quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

BC eleva juro e já compromete 2015

Com mais juros e menos gasto a economia quebra de vez. A indústria que tá agonizando vai pro espaço, os empregos com salário acima de 3 SM vão minguar. E o pior que a inflação de custos vai continuar além dos choques nos preços de alimentos e energia por causa da seca. Sei não, a vaca vai pro brejo, se ele não estiver seco!

Com PIB perto de 0%, Copom prefere inflar ganho dos rentistas em vez do crescimento
Monitor Mercantil | 03/12/2014

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, alertou que, ao recorrer apenas à alta dos juros, “o governo erra e derrubará ainda mais a atividade econômica, que já se encontra anêmica”.

A advertência foi feita após o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, voltar a aumentar a taxa básica de juros (Selic), apesar de o crescimento da economia do país este ano ficar em 0,19%.

Com a alta de 0,5 ponto percentual, a Selic saltou para 11,75% ao ano. Na reunião anterior, no fim de outubro, poucos dias após o segundo turno das eleições, o BC, ignorando o clamor das urnas contra a política de juros altos, elevara a taxa em 0,25 ponto.

A Selic atingiu o maior nível desde meados de outubro de 2011, quando estava em 12% ao ano. Em agosto daquele ano, a taxa passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012 – o menor patamar da história.

A Selic foi mantida nesse nível até abril de 2013, quando o BC, sob forte pressão do mercado financeiro, iniciou nova escalada de alta dos juros.

Apesar de alegar que usa os juros para reduzir a inflação, na verdade, a alta da Selic – que corrige parte da dívida pública do país – serve para atrair capitais especulativos, para tentar fechar as contas externas brasileiras.

Ao elevar novamente os juros, o BC volta a optar pela remuneração do ganho dos rentistas em detrimento da economia real.

Segundo o IBGE, o consumo das famílias deve encerrar 2014 com crescimento de apenas 1%, o desempenho mais fraco desde 2003. Além disso, a indústria de transformação e os investimentos devem encerrar o ano com queda em torno de 3,5% e 7,0%, respectivamente.

“O Brasil precisa urgentemente retomar o crescimento econômico, pois assim teremos o aumento da arrecadação sem elevação da carga tributária sobre famílias e empresas”, cobra Skaf.


Copom: probabilidade maior é que Selic suba 0,25 pp, diz Société Générale
Agência CMA | 03/12/2014 

Embora o mercado esteja dividido em relação ao grau de aumento da taxa básica de juros (Selic), a probabilidade maior é de que a taxa seja elevada em 0,25 ponto percentual, para 11,50%, segundo relatório do Société Générale.

O banco francês acredita que os fatores cíclicos e sazonais da economia, como a baixa taxa de crescimento, os aumentos recentes da Selic e os preços baixos das commodities, provavelmente terão mais peso sobre a inflação do que fatores estruturais, como a desvalorização do real e o hiato entre poupança e investimentos.

“Isto nos levou a revisar para baixo nossa previsão para a inflação em 2015, para 6,0%, de 6,3% anteriormente”, disse o SocGen.

Além disso, diz o relatório, seria uma “má idéia” do Banco Central tentar conter a alta do dólar por meio de um aumento significativo dos juros sob as atuais circunstâncias.

“Embora a depreciação do real seja o principal fator estrutural por trás da inflação, a depreciação cambial é amplamente motivada pela fraqueza macroeconômica geral. Seria mais apropriado aumentar os juros em conjunto com reformas estruturais no lado fiscal e administrativo”, acrescentou.

Por último, o Société Générale cita que o crescimento continuará tendo papel decisivo sobre o ritmo e a extensão do movimento de alta nos juros.

“Também devemos esperar um reconhecimento do BC a respeito do limite do aperto monetário no atual contexto”, disse o banco.


“Jurômetro” da Fiesp atinge R$ 253,2 bilhões em 2014
Monitor Mercantil | 03/12/2014 

Nesta terça-feira (dia 2), às 11h30, o Jurômetro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indicava que o governo brasileiro havia pago, desde o início do ano, R$ 253,2 bilhões em juros. Há um ano, no mesmo horário, o gasto com juro s calculado pelo Jurômetro era de R$ 226 bilhões.

É uma diferença de R$ 27,2 bilhões, que poderia comprar mais de 90 milhões de cestas básicas, pagar 37,6 milhões de salários mínimos ou 102 milhões de Bolsas Famílias. Se os R$ 27,2 bilhões fossem aplicados em educação, poderiam ser usados para construir mais de 26 mil escolas do Ensino Fundamental, ou equipar mais de 55 mil, ou então arcar com o custo anual de mais de 10,5 milhões de alunos do ensino fundamental. Se o dinheiro fosse aplicado em habitação, poderia construir 417 mil casas populares, instalar 11,2 milhões de ligações de água ou 7 milhões de ligações de esgoto. Se aplicado em infra-estrutura, poderia construir 33 aeroportos, no mesmo padrão que o novo aeroporto de Natal (RN), ou mais de 9 mil km de ferrovias, ou 16 mil km de rodovias.

