infra-estrutura pública é extremamente carente, lembrando em alguns aspectos os países subdesenvolvidos, e os investimentos privados estão ou no mercado financeiro ou se dando no exterior, em países emergentes, ou especialmente na China. Assim, o consumo, além da renda familiar, transformou-se no único pilar da economia estadunidense, mas ao mesmo, tempo, é se limitou paulatinamente por uma crescente compreensão dos salários e de um sobre-endividamento das famílias, que ocorreu justamente numa tentativa individual das famílias de compensar a tendência que se realizou em suas rendas. A melhora na distribuição de renda é assim imperativa para própria reversão da crise econômica.

O quadro torna-se pior em meio uma crise econômica, onde o desemprego em massa, forçando os salários para baixo, e a execução de dívidas, principalmente das hipotecas, sobrecarregando o orçamento familiar, diminuíram severamente o renda das famílias mais pobres, situação agravada, em razão à medida que os EUA têm um sistema de proteção social menor do que os demais países capitalistas centrais, os países que mais afetados pela crise. Assim, visto que foram os patrões os que ganharam muito dinheiro nos anos anteriores de bonança e boom econômico, deveriam justamente ser agora os chamados a pagar pelos prejuízos da crise e pelos custos da reconstrução, num sentido totalmente inverso ao que pretendia o programa de recuperação do recém-finado governo Bush, de salvaguardar os grandes negócios, o grande capital e os ricos.

A dúvida é se o governo Obama está a altura do desafio, ou realmente pretende, romper com a lógica das últimas três décadas - pautadas pelos ataques aos salários e ao trabalhador - no entendimento neoliberal que salários menores e poucos direitos fariam a economia dos EUA mais dinâmica, mas que ao final produziu a realidade atual, totalmente diferente do prometido, embora que com certeza, beneficiou alguns poucos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Banco Central dos EUA, o FED, é privatizado

Excelente artigo do jornal Monitor Mercantil, sobre a estrutura e origem do FED, o Banco Central dos EUA, que é um conjunto de instituições privadas, um cartel de bancos sob o beneplácito do governo. É um tipo de artigo que não encontramos em jornais comuns, e numa linha editorial que foge muito até dos jornais econômicos, como Valor, Gazeta Mercantil e Jornal do Commércio do Rio de Janeiro. Um artigo esclarecedor e crítico.
No artigo pode se ver que as origens da crise financeira têm grande fonte na própria natureza do FED.
Boa leitura

Fed privatizado deixa Tesouro dos EUA refém16/01/2009 - 19:01

Emissões de títulos nos EUA são monitoradas por bancos particulares
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) é controlado por instituições privadas e mantém o Tesouro norte-americano refém de suas emissões de moeda fiduciária.
Além da criação do Fed, os grupos que o controlam, de diversas procedências étnicas e religiosas, estão no centro da desregulamentação desenfreada que resultou na atual crise mundial.

para ler o artigo todo: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=56822

Metas inflacionárias

Um artigo interessante que explica sobre o regime de controle da inflação utilizado pelo Banco Central

Os vícios do Copom
Blog do Luís Nassif - Coluna Econômica - 20/01/2008

Até janeiro de 1999, o Banco Central adotava o sistema de “flutuação suja” para o câmbio. Definia um patamar máximo, um mínimo, e ia administrando o nível do câmbio entre os dois valores.
Quando o câmbio explodiu, adotou-se o sistema de “metas inflacionárias”. Funciona assim:
1. O Copom (Comitê de Política Monetária) define uma meta de inflação a ser perseguida, com uma margem de tolerância, para cima ou para baixo.
2. O Banco Central monta cenários para estimar a inflação futura. Também efetua consultas ao mercado, através de uma pesquisa semanal chamada de Focus.
3. Quando as expectativas de inflação estão acima da meta, aumenta a taxa Selic; quando abaixo, teoricamente deveria reduzir.

Para ler mais:

"guerra ao Hamas" ou massacre aos palestinos

texto de Henrique Barros - mestre em Economia pela UFU e pesquisador do CEPES (Centro de Estudos, Pesquisa e Planejamento Econômico-Social)

Tenho me deparado repetida vezes com o discurso de que as mortes de palestinos por essa série de bombardeios israelenses é culpa do Hamas, que usaria seu povo como "escudo-humano".
Um absurdo.
É insustentável essa tese de que o Hamas está usando “escudo-humano”.
O Hamas não é um exército nos moldes do que surgiu junto com o Estado-nação. Os militantes do Hamas, desde seus líderes religiosos até aqueles que disparam os foguetes, têm suas vidas lá. Não são um exército ocupando uma cidade para proteger suas unidades.
São pessoas comuns, que vivem há muito sob o julgo da opressão do Estado israelense e por isso se transformam em resistentes.
Não há escudos humanos; há suas famílias, suas casas; os lugares onde vivem, onde sobrevivem, onde têm suas relações culturais e que buscam mantê-las.
Depois de tantos mortos, o Hamas não é um exército, é um sentimento.
Escudo-humano, quebra de cessar-fogo, ataques ponderado e precisos. Facetas do mesmo discurso da máquina ideológica de manutenção do poder do Estado israelense. Uma realidade falseada à seus interesses: manter a expansão territorial e a limpeza étnica da região.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Flexibilização de direitos não diminui o desemprego

