Desenvolvimento, Taxa de Exploração e Disparidades Nacionais - A Economia & a Revolução - Parte 8

por Almir Cezar Filho

A relação entre o nível de desenvolvimento econômico e a taxa de exploração é um aspecto fundamental para entender as disparidades entre nações no sistema capitalista. Esta seção explora como o nível de desenvolvimento de um país está relacionado com a taxa de exploração do trabalho e como essas relações contribuem para as desigualdades econômicas globais. Analisaremos como a taxa de exploração influencia o desenvolvimento econômico e como as disparidades entre nações podem ser compreendidas através dessa lente.

Nível de Desenvolvimento e Taxa de Exploração

O nível de desenvolvimento econômico de uma nação é determinado por uma combinação de fatores, incluindo a capacidade produtiva, a tecnologia disponível e a estrutura industrial. A taxa de exploração, por outro lado, refere-se à proporção do valor criado pelos trabalhadores que é apropriado pelos capitalistas sob a forma de mais-valia.

A relação entre desenvolvimento e taxa de exploração pode ser entendida através da análise das condições de trabalho e da capacidade produtiva. Países mais desenvolvidos tendem a ter níveis mais altos de produtividade e tecnologia avançada, o que pode permitir uma maior taxa de exploração. Em contraste, países em desenvolvimento podem ter uma taxa de exploração mais baixa devido à menor produtividade e à maior competição no mercado de trabalho.

O Valor e a Gravitação dos Preços: Crítica Marxista à Microeconomia e Transformações Econômicas - A Economia & a Revolução - Parte

Por Almir Cezar Filho

Para compreender o funcionamento do capitalismo, é crucial analisar a relação entre valor e preços e a crítica marxista à microeconomia. A teoria do valor-trabalho de Marx oferece uma base sólida para entender a dinâmica econômica, mas a relação entre valor e preços, bem como o papel da microeconomia, exige uma análise mais detalhada. Nesta parte, exploraremos a crítica marxista à microeconomia, a questão da transformação do valor em preços e a gravitação dos preços dentro do sistema capitalista.

Teoria do Valor-Trabalho e Gravitação dos Preços

A teoria do valor-trabalho, proposta por Karl Marx, afirma que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. Esse conceito é fundamental para a crítica marxista do capitalismo, pois revela a exploração implícita no processo de produção e a origem da mais-valia.

No entanto, a relação entre o valor-trabalho e os preços de mercado é complexa. Enquanto o valor de uma mercadoria é determinado pelo trabalho incorporado, os preços de mercado podem flutuar devido a fatores como oferta e demanda, competição e especulação.

A transformação do valor em preços envolve uma série de ajustes que ocorrem no mercado. A competição entre capitais leva à equalização da taxa de lucro, o que resulta na formação de preços de produção que refletem o valor médio das mercadorias, em vez do valor individual. Esse processo de equalização é conhecido como a "lei do valor" e é fundamental para entender a dinâmica de preços no capitalismo.

Superestrutura Social e Estrutura Econômica: Um Relação Dialética e Revolucionária - A Economia e a Revolução - Parte 6:

Por Almir Cezar Filho

Uma análise marxista contemporânea do desenvolvimento econômico capitalista não estaria completa sem considerar a superestrutura social e sua influência sobre a estrutura econômica. Nesta parte, discutiremos a interação entre superestrutura e estrutura econômica, explorando como as forças produtivas e as relações de produção são moldadas por elementos superestruturais, como ideologia, cultura, política e leis.

Superestrutura e Estrutura Econômica e Interação Dialética

A superestrutura de uma sociedade inclui todas as instituições, ideologias e práticas culturais que não fazem parte da base econômica, mas que surgem dela e, em troca, a influenciam. A análise marxista clássica identifica duas componentes principais da superestrutura: as formas de consciência social (ideologia, religião, cultura) e as instituições políticas e jurídicas (estado, leis, políticas públicas).

