quinta-feira, 10 de maio de 2012

Com PIB a 2%, 1º Mundo só em 2112. Para alcançar desenvolvidos, Brasil precisa crescer no mínimo 7% ao ano

Segundo o Banco Mundial (Bird), se a média do crescimento global se mantiver na casa dos 2% ao ano e o Brasil crescer a 3,5% anuais, levaria quase um século para superar o atraso do país em relação ao mundo desenvolvido. Já um crescimento anual médio de 7% reduziria esse hiato para 40 anos.

O economista , João Paulo de Almeida Magalhãespresidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RJ), para quem o governo é vítima de uma "visão curtoprazista", que tem, segundo ele, apoio da mídia. Critica o teto de 5% estabelecido para o crescimento do país sem causar pressão sobre os preços Se o Brasil crescer a 5% ao ano com inflação zero, durante 20 anos, teria crescimento de 46% no PIB per capta. Ora, no pós-guerra, crescemos, em média, 7%, com inflação de 20%, e o PIB per capita cresceu 75%.

Com PIB a 2%, 1º Mundo só em 2112. Para alcançar desenvolvidos, Brasil precisa crescer no mínimo 7% ao ano
Monitor Mercantil, 04/05/2012 

Magalhães: mesmo com inflação de 20%, PIB per capita cresceu 75%

PARA ALCANÇAR DESENVOLVIDOS, BRASIL PRECISA CRESCER NO MÍNIMO 7% AO ANO
Segundo o Banco Mundial (Bird), se a média do crescimento global se mantiver na casa dos 2% ao ano e o Brasil crescer a 3,5% anuais, levaria quase um século para superar o atraso do país em relação ao mundo desenvolvido. Já um crescimento anual médio de 7% reduziria esse hiato para 40 anos.
"Significa que crescer 7% ao ano é o mínimo", observa o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RJ), João Paulo de Almeida Magalhães, para quem o governo é vítima de uma "visão curtoprazista", que tem, segundo ele, apoio da mídia.

"Hoje o cidadão abre o jornal e parece que o governo Lula foi ótimo, enquanto o economista Reinaldo Gonçalves mostra, com a pesquisa Desenvolvimentismo às avessas, que o Brasil foi o sétimo pior desempenho do mundo no período Lula", diz Magalhães, do Conselho Editorial do MM. "Em 2011, o PIB cresceu 2,8%, a menor taxa da América do Sul. No entanto, os jornais seguem dizendo que continuamos bem."
O economista critica o teto de 5% estabelecido para o crescimento do país sem causar pressão sobre os preços: "O próprio Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) diz que o PAC garante esse patamar. Mas para um governo que, corretamente, dá prioridade à distribuição de renda, esse não é o melhor caminho. Se o Brasil crescer a 5% ao ano com inflação zero, durante 20 anos, teria crescimento de 46% no PIB per capta. Ora, no pós-guerra, crescemos, em média, 7%, com inflação de 20%, e o PIB per capita cresceu 75%", compara Magalhães, que finaliza o livro Crescimento e desenvolvimento: o novo e necessário enfoque para as políticas de desenvolvimento, no qual defende a retomada do planejamento de longo prazo.

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