Flexilizar direitos trabalhistas não resolvem o desemprego

Contrariando a expectativa da maioria do empresariado nacional, qualquer economista sério avaliaria que na crise econômica internacional não é o pior momento para discutir uma mudanças das leis trabalhistas. A história recente mostrou que não é flexibilizando a legislação trabalhista que se conseguiu resolver os problemas do mercado de trabalho, vide o exemplo sucessivo da Europa nos anos de 1990. Esses problemas, principalmente o nível de emprego, dependem muito mais da dinâmica da economia do que da legislação trabalhista em si. Contudo, é justamente são em situações de dificuldade econômica que aumenta a pressão do empresariado e do sindicatos "pelegos" pelo relaxamento dos direitos dos trabalhadores.

***

A solução: cortar o salário dos executivos

A minha sugestão é começar os cortes pelos salários dos executivos e diretores das empresas. O presidente da Vale, o mesmo que começou com a choradeira de propor mudanças leis trabalhistas, mesmo que "temporárias", preside a empresa que mais demitiu recentemente, mas que, por outro lado, gastou em 2008, cerca de US$24,2 milhões com os diretores, US$800mil com os conselheiros de administração e US$230.400 ao conselho fiscal. O que deu uma média de R$5,375 milhões anuais por diretor (R$448mil por mês), sendo apenas 8 diretores executivos.
Fica a pergunta quantos trabalhadores poderiam ter sido contratados a mais? Quantos trabalhadores poderiam ter sido mantidos na empresa com uma redução nos salários dos executivos?
O pior, eles serão punidos pelos prejuízos que causaram a empresa no últimos meses, por suas decisões erradas, ao invés dos trabalhadores com seus empregos?

***

Além disso redução de salário reduz o consumo

A redução de direitos e salários dos empregados é ruim para as empresas a medida que reduz poder de compra dos trabalhadores, que também por sua vez, além de mão-de-obra são consumidores. Na economia como um todo temos portanto um processo de redução da massa de consumo, com a respectiva redução das vendas e desaceleração consequentemente da economia.
Pode até resultar em redução dos custos das empresas, em um momento em que as receitas diminuem, mas resultam em efeitos piores do que os benefícios iniciais. Foi essa razão, que impeliu que durante a Grande Depressão dos EUA, nos anos 1930, Henry Ford, da Ford automovéis, resolveu não apenas não demitir ou reduzir salários de seus funcionários mas aumentar seus salários. Até porque, durante uma recessão, ocorre a deflação (queda nos preços) dos produtos, como as matérias-primas usadas na produção, então a redução de custos se dá por aí, e não em cima da mão-de-obra. Ford dizia, que a meta era que seus funcionários pudesse comprar seus carros.
Era também, o momento para investimentos, aproveitando a redução dos custos, para ampliar a produção futura justamente no momento da retomada do crescimento econômico.

Paz dos cemitérios na Faixa de Gaza

por Almir Cezar Filho

Israel anunciou a trégua unilateral e o Hamas anuncia uma trégua de uma semana para retirada das tropas israelenses. Isso tudo depois de quase um mês de ataques israelenses e mortes de 1.200 a 2.300 palestinos (número varia segundo a fonte).

Hoje os líderes dos 5 grandes europeus (Alemanha, França, Grã-Bretanha, Espanha e Itália) anunciaram junto do primeiro-ministro carniceiro de Israel, que apoiaram integralmente Israel, e realizaram um bloqueio ao "contrabando" de armas aos milicianos do Hamas, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito.

Paz dos cemitérios, que deve resultar na militarização da área.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Crise agrícola: a culpa é do Agronegócio (3) - O Caso da concentração dos intermediários

Um dos motivos da recente crise agrícola mundial pode ser entendido com um recente exemplo, a compra de uma frigorífico dos EUA pela Friboi, a maior empresa brasileira do segmento. Para financiar isso, está o BNDES. O que resultaria numa concentração sem precedentes, que deixará em uma única mão até 70% do abate de um rebanho estimado em 200 milhões de cabeças.

http://www.skyscrapercity.com/archive/index.php/t-590863.html ou

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/03/05/friboi_compra_frigorificos_nos_estados_unidos_e_na_australia_1216583.html


A fusão ampliará catastroficamente a capacidade de manipulação das cotações na cadeia intermediária.

Não é por menos, que a carne foi um dos itens que mais subiu de preço nos anos recente, devido também à escassez de oferta de cabeças para abate, muito em função dos baixos preços oferecidos pelos frigoríficos ao longo dos últimos anos, que vêm desistimulando os pecuaristas. Esse efeito, obviamente é repassado ao consumidor final, as famílias.

Prova que a melhor forma de combater a crise agrícola é combater o latifúndio e o monopólio agro-industrial.

Que a FIESP flexibilize os executivos e os acionistas

por Almir Cezar Filho

A FIESP com a conivência da Força Sindical e o silêncio da CUT apresentou proposta de flexibilização dos direitos trabalhistas, como forma de minimizar a crise e a pressão por demissões na indústria.

Não custa lembrar que "flexibização" é eufemismo para cortes salariais, de postos de empregos e de garantias. Além disso é um mecanismo de transferência das perdas com a crise do capital para os trabalhadores, é uma proposta sem coerência daqueles que a propõe e defendem.

