Até FMI pede moderação na alta das taxas
Monitor Mercantil online, 21/06/2010
No mesmo dia em que o mercado financeiro revia para cima a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 (de 11,75% ao ano para 12,00%), o FMI alertou para "potenciais excessos" quando a "necessidade de elevar as taxas de juros" vier a alimentar o fluxo de capital vindo das economias avançadas.
Para o economista Marcos Coimbra, do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (Cebres), foi um claro recado para o Brasil, que já pratica os maiores juros reais do mundo:
"Até o FMI muda, menos a política econômica no Brasil. A meta de inflação estourou em menos de um ponto percentual. Não há justificativa técnica para continuar aumentando a Selic, a não ser a variável Meirelles", ironizou.
"Mesmos os economistas mais ortodoxos reconhecem que nossa inflação não é de demanda. Elevar juros aumenta a dívida pública e segura a economia, agravando o problema das contas externas e da desindustrialização", prosseguiu, indagando sobre "quem realmente manda" na economia, o presidente do BC ou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"Enquanto todos olham para a dívida líquida, a dívida pública bruta se aproxima dos 70%, inflada por esse modelo que favorece o déficit externo e a desindustrialização."
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