A relação entre superestrutura e estrutura econômica é dialética. A estrutura econômica, composta por forças produtivas (meios de produção e tecnologia) e relações de produção (relações sociais e jurídicas que regulam a produção), constitui a base sobre a qual se ergue a superestrutura. No entanto, a superestrutura não é simplesmente um reflexo passivo da base econômica. Ela exerce influência ativa sobre a estrutura econômica, ajudando a moldar e perpetuar as relações de produção.

Por exemplo, as ideologias dominantes justificam e legitimam as relações de exploração e dominação presentes no capitalismo. As instituições políticas e jurídicas estabelecem e reforçam as regras que regulam a propriedade, o trabalho e o comércio. Esse processo é recíproco e contínuo, com mudanças na estrutura econômica levando a transformações na superestrutura e vice-versa.

A Tridimensionalidade da Dinâmica Econômica Capitalista - A Economia & a Revolução - Parte 5

Por Almir Cezar Filho

A compreensão do desenvolvimento econômico capitalista exige uma análise que vá além da simples avaliação de setores econômicos individuais. O capitalismo deve ser entendido em sua totalidade, onde diferentes dimensões interagem e influenciam o desenvolvimento. Nesta parte, exploraremos a tridimensionalidade da dinâmica econômica, considerando o parque industrial, a luta de classes e a inserção no sistema interestatal do capitalismo.

O sistema econômico capitalista é composto por três dimensões principais que se inter-relacionam e se influenciam mutuamente:

• Parque Industrial
• Luta de Classes e Estrutura Política
• Inserção no Sistema Interestatal

Parque Industrial

O parque industrial de uma nação não deve ser confundido com o setor industrial do PIB. Ele representa a base produtiva do país, incluindo a capacidade tecnológica, a diversidade da produção e a complexidade das cadeias produtivas. 

O parque industrial é uma dimensão crucial do desenvolvimento econômico, pois define a capacidade de uma nação para produzir bens e serviços de alto valor agregado. Um parque industrial robusto permite maior autonomia econômica, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo a posição do país no comércio internacional.

Além disso, o desenvolvimento do parque industrial está intimamente ligado à inovação tecnológica e ao aumento da produtividade. Países com parques industriais avançados tendem a liderar em inovação, criando novos produtos e processos que impulsionam o crescimento econômico.

Política, Economia e Imperialismo no Capitalismo Contemporâneo - A Economia & a Revolução - Parte 4

por Almir Cezar Filho

Entender a relação entre política e economia no sistema capitalista é crucial para compreender a dinâmica do desenvolvimento econômico. A famosa afirmação de que "a política é a economia concentrada" reflete a complexidade e interdependência dessas duas esferas. Nesta parte, examinaremos como a esfera econômica determina, mas não de forma determinista, a política, e como a primazia da política influencia o desenvolvimento econômico. Também abordaremos a necessidade de atualizar a Teoria do Imperialismo no contexto do capitalismo monopolista transnacional.

Determinação Econômica e Primazia Política: Política como Economia Concentrada

A relação entre política e economia no capitalismo é intrinsecamente complexa. A esfera econômica estabelece as bases materiais para a sociedade, mas a política tem a capacidade de moldar e direcionar a economia. A luta de classes, as políticas estatais e as relações internacionais são arenas onde a política exerce sua influência.

A esfera econômica do capitalismo estabelece as bases materiais para a sociedade, definindo as condições sob as quais a produção e a distribuição ocorrem. No entanto, a política possui uma primazia relativa, capaz de influenciar e redirecionar a trajetória econômica. Esta primazia é visível em momentos de crise e transformação, quando decisões políticas podem redefinir a estrutura econômica e abrir novos caminhos para o desenvolvimento.

Por exemplo, políticas de austeridade ou de estímulo econômico podem ter impactos profundos na economia, influenciando a distribuição de renda, o nível de emprego e o crescimento econômico. Da mesma forma, as decisões políticas em áreas como regulamentação financeira, comércio internacional e investimentos em infraestrutura podem moldar a dinâmica econômica de longo prazo.