Para ser coerente com esse "objetivo" de permitir às empresas reduzir custos e superar dificuldades por eles mesmo ditas conjunturais, a Fiesp deveria propor um pacote mais amplo. Assim como propõe a “flexibilização”, deveriam sim, antes de qualquer coisa, flexibilizar o salário dos executivos e da distribuição de lucros e dividendos. Não é?

Fica também a dúvida se quando a economia voltar a época melhores, os direitos serão reestabelecidos e se os trabalhadores ganharam compensações pelos sacrifícios passados.

Estranho é que durante todo o período de boom ou de bonança econômica, época de vacas gordas, nunca são distribuídos a fartura de modo igual entre os executivos e acionistas com os trabalhadores e consumidores. Não houve redução dos preços dos produtos ou aumentos de salário e redução de jornada de trabalho. Como agora querem compartilhar os prejuízos com os trabalhadores...?!

Se é tão fundamental os cortes, antes de qualquer coisa, que se reduza os salários dos executivos e os dividendos dos acionistas. E para cada contrato coletivo flexilizado, os salários dos dirigentes dos sindicatos e centrais seja reduzido na mesma proporção.

A japonização da economia dos EUA

por Almir Cezar

Vejam a notícia

Governo dos EUA garante US$ 400 bilhões em ativos do Citi e BofA
16/01 - 11:49 , atualizada às 12:57 16/01 - Valor Online

SÃO PAULO - Apesar de boa parte dos analistas ter dito recentemente que o risco de quebra de grandes bancos globais já tinha ficado para trás, o governo norte-americano divulgou nesta sexta-feira que vai garantir perdas de mais de US$ 400 bilhões em ativos de dois dos principais conglomerados financeiros dos Estados Unidos: Citigroup e Bank of America (BofA).


Para ler a matéria na íntegra: http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/16/governo+dos+eua+garante+us+400+bilhoes+em+ativos+do+citi+e+bofa+3407996.html

***

Comentário:

Para mim cada vez mais parece a crise financeiro nos EUA está ganhando os contornos de ficar semelhante a crise econômica e bancária-financeira japonesa dos anos de 1990. O Japão precisou de 10 anos para recuperar-se, e só começou a dar sinais de recuperação às vésperas da recente crise econômica mundial.

O sistema bancário entre 1991-93 simplesmente quebrou e levou junto os setores produtivos, levando uma recessão de mais de 10 anos. O governo fez dezenas de pacotes de ajuda, jogou as taxa de juros a níveis negativos, comprou todos os créditos podres, incentivou a centralização bancária (com fusões e compras), e foi obrigado ao final estatizar a maior parte do setor.

Poderemos estar vendo uma "japonização bancária" dos EUA. O pior é que a economia dos EUA nas últimas três décadas garantiu a hegemonia do sistema mundial capitalista sob as fundações de seu sistema financeiro à medida que seu parque industrial entrava em colapso, sofrendo severa concorrência do Japão, da UE e dos novos fenômenos industriais como os Tigres asiáticos e os BRICs e mesmo da transferência de indústria dos EUA para zonas de baixo salário, como o México. Sem a garantia do setor financeiro como motor da hegemonia estadunidense, podemos estar caminhando para uma nova etapa da atual era do capitalismo mundial.

E a crise econômica pode desdobrar-se por um período maior do que o inicialmente pensado. Vide que a crise de 1929, com a recessão que durou entre 1929-1933, empurrou os EUA a uma depressão que perdurou até o fim da década de 1930, finalizada nem mesmo com o New Deal, mas com o início da Segunda Guerra.

Mapa da dinâmica histórica do Oriente Médio

O link abaixo mostra o mapa do Oriente Médio com ilustrações dos vários impérios que dominaram a região desde a Antiguidade.

Animated Map of Middle East - 3000 years in 90 seconds (Mapa Animado do Oriente Médio - 3.000 anos em 90 segundos)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Deu dinheiro sem contrapartida e agora reclama...

por Almir Cezar

Durante mais de um mês e meio o Governo Federal meteu verbas públicas nas empresas para evitar que se contaminassem com a crise - desde isenções fiscais, prorrogação de quitação de tributos, facilidade de crédito do Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES, a recursos do FAT e FGTS - e agora que as empresas, especialmente as montadoras de automóveis (as empresas que mais receberam...), começam a demitir em massa, e que se ameaça com represálias ou com exigência de contrapartida de manutenção de postos de emprego.

Só agora...Agora é tarde!Ou é fanfarronice, ou pra não ficar mal com a platéia.

Usaram verbas públicas com a explicação que primeiro, era para ajudar as empresas e evitar que elas sejam obrigadas a demitir, e segundo, que era similar o que os europeus e os norte-americanos estavam fazendo o mesmo. Contudo, na Europa e América do Norte quando as empresas receberam dinheiro, foram obrigados a aceitar contrapartidas de no minimo, a manutenção dos postos de trabalho. Mas como aqui, é Brasil...

Verba pública é pra atividade pública. O que o Governo deveria ter feito era ter pego o dinheiro e utilizado em um plano de obras pública para manter o nível de atividade econômica e contratado os recém-demitidos.

