Infográfico: Correio Braziliense |
Natal deste ano promete ser de juros gordos e vendas magras. Um dia após o Banco Central elevar a taxa básica de juros Selic para 11,25% (o maior juro real em 15 anos), as taxas das operações de crédito já engrossam o aperto financeiro e deverão inibir ainda mais o consumo no fim do ano. O cheque especial agora cobra 183,28% anuais, o maior percentual desde 1999.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,25 ponto percentual tem como objetivo reduzir a oferta de dinheiro em circulação e tornar os empréstimos mais caros, de modo a frear o consumo das famílias e, assim, tentar conter a inflação. O resultado desse aperto será um fim de ano de vendas fracas no varejo.
Na melhor das hipóteses, teremos um Natal morno, com crescimento pequeno sobre 2013. O sufoco será maior para os consumidores, que, por não terem acesso a empréstimos baratos, como o consignado, acabam recorrendo às linhas emergenciais a taxas ainda mais altas.
Para piorar, Governo prepara pacote de corte de gastos de até R$ 50 bilhões. O novo ministro da Fazenda encontrará situação fiscal já decidida. Embora o Orçamento não esteja aprovado, o governo planeja anunciar os cortes imediatamente, em vez de esperar para contingenciar os valores depois da chancela do Congresso Nacional. Tampouco se pretende esperar pela indicação do novo ministro da Fazenda: ao chegar, ele encontrará a situação fiscal de 2015 já decidida.
Ao aumentar a taxa básica de juros (Selic) apenas três dias depois das eleições – em que a defesa da sua autonomia foi decisiva para o resultado do pleito – o Banco Central (BC) confirma, de forma didática, que um BC dissociado do sentimentos e da cobrança dos eleitores tem vantagens, sim. Mas todas elas favorecem apenas os rentistas, aqueles que vivem de aplicações em títulos do governo.
A inesperada alta de juros pelo Banco Central — anunciada quarta-feira, três dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff — levou ânimo ao mercado financeiro e foi aprovada por economistas como uma medida necessária para segurar a alta dos preços. Mas os analistas afirmam que só o aumento dos juros não será suficiente para levar a inflação ao centro da meta e cobram, agora, medidas fiscais do governo recém-eleito. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 6,75% nos últimos 12 meses, acima do limite superior da meta, de 6,5%.
Para piorar, Governo prepara pacote de corte de gastos de até R$ 50 bilhões. O novo ministro da Fazenda encontrará situação fiscal já decidida. Embora o Orçamento não esteja aprovado, o governo planeja anunciar os cortes imediatamente, em vez de esperar para contingenciar os valores depois da chancela do Congresso Nacional. Tampouco se pretende esperar pela indicação do novo ministro da Fazenda: ao chegar, ele encontrará a situação fiscal de 2015 já decidida.
Ao aumentar a taxa básica de juros (Selic) apenas três dias depois das eleições – em que a defesa da sua autonomia foi decisiva para o resultado do pleito – o Banco Central (BC) confirma, de forma didática, que um BC dissociado do sentimentos e da cobrança dos eleitores tem vantagens, sim. Mas todas elas favorecem apenas os rentistas, aqueles que vivem de aplicações em títulos do governo.
A inesperada alta de juros pelo Banco Central — anunciada quarta-feira, três dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff — levou ânimo ao mercado financeiro e foi aprovada por economistas como uma medida necessária para segurar a alta dos preços. Mas os analistas afirmam que só o aumento dos juros não será suficiente para levar a inflação ao centro da meta e cobram, agora, medidas fiscais do governo recém-eleito. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 6,75% nos últimos 12 meses, acima do limite superior da meta, de 6,5%.
Os eleitores brasileiros que elegeram Dilma Rousseff, principalmente, os que votaram nela mais para derrotar o candidato do tucano do que por adesão ao projeto petista, esperam que o aumento da Selic não seja o primeiro sinal de antiga antinomia: na campanha o discurso do candidato visa ao voto; no governo, as ações visam aos financiadores.
Podemos dizer, que tal prática atende pelo nome de estelionato eleitoral, sendo a principal razão para o crescente fosso existente entre população e políticos, do qual o total de 37 milhões de brasileiros que se abstiveram, votaram em branco ou anularam o voto é um claro sinal de advertência ao conjunto do mundo político.
DICAS
DICAS
- Pense muito bem antes de comprar a prazo ou tomar um empréstimo. Essa dívida realmente é importante? O bem que se está pensando em comprar é indispensável?
- Caso você possa adiar a comprar a prazo ou fazer o empréstimo, faça uma poupança e deposite, todos os meses, o valor que pagaria em prestação. Ao fim de um determinado período, terá o dinheiro para pagar à vista e, quem sabe, com desconto.
- Se a dívida for inevitável, nunca comprometa mais do que 30% de sua renda com as prestações. Esse de negócio de achar que tudo o que é parcelado é bom pode se tornar um problemão. Mensalidades demais são sinônimo de descontrole.
- Procure sempre recorrer a empréstimos mais baratos, como o consignado, cujas prestações são descontadas no contracheque. Negocie taxas, os bancos têm interesse me emprestar para bons pagadores.
- Cheque especial e rotativo do cartão de crédito só deve ser usado em caso de calamidade. Essas operações cobram juros absurdos. Entrar nesse tipo de linha de crédito é muito fácil, mas sair é quase impossível
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