Atualizando a Teoria do Imperialismo

No contexto contemporâneo, é fundamental atualizar a Teoria do Imperialismo para refletir as realidades do capitalismo monopolista transnacional. O imperialismo moderno envolve não apenas a dominação econômica e militar, mas também a influência política e cultural. As corporações multinacionais e as instituições financeiras globais desempenham um papel central na dinâmica econômica, influenciando tanto a estrutura econômica global quanto as políticas nacionais.

O capitalismo contemporâneo é caracterizado por uma concentração crescente de capital e poder nas mãos de um número reduzido de corporações multinacionais. Essas corporações dominam setores chave da economia global, desde a tecnologia e telecomunicações até a energia e as finanças. A concentração de capital resulta em monopólios e oligopólios que têm a capacidade de influenciar preços, controlar mercados e moldar políticas econômicas a seu favor.

A dominação dessas corporações é facilitada por um ambiente regulatório global que muitas vezes favorece os interesses do capital sobre os dos trabalhadores e comunidades locais. A desregulamentação, os acordos de livre comércio e a liberalização dos mercados financeiros são exemplos de políticas que beneficiam as corporações multinacionais, ampliando sua influência e poder.

Relações de Poder no Sistema Internacional

As relações de poder entre países centrais e periféricos são mediadas por essas instituições globais, que moldam a estrutura econômica global e influenciam o desenvolvimento desigual e combinado. Os países centrais, onde estão sediadas a maioria das corporações multinacionais e instituições financeiras globais, exercem uma influência desproporcional sobre a economia global. 

Essas relações de poder se manifestam em práticas como a imposição de políticas econômicas neoliberais por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Essas políticas frequentemente resultam em austeridade, privatizações e liberalizações que beneficiam o capital transnacional às custas do desenvolvimento econômico e social dos países periféricos.

Estrutura Econômica e Conjuntura Econômica

A estrutura econômica define tanto a conjuntura econômica quanto limita a ação e capacidade da política econômica. A conjuntura econômica se constitui na dinâmica de curto prazo, ou no assim chamado “equilíbrio dinâmico”. A interação entre estrutura e conjuntura é essencial para entender como as políticas econômicas podem ser eficazes ou limitadas.

Estrutura Econômica

A estrutura econômica do capitalismo é composta pelas forças produtivas e relações de produção que formam a base material do sistema. Essa estrutura é moldada pela dinâmica de longo prazo do desenvolvimento capitalista, incluindo a acumulação de capital, a inovação tecnológica e as transformações nas relações de produção.

A estrutura econômica estabelece os limites e possibilidades para a ação política. Por exemplo, a concentração de capital e poder nas mãos de corporações multinacionais pode restringir a capacidade dos governos nacionais de implementar políticas econômicas que desafiem esses interesses. Da mesma forma, a dependência de exportações de matérias-primas pode limitar as opções de desenvolvimento econômico para os países periféricos.

Conjuntura Econômica

A conjuntura econômica refere-se à situação econômica de curto prazo, incluindo fatores como o crescimento econômico, a inflação, o desemprego e as flutuações do mercado. A conjuntura é influenciada pela estrutura econômica, mas também pelas políticas econômicas adotadas pelos governos e pelas condições econômicas globais.

As políticas econômicas podem ter um impacto significativo na conjuntura, mas suas possibilidades e limitações são definidas pela estrutura econômica. Por exemplo, políticas de estímulo fiscal podem ser eficazes para combater a recessão, mas sua sustentabilidade depende da estrutura fiscal e do nível de endividamento do governo.

Conclusão

A relação entre política e economia no capitalismo contemporâneo é complexa e interdependente. A esfera econômica estabelece as bases materiais, mas a política possui uma primazia relativa que pode influenciar e redirecionar a trajetória econômica. Atualizar a Teoria do Imperialismo é crucial para compreender as realidades do capitalismo monopolista transnacional e as relações de poder globais que moldam o desenvolvimento econômico.

Entender essas dinâmicas é essencial para desenvolver estratégias de desenvolvimento econômico que promovam um crescimento mais equitativo e sustentável. A análise marxista contemporânea oferece insights valiosos para enfrentar os desafios do capitalismo global e trabalhar em direção a um futuro mais justo e inclusivo.