Israel destrói a ajuda humanitária

O Exército de Israel hoje bombardeou e destruiu em Gaza toda a ajuda humanitária em posse da ONU - repito toda os mantimentos recebido para a ajuda humanitária.
Para piorar o primeiro-ministro Ehud Olmert alega que foi em revide a tiros que teriam sido disparados desse prédio. Há algo de errado no mundo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A macroeconomia do Brasil atual segundo Theotonio dos Santos

por Almir Cezar 

Prof. Theotonio dos Santos, em 2008
(Foto: Wikicommons)
Venho realizando minhas pesquisas para a dissertação de mestrado sobre a obra teórica de Theotonio dos Santos. O título provisório da dissertação (passou pela banca de qualificação e agora está em fase de confecção para defesa) é “Dinâmica, Determinações e Sistema Mundial nos termos Theotonio dos Santos: os aportes à teoria do desenvolvimento com sua transição da teoria da dependência ao sistema-mundo”Queria aqui apresentar um resumo do pensamento contemporâneo deste importante economista sobre a crise econômica e as transformações recentes no sistema mundial. Começo aqui seu entendimento da macroeconomia* brasileira e o papel da burguesia nacional no atual arranjo e padrão do sistema capitalista mundial .

No Brasil tem uma classe dominante, que acha que o país é inferior e incapaz de debater à altura as grandes questões do sistema mundial. Essa classe dominante virou uma “burguesia compradora” – intermediadora entre atividades produtivas doméstica e o mercado internacional, especialmente atuando no sistema financeiro interno para esse papel. Sua finalidade é intermediar a dependência de nosso país. Logo é incapaz de um projeto nacional de reafirmação.

As políticas macroeconômicas brasileiras, em muitos aspectos refletem isso, nos últimos anos a preocupação permanente e central é impedir a expansão da demanda agregada e o consumo popular. Vive-se a política de "stop and go" - a cada leve expansão do PIB, vem ações de restrição da expansão, alta dos juros, que freiam a demanda agregada.

Para historiador judeu: Israel prática limpeza étnica

Entrevista com o historiador israelense Ilan Pappe autor do livro The Ethnic Cleansing of Palestine (A limpeza étnica da Palestina) para o repóter Silio Boccanera. Como o bombardeio israelense iniciado em 27/12 na Faixa de Gaza a pretexto de combater o terrorismo e que se estenderá “pelo tempo que for necessário”, segundo o ministro da Defesa Ehud Barak – é apenas mais uma etapa da limpeza étnica (pensada e executada com frieza, como se verá) empreendida pelo Estado de Israel desde 1948. Essa obra faz o que poucas obras da historiografia israelense que fazem, tratar de maneira realista o crônica problema no Oriente Médio, entender a reação palestina e a política imperialista do sionista na Palestina e no restante da região, e "dando nomes aos bois".

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM944425-7823-SILIO+BOCCANERA+ENTREVISTA+ILAN+PAPPE,00.html

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Alternativa dos trabalhadores a alta da inflação

por Almir Cezar Filho

Os trabalhadores devem lutar contra a crise e alta da inflação exigindo não apenas pelos reajustes salariais mas também o combate aos monopólios.

O reajuste salarial é importe porque além de repor o poder de compra dos trabalhadores, mantém a economia aquecida contra o ajuste recessivo burguês e pressiona que os capitalistas não optem por repassar aos preços como forma a compensar a queda dos lucros.

Outra forma importante de atacar os prejuízos da inflação sobre os trabalhadores é pelo combate aos monopólios. Até porque é o sob a configuração monopolista que permite que haja aumento de preços.

Esse combate deve ser feito pela reforma agrária, a estatização dos monopólios industriais e agro-industriais, estabelecimento estoques públicos reguladores de preços, tabelamento de produtos essenciais, intervenção direta nas empresas, distribuição de cestas básicas, etc - como também a lutar contra qualquer demissão.

Inflação e a crise econômica

por Almir Cezar

A inflação foi maior sobre os mais pobres

Um dos viés da atual crise econômica mundial - além de financeira e energética, e de ser alimentícia-agrícola, em torno a alta das commodities.

A prova foi a alta do IPCA (índice de preços ao consumidor no atacado - índice de inflação apurado pelo IBGE) sobre os mais pobres. O índice apurado pelo IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatística) veio baixo e, no final, o IPCA fechou 2008 em 5,9%, dentro do intervalo da meta de inflação, cujo teto era de 6,5%.

Contudo, o calculado pelo grupo de renda até 2 salários mínimos, deu 7,5%. Isso não tem nada de manipulação. Expressa apenas o fato de que o item alimentação puxou a inflação para cima e, como os gastos dos mais pobres com alimentos são, na regra geral, proporcionalmente maiores (proporcionalmente ao total da renda), a inflação do grupo ficou mais elevada. Por isso a impressão que houve uma maior alta nos preços do que o divulgado, até porque, os alimentos são produtos que as pessoas conseguem acompanhar melhor o preço no seu dia-a-dia.

A aceleração da alta da inflação é apenas a primeira forma de transferência da crise aos trabalhadores

Isso quer dizer, que um dos mecanismos de transferência da crise econômica do capital aos trabalhadores passa inicialmente pela inflação. Agora, como o preço das commodities estão caindo no mundo inteiro - o índice ainda não conseguiu captar essa tendência devido a defasagem temporal - a crise se transveste, muda de forma, de inflação para crise de desemprego.

