por Almir Cezar
Com a identificação que, a baixa atividade econômica registrada em 2012, deveu-se a baixo nível de investimentos, apesar do forte incremento dos empréstimos liberados pelo BNDES, há economistas reconhecendo, que essa realidade se deve ao fato que o empresariado brasileiro não aceita taxas de retorno "modestas" .
Para tomar como parâmetro, que as taxas de retorno de investimento exigidas no Brasil são exageradas, as empresas nacionais estão acostumadas a uma taxa de retorno de 25% nas concessões rodoviárias, quando o resto do mundo se satisfaz com 8% - a título de comparação, há empresas chinesas interessadas no setor de rodovias brasileiras que anunciam buscar taxas de retorno a partir de meros 3,5%. E isso explica porque boa parte do dinheiro do BNDES foi para as carteiras de empresas estrangeiras, pois a taxa de retorno influência a decisão da liberação do crédito pelos técnicos do banco, apesar do lobby dos industriais nacionais.
A queda na produção da indústria, setor que é mais intensivo de capitais e de recursos de investimento, e com taxa de retornos menores e de mais longo prazo, explica em grande parte o baixo PIB de 2012. A maior parte dos 18 das 27 atividades industriais pesquisadas apontou queda na produção. E a queda na indústria com maioria desses requisitos e foi justamente naquela que produz bens de capital. Segundo, o IBGE (em relatório divulgado hoje (01/02), na comparação de dezembro de 2012 com igual mês do ano anterior, o setor industrial recuou 3,6% em um ano, com perfil disseminado de taxas negativas.
Os ramos industriais de maior queda foram de bem de capital, o ramo de veículos automotores, recuou 16,4%, e exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas vieram dos setores de máquinas e equipamentos (-10,8%), alimentos (-4,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-23,0%), metalurgia básica (-6,8%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-24,6%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-12,6%).
Os índices por categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, assinalaram taxas negativas em dezembro de 2012, com bens de capital (-14,7%) registrando ritmo de queda bem superior ao do total da indústria (-3,6%), vindo a seguir bens de consumo duráveis (-3,5%) e bens intermediários (-2,5%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) mostrou o recuo menos intenso nesse tipo de comparação. Embora, o setor produtor de bens de capital, tenha passado de -12,2% no terceiro trimestre de 2012 para -9,7% no quarto, permaneceu apontando a taxa negativa mais intensa, mas com diminuição na magnitude de queda entre os dois períodos.
A queda na produção da indústria, setor que é mais intensivo de capitais e de recursos de investimento, e com taxa de retornos menores e de mais longo prazo, explica em grande parte o baixo PIB de 2012. A maior parte dos 18 das 27 atividades industriais pesquisadas apontou queda na produção. E a queda na indústria com maioria desses requisitos e foi justamente naquela que produz bens de capital. Segundo, o IBGE (em relatório divulgado hoje (01/02), na comparação de dezembro de 2012 com igual mês do ano anterior, o setor industrial recuou 3,6% em um ano, com perfil disseminado de taxas negativas.
Os ramos industriais de maior queda foram de bem de capital, o ramo de veículos automotores, recuou 16,4%, e exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas vieram dos setores de máquinas e equipamentos (-10,8%), alimentos (-4,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-23,0%), metalurgia básica (-6,8%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-24,6%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-12,6%).
Os índices por categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, assinalaram taxas negativas em dezembro de 2012, com bens de capital (-14,7%) registrando ritmo de queda bem superior ao do total da indústria (-3,6%), vindo a seguir bens de consumo duráveis (-3,5%) e bens intermediários (-2,5%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) mostrou o recuo menos intenso nesse tipo de comparação. Embora, o setor produtor de bens de capital, tenha passado de -12,2% no terceiro trimestre de 2012 para -9,7% no quarto, permaneceu apontando a taxa negativa mais intensa, mas com diminuição na magnitude de queda entre os dois períodos.
Por sua vez, em modelo elaborado pelo departamento de pesquisas do Deutsche Bank, e divulgado então ainda em março do ano passado, o PIB potencial do Brasil para 2012 permitiria um crescimento de apenas 3,7%, embora o governo brasileiro tivesse anunciado 4% ao ano - fazendo o mesmo de novo agora para 2013. Apesar da melhora nos últimos oito anos, o crescimento do Brasil tem sido historicamente baixo nos últimos 20-25 anos, especialmente quando comparado a outros países emergentes. Esse banco avaliava que a baixa produtividade e problemas de investimentos são barreiras à expansão.
Em média, a taxa de investimento atingiu 17,3% do PIB nos últimos 10 ano, enquanto a China é mais de 1/3 do PIB.O Brasil investe cerca de 2% do PIB em infraestrutura, o que é apenas o bastante para compensar a depreciação e o crescimento populacional.O relatório do Deutsche Bank calculou que a produtividade da economia brasileira teve expansão de apenas 0,3% em 2011. Na média dos últimos anos, a produtividade, relacionada em si a aquisição e instalação de novas máquinas e plantas, está crescendo 1,2% ao ano, taxa que considera "relativamente fraca".
Em suma, o problema do crescimento do PIB do Brasil é que o empresariado nacional não aceita taxa de retorno de investimento razoáveis, mesmo em termos aos padrões capitalistas internacionais.O PIB brasileiro expande pouco devido a ganância do empresariado nacional. Enquanto esse perfil não sofrer uma intervenção brusca o país seguirá um padrão de crescimento chamado por muitos economistas de "voo de galinha", muito aquém de suas possibilidades e necessidades.
(Atualizado às 18h00)
(Atualizado às 18h00)
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