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Publicado no blog Limiar & Transformação Econômica, este artigo explora a interdependência entre política e economia no capitalismo, destacando a necessidade de atualizar a Teoria do Imperialismo para refletir o capitalismo monopolista transnacional. Esperamos que estas reflexões contribuam para um debate crítico e profundo sobre o desenvolvimento econômico e suas implicações globais.

A Dinâmica de Longo Prazo do Sistema Capitalista - A Economia & a Revolução - Parte 3

Almir Cezar Filho

O desenvolvimento econômico capitalista não pode ser compreendido sem uma análise de sua dinâmica de longo prazo. Esta dinâmica não é meramente quantitativa, mas também qualitativa, moldando e sendo moldada pela estrutura econômica do sistema. Nesta parte, exploraremos como a dinâmica de longo prazo constrói a estrutura econômica do capitalismo, delimitando sua constituição e influenciando sua trajetória.

Dinâmica Acumulativa: Quantitativa e Qualitativa

A dinâmica de longo prazo no capitalismo é caracterizada por um processo de acumulação que vai além da simples expansão quantitativa de capital. Envolve transformações qualitativas nas forças produtivas e nas relações de produção, que juntos constituem a base estrutural do sistema econômico.

No nível quantitativo, a acumulação de capital é o motor principal do desenvolvimento econômico capitalista. Este processo envolve o reinvestimento contínuo dos lucros para expandir a produção, aumentar a produtividade e gerar mais lucros. A lógica da acumulação capitalista exige crescimento constante, o que leva à expansão dos mercados, à inovação tecnológica e ao aumento da eficiência produtiva.

No entanto, essa acumulação não é linear ou homogênea. Crises periódicas de superprodução, subconsumo e desvalorização de capital são inerentes ao capitalismo. Essas crises, embora destrutivas a curto prazo, são vistas como momentos de "destruição criativa" que pavimentam o caminho para novas fases de crescimento e acumulação.

Desenvolvimento Desigual e Combinado e a Teoria da Revolução Permanente - A Economia & a Revolução - Parte 2

Por Almir Cezar Filho

O desenvolvimento econômico é um fenômeno complexo e multifacetado, profundamente influenciado pelo princípio do desenvolvimento desigual e combinado e pela teoria da revolução permanente. Estas duas teorias marxistas oferecem uma lente crítica para analisar como diferentes países e regiões se desenvolvem de maneira desigual e como esses processos se interconectam globalmente. Esta parte explora essas teorias e como elas moldam a compreensão contemporânea do desenvolvimento econômico capitalista.

Desenvolvimento Desigual e Combinado

O princípio do desenvolvimento desigual e combinado, formulado por Leon Trotsky, sugere que o desenvolvimento econômico não ocorre de maneira uniforme em todas as partes do mundo, nem mesmo dentro de um mesmo país ou economia nacional. Em vez disso, diferentes regiões e países se desenvolvem a ritmos distintos e com características diversas, resultando em uma combinação de elementos econômicos arcaicos e modernos.

Desigualdade Econômica

A desigualdade econômica é uma característica central do capitalismo. Países mais desenvolvidos acumulam capital e tecnologia em um ritmo mais rápido, enquanto os países menos desenvolvidos ficam para trás. Essa disparidade cria um sistema econômico global onde a riqueza e os recursos estão concentrados em algumas regiões, enquanto outras permanecem subdesenvolvidas.

 
Essa desigualdade é exacerbada pela divisão internacional do trabalho, onde os países periféricos fornecem matérias-primas e trabalho barato para os países centrais, que produzem bens de alto valor agregado. Este arranjo perpetua a dependência econômica e a subordinação dos países periféricos

Sistemas Econômicos Impuros e a Interconectividade Global - A Economia & a Revolução - Parte 1

Por Almir Cezar Filho

A Natureza dos Sistemas Econômicos

A economia contemporânea não pode ser compreendida através de uma análise de sistemas econômicos puros. Historicamente, as tentativas de definir e analisar sistemas econômicos como entidades isoladas e homogêneas falharam em capturar a complexidade e a diversidade inerentes às economias reais. Cada sistema econômico, seja ele mundial ou nacional, é composto por múltiplos modos de produção e setores econômicos, provenientes de diferentes épocas e regiões geográficas.