Com a queda das vendas e das receitas (provocada tanto pela queda nas vendas como no preço unitário dos produtos), os capitalistas obterão menores lucros. O que lhes pressionam a reduzir a quantidade de funcionários trabalhando, tanto pela necessária redução do volume de produção, como para aumentar a eficiência e produtividade por cada trabalhador que se tem empregado, a fim de reduzir os custos da empresa.

É preciso lembrar, o que move os capitalistas, são seus lucros. O lucro é a diferença entre receitas e custos. Menor receita, mas mesmo nível de custos, menor o lucro. Menor receita, mas um nível menor de custos, mantém-se o nível de lucro.

Um forma de manter o lucro, se está ocorrendo um processo de queda das taxas de lucros, é aumentar o preço unitário do seu produto. Mas isso só ocorre se o setor da economia onde a empresa atua é de monopólio, pois assim, não há concorrente com preço menor que substituiria na preferência do consumidor.

Nas últimas décadas a economia de maneira geral, e na agricultura particularmente, onde o fenômeno estava mais atrasado, passou por um profundo processo de monopolização, passando a ser controlado por empresas como Bunge, Cargill, Monsanto, Nestlé, etc, e pelo agronegócio, grandes fazendeiros monocultores. Que ainda tiveram o apoio do sistema financeiro para isso, com o aprofundamento da bolsas de mercadorias e futuros, e a commoditização dos produtos agrícolas.

Agora que eles têm prejuízos, descontam nos trabalhadores.

O fim do genocídio palestino reside no fim do sionismo

Uma questão que deve ser encarada na nova etapa da ação do Estado de Israel sobre os palestinos: a força da discriminação e sua origem na base econômica da sociedade. No papel do sionismo, enquanto ideologia e regime, e como causa primeira do genocídio palestino em curso a mais de 60 anos e do comportamento de Israel.

As ações de Israel são guiadas pelo sionismo, uma ideologia nacionalista, desenvolvida entre os judeus europeus no fim do século XIX, inicialmente progressista, e mesmo de inspiração socialista, do tipo nacional-revolucionário, mas que paulatinamente tornou-se conservadora, fascistizante, e no fim racista. O sionismo é a ideologia oficial de Israel, e o cimento ideológico da comunidade nacional, da estrutura jurídica e legal desse Estado. Assim, podemos dizer que o regime político e jurídico de Israel é o regime sionista. Seu fim é o fim de Israel.

Judeus X Sionistas

Os judeus é um grupo social, os sionistas são seguidores de uma ideologia. Os judeus são grupos étnicos de diferentes regiões do mundo, com tradições principalmente religiosas comuns e numa inserção social similar entre os territórios que moram – os judeus são sempre comerciantes, profissionais liberais e agentes financeiros, raramente são proprietários de terra, sempre excluídos por questões legais discriminatórias, que ajudam inclusive a distinguir, criando uma comunidade étnica separada dentro daquelas sociedades, devido ao apartamento cultural e de casamentos, criando assim também pela baixa miscigenação, um grupo étnico próprio. Contudo, não temos um grupo étnico judeu, mas centenas de grupos judeus dispersos pelo mundo – temos com isso judeus negros, brancos, louros, morenos, etc, espalhados por quase todos os continentes, e que nunca conseguiam se misturar ou dissolver no restante da comunidade local, mas ao mesmo tempo, não formavam uma comunidade judaica unificada. Pelo menos até o surgimento do Sionismo, que pregava a unidade judaica internacional e um programa política de estabelecimento de um Estado Nacional próprio aos judeus, principalmente aos judeus europeus, que na época eram os mais organizados politicamente, mas também os que viviam em maiores conflitos com os Estados.

Anarquismo ou Comunismo, segundo um economista

por Almir Cezar Filho

Estamos em um momento histórico que é preciso tomar posição ideológica - o liberalismo se desmorona, o socialismo se torna vislubrável. Porém nos vemos numa "encruzilhada" de correntes, onde se destacam alternativamente aos programas pró-burgueses, o Marxismo e o Anarquismo.

Ofereço aos companheiros do blog a leitura de um livro gratuito na internet, escrita pelo economista bolchevique Evgene Preobrazhensky. O livro é Anarquismo e Comunismo (infelizmente em espanhol), escrito em 1921, bem no calor dos enfrentamentos entre os marxistas e anarquistas pelo comando e sobre os rumos da revolução russa.

http://www.engels.org/pdf/preobra_anar-comunismo.pdf

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O nefasto Banco Central

por Almir Cezar

A atuação do Banco Central de Henrique Meirelles e de seu chefe Lula é nefasta à economia brasileira ainda mais diante da atual conjunto principalmente em dois pontos:

a) a política de injetar liquidez na economia, sem criar mecanismos para que o dinheiro chegue às empresas e;

b) sua incapacidade de trabalhar a alta volatilidade do câmbio.

Isso é explicado pela origem social de Meirelles - um banqueiro - e do pacto social que Lula compôs para ser eleito em 2002, e renovado em 2006.

