Em 8 anos, multis aceleram envio de dólares para matrizes aproveitando real forte
A remessa de lucros e dividendos das empresas estrangeiras instaladas no país nos últimos oito anos chegou a US$ 171,3 bilhões. A informação é do estudo Remessas de lucros e dividendos: setores e a dinâmica econômica brasileira, do Dieese.
“Essa quantia representa expressivo peso nas contas externas do país, na medida em que, ao elevar o déficit da balança de transações correntes, faz aumentar a dependência do país de capitais estrangeiros, produtivos ou especulativos, necessários para fechar as contas externas”, destaca o Dieese..
O estudo observa que, depois de registrar superávit entre 2003-2007, nas transações correntes (comércio de serviços), com o estouro da crise global, o país voltou a amargar déficits. Uma das principais pressões sobre as contas externas, destaca o Dieese, veio das remessas de lucros das multinacionais para as matrizes.
Apenas em 2008, as remessas de lucros e dividendos responderam por 95% do déficit nas transações correntes do Brasil com o exterior.
A partir daí, houve desaceleração em relação à fatia das remessas no déficit das transações correntes, mas ela permanece em níveis consideráveis: 77%, em 2009; 51%; em 2010; 55%, em 2011; 40%, em 2012; e 30% em 2013.
Entre 2006 e 2013, os recursos transferidos para o exterior a título de remessa de lucros e dividendos mais do que dobraram, alcançando 107%: “Números tão elevados tornam obrigatório um estudo com mais profundidade sobre as razões pelas quais o país remete para o exterior tão expressivo volume de recursos”, destaca o Dieese.
E aponta algumas razões: necessidade de mais recursos das matrizes que enfrentam graves problemas econômicos, com sérias restrições de demanda interna; valorização cambial, que incentiva as remessas. Além disso, com algumas exceções, como 2011, o aumento do Produto Interno Bruto tem sido acompanhado pelo o aumento das remessas ao exterior.
A remessa de lucros e dividendos das empresas estrangeiras instaladas no país nos últimos oito anos chegou a US$ 171,3 bilhões. A informação é do estudo Remessas de lucros e dividendos: setores e a dinâmica econômica brasileira, do Dieese.
“Essa quantia representa expressivo peso nas contas externas do país, na medida em que, ao elevar o déficit da balança de transações correntes, faz aumentar a dependência do país de capitais estrangeiros, produtivos ou especulativos, necessários para fechar as contas externas”, destaca o Dieese..
O estudo observa que, depois de registrar superávit entre 2003-2007, nas transações correntes (comércio de serviços), com o estouro da crise global, o país voltou a amargar déficits. Uma das principais pressões sobre as contas externas, destaca o Dieese, veio das remessas de lucros das multinacionais para as matrizes.
Apenas em 2008, as remessas de lucros e dividendos responderam por 95% do déficit nas transações correntes do Brasil com o exterior.
A partir daí, houve desaceleração em relação à fatia das remessas no déficit das transações correntes, mas ela permanece em níveis consideráveis: 77%, em 2009; 51%; em 2010; 55%, em 2011; 40%, em 2012; e 30% em 2013.
Entre 2006 e 2013, os recursos transferidos para o exterior a título de remessa de lucros e dividendos mais do que dobraram, alcançando 107%: “Números tão elevados tornam obrigatório um estudo com mais profundidade sobre as razões pelas quais o país remete para o exterior tão expressivo volume de recursos”, destaca o Dieese.
E aponta algumas razões: necessidade de mais recursos das matrizes que enfrentam graves problemas econômicos, com sérias restrições de demanda interna; valorização cambial, que incentiva as remessas. Além disso, com algumas exceções, como 2011, o aumento do Produto Interno Bruto tem sido acompanhado pelo o aumento das remessas ao exterior.
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