A sociedade brasileira ainda guarda uma herança da escravatura. Essa é a opinião do professor Muniz Sodré, da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, que participou na última quinta, dia 15, do seminário “O Papel da Mídia no Debate sobre Igualdade Racial” na Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
A palestra teve o propósito de debater o papel dos veículos de comunicação nas questões relativas a desigualdades raciais e a atuação da mídia numa sociedade democrática, seus limites e responsabilidades.
Discutiu-se o papel monoliticamente contrário da grande imprensa contra as cotas raciais, sem nenhum espaço para o contraditório e seus defensores. O uso da televisão por parte de certas igrejas para demonizar as religiões afro-brasileiras. E o espaço na teledramaturgia diminuto aos papéis de negros.
A sociedade brasileira é desigual e a mídia é o seu reflexo. Ao final do debate, foi opinião predominante entre os presentes que a mídia conseguirá atuar em favor de ações por igualdade racial quando houver a democratização dos meios de comunicação, hoje monopolizados por empresas favoráveis à permanência da desigualdade.
veja o artigo As cotas raciais segundo a mídia, por Thor Weglinski, comentando o debate.
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