Seria pouco reduzir apenas 0,5% na próxima reunião do COPOM, mas seus membros são bem capazes disso, ou pelo menos já demonstraram ser propensos a esse papel ao manter os juros da Selic em 13,75% mesmo depois das quebras nos EUA e UE, e ter mantido até agora, quase três meses depois dessa conjuntura ter se iniciado.

Como os bancos brasileiros tiveram prejuízos com operações lá fora e com os derivativos cambiais, o BC ajuda em manter seus patamares de lucros, com a taxa de juros nas alturas.

A imprensa e o apoio a Israel

A cobertura da Folha de S.P. sobre a ação militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza chega a ser imoral:

Defendem Israel colocando para isso todo seu batalhão de colunistas a favor do sionismo.

Distorce e manipula os fatos, demonizando as organizações palestinas e vitimizando Israel e seu governo.

O Mundo e as regiões: há margem de manobra?

Almir Cezar Filho

Venho trabalhando na investigação sobre a dinâmica e os determinantes no desenvolvimento do capitalismo mundial. O professor da UFF Theotônio dos Santos foi um dos fundadores da teoria da dependência e hoje é um dos expoentes da teoria do sistema mundo. Para pensadores como ele, o desenvolvimento deve ser visto pelo ponto de vista mundial e não das partes nacionais. As regiões dos países também são tratados como um nível, um plano, do sistema econômico mundial. Os territórios são objetos e sujeitos do processo global, mais ou menos isso. O todo determina as partes. Mas as partes possuem um espaço de manobra e capacidade parcial de influência no todo.

Mas, não tão organizado assim. Digo essa parte: o todo organiza as partes. Embora pareça tão bem esquematizado, quase um determinismo. Só dá para ter um bom entendimento sobre as partes conhecendo o todo. Aí passamos ao entendimento de quanto às partes podem ter determinação sobre o todo. Não se pode dizer “as partes compõem o todo”, porque seria que o todo é a soma das partes, e não é.

sábado, 10 de janeiro de 2009

A mentira sobre a autossuficiência de Petróleo

É a prova da mentira sobre a autossuficiência do fornecimento de petróleo.

Conta petróleo gera déficit de US$ 13,4 bilhões em 2008

Data: 08/01/2009 11:10

O Brasil gastou US$ 31,466 bilhões com importações de petróleo e derivados, entre janeiro e dezembro do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. O resultado é US$ 11,398 bilhões maior que o registrado entre janeiro e dezembro de 2007, que foram de US$ 20,068 bilhões. Deduzidas as exportações de petróleo bruto, óleos combustíveis e gasolina, que renderam US$ 18,071 bilhões, a conta de petróleo e combustíveis brasileira apresentou saldo negativo de US$ 13,395 bilhões em 2008. O déficit ocorreu mesmo com as exportações, em valor, terem ficado US$ 5 bilhões acima das de 2007.

Os gastos de US$ 31,466 bilhões são 57,3% superiores aos US$ 20,068 bilhões de 2007. Grande parte do resultado se deveu ao aumento dos gastos com importações de petróleo bruto, que saltaram de US$ 11,976 bilhões em 2007 para US$ 16,391 bilhões em 2008, um aumento de 36,8% de um ano para o outro. Ilan Goldfajn, da Ciano Consultoria, chama a atenção para o fato de o déficit ser equivalente a 45% do saldo da balança comercial brasileira em 2008, que foi de US$ 24,7 bilhões.
O responsável pela deterioração dos números foi, em grande parte, o aumento de preço do petróleo no mercado internacional. O fato de a produção de petróleo não ter reagido como era esperado pelo mercado também contribuiu. Com menos óleo pesado para exportar, o país sentiu mais o impacto das importações de petróleo mais leve e caro, tudo isso acrescido da necessidade de aumentar as importações devido ao "boom" de consumo de diesel e outros insumos, como a nafta petroquímica pela indústria e para a geração de eletricidade.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O remédio amargo de Obama ao problema palestino

Essa entrevista com o Brzezinski pode dar umas pistas de como o governo Obama se comportará junto ao conflito Israel - Palestina

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Fim do conflito exige remédios amargos
Zbigniew Brzezinski: ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos; para Brzezinski, não haverá trégua temporária nem acordo definitivo entre Israel e Hamas sem participação dos EUA
Nathan Gardels, The Global Viewpoint
Zbigniew Brzezinski é o Henry Kissinger dos democratas americanos. Polonês de nascimento, ele ocupou o importante cargo de assessor para Segurança Nacional dos EUA durante o governo Jimmy Carter (1977 -1981), forjando a fama de falcão da política externa dos EUA. Nesta entrevista, ele analisa saídas para o conflito na Faixa de Gaza, comenta as opções da Índia frente a ameaças de grupos extremistas paquistaneses e diz como Barack Obama deve lidar com estes desafios.

(...)

Como presidente eleito, Barack Obama prepara-se para entrar na briga geopolítica enfrentando duas crises iminentes - a guerra entre Israel e o Hamas, e a tensão crescente entre Índia e Paquistão, após os ataques de Mumbai. Como obter um acordo de paz entre Israel e palestinos com um grupo armado hostil e negativista, como o Hamas?

