segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mínimo de R$545: escolhas e pouca ciência no Governo

Salário mínimo em apenas R$545: uma discussão que mostra as opções escolhidas e a falta de cientificidade dos argumentos do Governo.

Opções
Marcos Oliveira e Sergio Souto - Monitor Mercantil, 18/02/2011
A ser crível o cálculo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o aumento do salário de mínimo para R$ 560 provocaria um custo extra de R$ 4,5 bilhões aos cofres públicos, o número equivale a praticamente ao mesmo tamanho do rombo provocado por fraudes no Banco Panamericano, que, diante da incapacidade do Banco Central para detectar o problema, receberá aportes de pelo menos R$ 8 bilhões da Caixa Econômica Federal, para continuar operando.

Haveres e deveres

A dúvida sobre a precisão do número apresentado por Mantega - ele estima que cada R$ 1 a mais no bolso de aposentados e pensionistas resulta num acréscimo de R$ 300 milhões na folha da Previdência Social - vem do fato de o cálculo sobre gastos nunca ser acompanhado pelo dos ganhos via aumento de consumo e, et por cause, da arrecadação com impostos. Ou, na linguagem dos guarda-livros, só "deveres sem haveres".

Nenhum comentário:

Postar um comentário