A noção de pureza econômica ignora as influências internas e externas que moldam os sistemas econômicos. Internamente, um país pode combinar setores tradicionais com indústrias modernas, criando uma estrutura econômica heterogênea. Externamente, a inserção de um país na economia global implica interações constantes com outras nações, que podem ser mais desenvolvidas ou menos desenvolvidas, influenciando diretamente seu desenvolvimento econômico.

As Esferas Conectadas

Para entender essa complexidade, podemos imaginar a realidade econômica como uma série de esferas concêntricas. Cada esfera representa um sistema econômico específico, conectado e influenciado por esferas superiores e inferiores. A totalidade de cada esfera e suas interações com outras esferas superiores são essenciais para modelar o sistema econômico nacional de um país. Essas interações criam uma dinâmica única que não pode ser compreendida isoladamente.

No plano interno, a combinação de diferentes modos de produção e setores econômicos resulta em uma economia nacional diversificada. Setores agrícolas podem coexistir com indústrias de alta tecnologia, e práticas de subsistência podem operar ao lado de sistemas financeiros complexos. Essa diversidade reflete a história, cultura e recursos de cada nação, bem como suas políticas e estratégias econômicas.

No plano externo, a economia de um país é moldada por suas relações com o sistema mundial. As interações econômicas, políticas e sociais com outros Estados influenciam significativamente o desenvolvimento econômico. Países mais centrais no sistema mundial têm maior influência sobre as economias periféricas, através de comércio, investimentos, poder militar e diplomacia. Essas interações são assimétricas e refletem as relações de poder globais.

A Influência do Plano Interno

A combinação de modos de produção e setores econômicos diferentes dentro de um país cria uma dinâmica econômica complexa. Setores industriais modernos podem coexistir com práticas agrícolas tradicionais, criando uma economia nacional que é ao mesmo tempo avançada e atrasada em diferentes aspectos. Essa coexistência de diferentes modos de produção resulta de fatores históricos, culturais e geográficos, e cada setor econômico exerce uma influência distinta sobre a economia como um todo.

A diversificação econômica interna é essencial para a resiliência e o crescimento econômico. Países com economias diversificadas são mais capazes de absorver choques econômicos e se adaptar a mudanças globais. No entanto, essa diversidade também pode levar a conflitos internos, à medida que diferentes setores competem por recursos e influência política.

A Economia & a Revolução - Introdução: Sínteses de uma Teoria Contemporânea Marxista do Desenvolvimento Econômico Capitalista

por Almir Cezar Filho

A economia contemporânea é um vasto campo de estudo que, para ser compreendido em sua totalidade, deve considerar tanto as interações internas quanto externas de um sistema. Neste contexto, é essencial reconhecer que não existe um sistema econômico puro, seja no plano mundial ou nacional. Cada esfera econômica está interconectada com uma superior, moldando-se a partir dessas interações e influências. O resultado é uma combinação de modos de produção e setores econômicos diversos, oriundos de diferentes épocas e dispersos espacialmente.

Para uma análise profunda do desenvolvimento econômico, é imprescindível adotar o princípio do desenvolvimento desigual e combinado, juntamente com a teoria da revolução permanente. O desenvolvimento econômico é, essencialmente, uma dinâmica de longo prazo, acumulativa tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Essa dinâmica não apenas constrói a estrutura econômica do sistema, mas também delimita sua constituição.

A política, descrita como economia concentrada, desempenha um papel crucial nesse processo. Embora a esfera econômica determine o capitalismo, a esfera política tem primazia. Este ponto é particularmente relevante ao resgatar e atualizar a Teoria do Imperialismo na era do capitalismo monopolista transnacional. A estrutura econômica define a conjuntura econômica e limita a ação da política econômica, enquanto a conjuntura se configura na dinâmica de curto prazo, ou "equilíbrio dinâmico".

