sábado, 30 de julho de 2011

Metade dos brasileiros está insatisfeita no trabalho, diz estudo



Metade dos brasileiros está insatisfeita no trabalho, diz estudo

Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena
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“Você é feliz no seu trabalho atual ou na sua última ocupação?” A pergunta tem motivado discussões relacionadas à saúde pública, já que muita gente responderia que não. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa feita pela Right Management com 5.685 pessoas. Os pesquisados deveriam responder “Sim” ou “Não” para a emblemática pergunta. O estudo revelou que quase metade dos entrevistados (48%) responderam que não estão satisfeitos com o trabalho.

Os resultados mostraram que o percentual de mulheres (59%) supera o de homens (41%) igualmente insatisfeitos. Os mais jovens também estão menos felizes no trabalho, já que os mais descontentes têm entre 20 e 30 anos e representam 32% dos entrevistados contra apenas 8% de não satisfeitos na faixa dos 40 aos 50 anos. De acordo com a pesquisa, isto pode ser explicado de acordo com a experiência adquirida na vida profissional: os cargos são de mais responsabilidade e os salários vão aumentando.



A investigação também apontou que a localização geográfica interfere na satisfação das pessoas na luta diária pelo ordenado. A maior parte dos descontentes atua em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo (absoluta maioria de 86%). A formação acadêmica, importância do cargo e salários também influenciaram no resultados (quanto menores se apresentaram cada uma dessas variáveis, maior foi a incidência de insatisfação entre os entrevistados). Também observou-se que funcionários de empresas privadas estão bem mais contrariados que os funcionários públicos, 74 e 10%.

A especialista em Recursos Humanos e coordenadora do estudo, Elaine Saad, acredita que o primeiro passo para contornar uma insatisfação dentro de uma empresa é entender e diagnosticar as razões do descontentamento. “Normalmente a primeira ideia é deixar a empresa, mas seria importante uma reflexão se não vale a pena tentar achar soluções para a situação, pois reiniciar numa nova organização poderá trazer novos problemas desconhecidos e esforços para criação de novos vínculos”, afirmou.

Saad também aponta alguns fatores para superar a situação, como crescimento de carreira, desenvolvimento profissional, ambiente de trabalho e até a relação com o líder imediato, pesam cada dia mais na hora de escolher um emprego, e não apenas o salário e benefícios.

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