Nunca haverá um acordo. A menos que se coloque na mesa um projeto amplo com soluções que sejam atraentes para a maioria dos israelenses e dos palestinos. Essas soluções devem estar num nítido contraste com as consequências desse ciclo implacável de violência que hoje presenciamos novamente em Gaza.
No momento, está muito claro que as duas partes no conflito nunca chegarão a um acordo por si mesmas. Os palestinos estão divididos e isso dificulta sua capacidade de negociar um acordo eficaz. Os israelenses relutam, isso porque alguns estão satisfeitos com a situação tal como ela se apresenta hoje, enquanto outros aproveitam esse impasse para, silenciosamente, expandir os assentamentos na Cisjordânia.
A única maneira de as coisas avançarem é a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, colocar na mesa um projeto de um eventual acordo, que deveria ter por base quatro pontos fundamentais: nenhum direito de retorno dos refugiados palestinos; esta é uma pílula que os palestinos vão precisar engolir, mas ela pode ser adocicada pelo reconhecimento internacional de seu sofrimento. Em segundo lugar, Jerusalém deve ser compartilhada de modo equitativo como a capital de dois Estados, Israel e Palestina. É verdade que esta é uma pílula amarga que israelenses terão de engolir. Mas sem isso, nenhuma paz será considerada justa.
Em terceiro lugar, um acordo territorial justo com base nas diretrizes de 1967, com algumas mudanças, permitindo a incorporação por Israel de algumas comunidades mais urbanizadas, além do que foi decidido em 1967. Em troca, os palestinos seriam recompensados com outro território, talvez na Galileia e na região de Neguev. Em quarto, um Estado palestino desmilitarizado e com a instalação de forças americanas ao longo do Rio Jordão, garantindo, assim, a segurança dos israelenses. Esse tipo de acordo teria o apoio da maioria dos israelenses e palestinos, e isolaria os extremistas de ambos os lados.

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A possível alternativa de Obama ao conflito será transformar os territórios ocupados palestinos por Israel em um protetorato estadunidense, tal como vem sendo implantado no Iraque e Afeganistão - trocar a dominação indireta pelo imperialismo ianque exercido pelo regime sionista para uma dominação direta sob a botina dos marines. Em resumo: não há nos planos estadunidenses uma proposta séria e democrática de solução do "problema palestino".

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O fascismo israelense

Recebi esse texto do Henrique Barros, meu amigo e pesquisador do CEPES. O artigo é sobre a crítica de intelectuais estadunidenses de esquerda e liberais - como Einstein, Arendt e Goldman - às lideranças da fundação de Israel, destacando que o sionismo de Begin (pai do Estado de Israel) tem origem e equivalências no fascismo, o que é comprovado pelo ações terroristas, racistas e chauvinistas mostradas no processo de criação de Israel.

O fascismo israelense

Por MAURÍCIO TRAGTENBERG
Textos Políticos
- In Memorian Menachem Begin visto por Einstein, H. Arendt e N. Goldman

Deu-se o massacre dos palestinos dos campos de Sabra e Chatila por obra dos assassinos chefiados por cel. Haddad, com conivência e participação, isso após a morte do traficante de haxixe Gemayel, novo “Quisling” imposto pelas tropas de ocupação.Por tudo isso, ser fiel à tradição judaica é condenar mais este genocídio praticado contra o povo palestino. [1]

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Israel tenta matar dirigente palestino

Recebi hoje de um amigo ligado a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) a seguinte mensagem de denúncia à atentado terrorista-estatal feita pelo Estado de Israel ao líder dessa organização. Israel passou a adotar ações terroristas às lideranças palestinas sob a justificativa de guerra preventiva. A mídia internacional nada fala.
Isto é apenas uma pequena parte das ações que Israel estão fazendo na Faixa de Gaza - um verdadeiro massacre, um genocídio. Os nazistas estariam com inveja das autoridades israelenses.

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Almir, não sei se é possível ... divulgar isso, mas seria importante que divulgássemos em todos os locais. Ao menos em seu blog... A FPLP é um partido político palestino marxista-leninista e vem sendo alvo direto de Israel. Suas lideranças e casas de membros do partido vem sendo destruídos, sedes do partido foram arrasadas nos bombardeios.


----Ontem, 4 de janeiro, o inimigo sionista e imperialista fracassou em sua tentativa de assassinar o Camarada Jamil Mizher, membro do Comitê Central da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP). O camarada e sua família estão bem, mas o Partido denuncia mais este crime de guerra, na tentativa de assassinar as lideranças.O inimigo sionista já atacou dezenas de casas de lideranças, onde famílias inteiras foram eliminadas em verdadeiros massacres.O Partido reitera que os crimes de Israel não obterão sucesso na tentativa de derrotar a resistência, sua causa ou sua determinação em atingir a vitória.

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Abaixo ao imperialismo e ao sionismo! Toda vitória a luta do povo palestino!Um dia os trabalhadores judeus e arábes-palestinos estaram lado a lado na verdadeira luta, contra os exploradores sejam eles judeus, mulçumanos ou cristãos

Petróleo e Gás: Novos prédios para a UFF

A paisagem de Niterói ganhará novos prédios. Já vem se erguendo no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal Fluminense (UFF). Está em construção e recuperação da infra-estrutura na UFF dos institutos de Química, Engenharia Química e Engenharia de Petróleo. Através de uma cooperação com a Petrobras, que investirá R$ 15 milhões no projeto, que prevê a construção de três novos prédios no Campus da Praia Vermelha da UFF, em Niterói.

