sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ativista hondurenho da comunidade LGTB é assassinado

O ativista político hondurenho Walter Orlando Tróchez, de 27 anos, foi assassinado no último dia 13, ao receber dois disparos no Centro de Tegucigalpa, capital de Honduras. A informação é do Centro de Investigação e Promoção dos Direitos Humanos (Ciprodeh). Tróchez atuava pelos direitos da comunidade gay, lésbica, transexual e bissexual, além de ser membro ativo da Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado.

A poucos dias, o ativista havia sido vítima de golpes brutais, tortura e tentativa de sequestro por supostos membros da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC). Eles o "interceptaram e subiram em um veículo tipo pick up, de cor cinza e sem placas, enquanto lhe golpeavam e interrogavam, solicitando informação sobre os líderes da resistência e seus movimentos", afirmou o Ciprodeh.

"Desafortunadamente, seu assassinato vem evidenciar a falta de proteção à integridade e à vida dos defensores de direitos humanos por parte das autoridades policiais e judiciais, que têm se comportado de forma negligente e a favor do regime repressivo", disse o Ciprodeh, em referência ao golpe de Estado que depôs e expulsou do país o presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho.

Segundo a entidade, até hoje Honduras já soma 41 mortes, vítimas da repressão e perseguição política do governo provisório de Roberto Micheletti. Entre esses, registram-se 16 assassinatos somente de membros e ativistas da comunidade LGTB.

Em comunicado enviado há um mês, a Associação LGTTB Arcoiris e o Coletivo TTT da Cidade de San Pedro Sula denunciaram o incremento dos crimes de ódio e homofobia contra a comunidade LGTTB desde o golpe de Estado.

"Desde o último dia 29 de junho […] se incrementaram os crimes de ódio e homofobia, [...] que põem mais uma vez em evidência os altos níveis de ódio, estigma e discriminação contra pessoas da diversidade sexual, o que chamamos de homofobia, lesbofobia, bifobia e, principalmente, transfobia", disseram.

Como promotores desses crimes, as entidades citaram a Cúpula Religiosa Hondurenha em cumplicidade com "grupos opressores" como as Forças Armadas, a Secretaria Nacional de Segurança, a empresa privada e os grupos Próvida e Opus Dei.

Adital

Fontes:

Andes/SN
www.conlutas.org.br

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