Servidores públicos federais de Brasília em greve fizeram nesta quinta-feira (12/07) uma manifestação na porta do Ministério dos Esportes na Esplanada dos Ministérios.
O protesto expôs a contradição do governo federal, que vai investir no mínimo R$28 bilhões na Copa do Mundo e ao mesmo tempo diz que não tem dinheiro para serviços essenciais, como saúde, educação e reforma agrária, muito menos para atender as reivindicações salariais dos servidores. E boa parte dos gastos da Copa do Mundo são obscuros, com suspeitas de superfaturamento.
Os manifestantes fizeram uma série de questionamentos: "Um evento que vai durar duas semanas é mais importante que hospitais e escolas?" "O que os brasileiros ganham, já que os ingressos são caros e todo mundo vai ver o jogo de casa?" Enquanto essas perguntas não são respondidas, os servidores esperam o governo negociar as reivindicações da greve, que em alguns lugares já dura quase dois meses.
Participaram do protesto professores das universidades federais, servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Incra, Arquivo Nacional, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), institutos federais, entre outros. Estiveram presentes ainda representantes regionais da CSP-Conlutas, da coordenação da articulação dos comitês popular da Copa, dos comandos de greve do Ministério da Justiça e da Funai.
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