Na área predial destinada ao Instituto de Química, serão 6.700 m2 de área construída, compreendendo laboratórios de pesquisa para análises de substâncias orgânicas e inorgânicas, preparo de amostras, câmara fria, central de gases, central de resíduos, almoxarifado central, gabinetes e áreas de uso comum, como auditório e biblioteca. Os laboratórios terão equipamentos previamente adquiridos via projetos do Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural (CT-Petro) e outras agências de fomento.
Já a Escola de Engenharia da UFF será remodelada. O Departamento de Engenharia Química e Petróleo, que hoje ocupa uma área de 400 m2s na Escola de Engenharia, terá mais 1.500 m2 de área construída para atender a laboratórios de pesquisa e áreas de trabalho para professores e alunos, fortalecendo atividades laboratoriais ligadas à cadeia de petróleo e gás natural.

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Comentário:

Só espero que não haja uma subordinação da produção acadêmica desse instituto aos intesses empresariais da Petrobras ou a criação de uma dependência da UFF a essa empresa ou implantação de uma necessidade de captação de recursos privados.

Devemos lembrar da máxima prescrita na Constituição Federal: Educação pública é direito de todos, mas é dever do Estado.

domingo, 4 de janeiro de 2009

12 regras de parcialidade no conflito Israel-Palestinos

Recebi essa numa mensagem de um amigo economista.

Vem rolando na internet, de email em email, e serve para reconhcermos (despertarmos nossa percepção de que) como a imprensa e mídia internacional é parcial ao noticiar o conflito entre o Estado de Israel e os palestinos.

A imprensa dá dois pesos e duas medidas e acaba servindo como instrumento de confusão no imaginário das pessoas sobre o conflito, impedindo que o público perceba que a guerra na verdade é um massacre do Estado de Israel ao povo palestino.

Doze Regras de Redação da Grande Mídia Internacional Quando a Notícia é do Oriente Médio

Regra Um - No Oriente Médio, são sempre os Árabes que atacam primeiro esempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

Regra Dois - Os Árabes, Palestinos ou Libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama "Terrorismo".

Regra Três -Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama "Legitima Defesa".

Regra Quatro - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedemque seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".

Regra Cinco - Os Palestinos e os Libaneses não têm o direito de capturarsoldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos decombate. Isso se chama "Seqüestro de Pessoas Indefesas".

Regra Seis - Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquerlugar quantos Palestinos e Libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000,dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquerprova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presosindefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelosPalestinos. Isso se chama "Prisão de Terroristas".

Regra Sete - Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório a mesmafrase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".

Regra Oito - Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção àexpressão "apoiada e financiada pelos Estados Unidos". Isso pode dar aimpressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigoexistencial.

Regra Nove - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões"Territórios Ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações de DireitosHumanos" ou "Convenção de Genebra".

Regra Dez - Tanto os Palestinos quanto os Libaneses são sempre "covardes" quese escondem entre a população civil, a qual "não os quer". Se eles dormem emsuas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel temo direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estãodormindo. Isso chama "Ações Cirúrgica de Alta Precisão".

Regra Onze - Os Israelenses falam melhor o Inglês, o Francês, o Espanhol e oPortuguês que os Árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser maisentrevistados e ter mais oportunidade do que os Árabes para explicar aspresentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de"Neutralidade Jornalística".

Regra Doze - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras deRedação acima expostas são "Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade".

Israel invadiu a Faixa de Gaza

Enfim, Israel invadiu a Faixa de Gaza. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, lembrou que Israel não aprendeu nenhuma lição da guerra no Líbano, ocorrida a dois anos atrás.

Israel fez a mesma coisa que agora, aceitou a provocação de uma organização terrorista (no caso era o Hezbollah), fez forte bombardeio aéreo, ignorou a ONU e invadiu por terra. Aquilo que o Governo israelense achou que seria uma rápida vitória transformou-se uma vitória de Pirro. Pela primeira vez na história de Israel ele sofreu uma derrota militar, e política mais ainda.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sobre o Conflito Israel-Palestina

hpor Almir Cezar Filho

Sugestão de leitura para entender a estratégia de Israel nesse crônica conflito com os palestinos.

"Imagem e Realidade do Conflito Israel-Palestina", da editora Record, é o novo livro polêmico do historiador norte-americano de origem judaica Norman Finkelstein. O autor critica duramente a política israelense atual e a estratégia do sionismo. Finkelstein é autor também de "A Indústria do Holocausto", o best-seller que questiona os motivos do interesse da mídia e das instituições governamentais pela questão judaica. A obra gerou protestos e réplicas no mundo todo.

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Israel foi construída sob a ideologia nacionalista judaica chamada de "sionionismo". Embora a ciência social tradicionalmente explique que os judeus não são um povo, no sentido antropologico do termo, um grupo étnico, o sionismo era uma ideologia progressista que visava a autonomia e a luta contra a opressão contra os israelitas espalhados pelos vários países do mundo.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A sinuca de Israel

Novamente Israel realiza uma operação militar nos territórios ocupados. Dessa vez, o apoio da opinião pública internacional e mesmo uma parcela considerada da população israelense estão contra.