A Economia & a Revolução | Pontos-chaves ou Teses que permeiam uma Teoria Contemporânea Marxista do Desenvolvimento Econômico Capitalista: os elementos básicos

Por Almir Cezar Filho

Lista do pontos-chaves ou Teses d´A Economia & a Revolução ou índice do seu volume 1. 

0) Introdução. clique aqui.

1) Sistemas Econômicos Impuros: Não existe um sistema econômico puro, seja no plano mundial ou nacional. Cada esfera econômica, interconectada com uma superior, modela-se a partir dessas interações e influências internas e externas, resultando na combinação de modos de produção e setores econômicos diversos. clique aqui

2) Desenvolvimento Desigual e Combinado: A análise do desenvolvimento econômico deve basear-se no princípio do desenvolvimento desigual e combinado e na teoria da revolução permanente. clique aqui.

3) Dinâmica Econômica de Longo Prazo: O desenvolvimento econômico é uma dinâmica acumulativa de longo prazo, envolvendo tanto aspectos quantitativos quanto qualitativos. clique aqui

4) Estrutura Econômica: A dinâmica econômica de longo prazo do capitalismo constrói a estrutura econômica do sistema, determinando sua constituição. 

5) "Primazia da Política": A política é a economia concentrada. Há uma determinação do capitalismo pela esfera econômica, mas a esfera política tem certa primazia. 

Sumário do conteúdo aqui do blog Limiar & Transformação Econômica

O conjunto dos artigos redigidos por Almir Cezar Filho poderiam ser organizados de maneira lógica e sequencial, agrupando temas correlatos para proporcionar uma leitura fluida e compreensível, que abrange desde os fundamentos teóricos até a aplicação prática e crítica na análise da economia contemporânea, com o seguinte sumário:

Sumário

Introdução

1. Prefácio
   • Introdução aos temas e objetivos do livro.
   • Importância de uma análise crítica e marxista da economia contemporânea.

Parte I: Fundamentos Teóricos

2. Marxismo e Economia
   • Fundamentos do pensamento marxista na economia.
   • Teoria do valor e mais-valia.
3. Crises do Capitalismo
   • Análise das crises econômicas no contexto do capitalismo global​ (Limiar e Transformação Econômica)​.
   • Crise financeira de 2008 e suas repercussões.

Parte II: Imperialismo e Globalização

4. Imperialismo no Século XXI
   • Relação entre imperialismo e economia global.
   • Impactos do imperialismo nas economias periféricas​ (Limiar e Transformação Econômica)​.
5. Ascensão da China
   • Da partilha colonial à potência global.
   • Implicações econômicas e geopolíticas da ascensão chinesa​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

Parte III: Desenvolvimento Econômico e Regional

6. Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
   • Conceitos de desenvolvimento e subdesenvolvimento​ (Limiar e Transformação Econômica)​.
   • Políticas de desenvolvimento econômico regional.
7. Planejamento Econômico e Orçamento Público
   • Importância do planejamento econômico para o desenvolvimento sustentável.
   • Análise de orçamentos públicos e sua execução.

Parte IV: Alternativas ao Neoliberalismo

8. Crítica ao Neoliberalismo
   • Análise crítica das políticas neoliberais.
   • Alternativas econômicas e políticas ao neoliberalismo​ (Limiar e Transformação Econômica)​.
9. Movimentos Sociais e Economia Popular
   • Papel dos movimentos sociais na transformação econômica.
   • Economia solidária e outras formas de organização econômica popular​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

Parte V: Educação e Divulgação Econômica

10. Educação Popular em Economia
    • Iniciativas de educação popular e seu impacto.
    • Ferramentas e recursos para a educação econômica​ (Limiar e Transformação Econômica)​.
11. Jornalismo Econômico Contra-hegemônico
    • Importância de um jornalismo econômico crítico e independente.
    • Exemplos e práticas de jornalismo contra-hegemônico​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

Conclusão

12. Perspectivas Futuras
    • Desafios e oportunidades para o futuro da economia global.
    • Propostas para um desenvolvimento econômico mais justo e sustentável.

Apêndices

13. Glossário de Termos Econômicos
    • Definições e explicações de termos e conceitos usados ao longo do livro.
14. Referências e Leituras Recomendadas
    • Bibliografia e sugestões de leitura para aprofundamento dos temas tratados.

O que é o blog Limiar & Transformação Econômica

O blog "Limiar e Transformação Econômica" é um espaço dedicado à análise marxista das transformações e crises do capitalismo contemporâneo. Editado por Almir Cezar Filho, economista e servidor público, o blog busca contribuir para um jornalismo econômico contra-hegemônico e para a educação popular em economia.

Os principais temas abordados no blog incluem:

1. Crises do Capitalismo: Análises profundas sobre as crises econômicas sob a perspectiva marxista, explorando suas causas e consequências globais​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

2. Imperialismo e Globalização: Discussões sobre o papel do imperialismo na economia global, incluindo a ascensão da China como potência global e suas implicações para o equilíbrio de poder​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

3. Desenvolvimento Econômico e Regional: Reflexões sobre o desenvolvimento e subdesenvolvimento, com ênfase em políticas de desenvolvimento econômico regional e alternativas ao modelo neoliberal predominante​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

4. Educação Econômica: Esforços para promover uma compreensão acessível e crítica da economia, através de podcasts, vídeos e artigos, visando educar o público sobre questões econômicas complexas​ (Limiar e Transformação Econômica)​​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

Além dos artigos e análises, o blog também participa de campanhas como a redução das taxas de juros e o fim do superávit primário, buscando influenciar políticas econômicas em prol de um desenvolvimento mais justo e sustentável​ (Limiar e Transformação Econômica)​.

Para acessar o blog e explorar os conteúdos, você pode visitar o Limiar e Transformação Econômica.

Você Sabe o Que são os Servidores da ERCE? Descubra Agora! onheça os Servidores da Estrutura de Cargos Específicos do Governo Federal

Olá, servidores e servidoras da ERCE! Você sabe o que é a ERCE e quem são os profissionais que a compõem? A ERCE é a Estrutura de Cargos Específicos do Governo Federal, definida pelo artigo 19 da Lei 12.277/2010. Composta por arquitetos, estatísticos, engenheiros, economistas e geólogos, esses cargos regulamentados são essenciais para o funcionamento eficiente do governo. 

Assista ao vídeo e descubra como o SINAEG trabalha para defender a estruturação e valorização desses profissionais!

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ECONOMIA É FÁCIL | Precisamos 'abortar' a extrema direita

Mais um edição do Economia É Fácil, o seu espaço de economia e conjuntura, com linguagem fácil e na perspectiva dos trabalhadores. Live semanal nas plataformas da Web Rádio Censura Livre.

Nas últimas semanas a extrema-direita no Brasil e no mundo foi a principal protagonista política. Aqui em uma ofensiva legislativa tenta passar no Congresso Nacional três projetos, acoando o governo Lula: uma PL que põe fim ao ab0rto legal, uma PEC que privatiza as praias e outra que tenta recriminalizar o usuário de drogas, apesar do STF em julgamento está considerando constitucional a posse da maconha. Na França, após vencer as legislativas ao Parlamento Europeu, o presidente Macron em uma manobra, dissolveu o parlamento, abrindo à vitória do partido de Marianne Le Pen a vencer o primeiro turno da eleição à Assembleia Nacional. O que há por trás dessas aparente crescimento dos movimentos ultraconservadores e reacionários? Há uma "onda"? Como a Esquerda deve lidar? A democracia está ameaçada? O que há em comum entre Macron e Lula?

🎤Convidado: Cyro Garcia, historiador e professor de Direito 

🎙Apresentação e produção: Almir Cezar Filho, economistassista: https://www.youtube.com/live/SWSw-ts_w7o?si=pcPiJdtQ3rs1_d7M