por Almir Cezar
Diferente do que afirma a grande mídia o valor da Petrobras na bolsa de valores caí não apenas por causa do escândalo de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, mas por conta da deflação mundial das commodities, como o petróleo. É o mesmo caso da Vale, de minérios e siderúrgicos, mas empresa privada. Sem o mesmo rebuliço da mídia, pois esta não se presta a atacar o governo Dilma.
Apesar da alta inflação interna, com o prosseguimento da crise econômica internacional, o cenário que se desenha lá fora para 2015 é claramente deflacionário e desinflacionário. A deflação de preços ao produtor na China segue há 3 anos - ainda com enorme capacidade ociosa. Japão e Europa também estão em território deflacionário. A previsão de boas safras nos EUA também coloca pressão baixista nos preços de grãos. Os preços de ferro e cobre seguem em queda com a perspectiva de mais desaceleração na China.
Valor de mercado da Petrobras acompanha o ciclo econômico mundial e a evolução da cotação do barril de petróleo. |
A grande mídia não diz, mas a queda internacional dos preços das commodities (no caso do preço do petróleo há um "derretimento") traz consequentemente um impacto no valor de mercado no conjunto de empresa que atuam nesse tipo de mercadoria.
Há exatamente dois anos, as ações preferenciais da Petrobras estavam cotadas na Bolsa de São Paulo a R$ 18, nesta quarta-feira, fecharam a R$ 10, ou seja, uma queda de pouco mais de 44%. Em fevereiro de 2013, as preferenciais da Vale fecharam a R$ 38,75; dois anos depois, terminaram cotadas a R$ 17,90.
Evolução do preço do petróleo cru, gás natural e gasolina em queda. |
Atualizada em 06/02
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