É 0,56% do Produto Interno Bruto que foi tirado da economia real, mais do que o governo federal gastou em todo o ano de 2013 com o Bolsa Família: 0,51% do PIB.

De acordo com o Banco Mundial, o gasto do Brasil com juros da dívida pública é o sexto entre 111 países, e corresponde a 5,22% da renda nacional. Perde apenas para Jamaica, Líbano, Egito, Sri Lanka e as ilhas de São Cristóvão e Nevis, no Caribe.

- Juro alto encarece o capital de giro das empresas, e desestimula projetos de investimento. Reduz a competitividade da indústria e impede o aumento da capacidade produtiva. Ajusta a economia pela recessão e posterga as pressões inflacionárias, e leva o país a uma constante armadilha de baixo crescimento - afirma o presidente da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf.

Para o diretor-titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, “temos a maior taxa de juro real do mundo, segundo levantamento do portal Moneyou. E o maior spread bancário do mundo, segundo o IMD.”

Bolsa Juros é o dobro de saúde e educação
Monitor Mercantil | 03/12/2014 

Governo já torrou R$ 253 bi com juros, R$ 27 bi mais do que no ano passado

O governo já pagou R$ 253,2 bilhões em juros este ano até as 11h30m de terça-feira. O valor equivale a mais do que o dobro da soma do orçamento anual da saúde (R$ 82,6 bilhões) e da educação (R$ 42,3 bilhões). O levantamento é do Jurômetro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Há um ano, no dia e horário, a gastança com juros registrava R$ 226 bilhões.

“Juro alto encarece o capital de giro das empresas, e desestimula projetos de investimento. Reduz a competitividade da indústria e impede o aumento da capacidade produtiva. Ajusta a economia pela recessão e posterga as pressões inflacionárias, e leva o país a uma constante armadilha de baixo crescimento”, critica o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Com a diferença de R$ 27,2 bilhões se poderia comprar cerca de 90 milhões de cestas básicas, pagar 37,6 milhões de salários mínimos ou 102 milhões de Bolsas Famílias.

Se aplicados em educação, daria para construir cerca de 26 mil escolas do ensino fundamental, ou equipar cerca de 55 mil, ou arcar com o custo anual de cerca de 10,5 milhões de alunos do fundamental.

Se destinado à habitação, se construiria 417 mil casas populares, se instalaria 11,2 milhões de ligações de água ou 7 milhões de ligações de esgoto. Na infra-estrutura, daria para construir 33 aeroportos, no mesmo padrão do novo aeroporto de Natal (RN).

É representa 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB) tirado da economia real, mais do que o governo federal gastou em todo o ano de 2013 com o Bolsa Família: 0,51% do PIB.

De acordo com o Banco Mundial (Bird), o gasto do Brasil com juros da dívida pública é o sexto maior entre 111 países, e corresponde a 5,22% da renda nacional. Perde apenas para Jamaica, Líbano, Egito, Sri Lanka e as Ilhas de São Cristóvão e Nevis, no Caribe.


Fluxo cambial tem déficit de US$ 3,5 bilhões
Monitor Mercantil | 03/12/2014

O fluxo cambial, saldo de entrada e saída de dólares do país, foi negativo em US$ 3,507 bilhões em novembro, conforme dados do Banco Central. O resultado mensal é o pior deste ano. Anteriormente, o maior déficit cambial havia sido registrado em agosto, quando ficara em US$ 3,056 bilhões.

A maior parte do saldo negativo é decorrente do segmento financeiro, que representa investimentos estrangeiros diretos e outras operações. A saída de recursos do país por essa rubrica superou a entrada em US$ 2,149 bilhões.

O segmento comercial (exportações e importações) também registrou saldo negativo: US$ 1,358 bilhões.

No acumulado de janeiro a novembro, o saldo cambial, no entanto, continua positivo, em US$ 4,763 bilhões. Entre janeiro e novembro de 2013, ele era negativo em US$ 3,481 bilhões.

Em outubro deste ano, o fluxo cambial havia ficado positivo em US$ 6,927 bilhões, o melhor resultado mensal desde maio de 2013.

O dados sobre o fluxo cambial é defasado em relação ao cálculo sobre as transações correntes – comércio e serviços . O primeiro registra os negócios fechados, enquanto o segundo os recursos que efetivamente já ingressaram no país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário