Palavras que escorrem pelos dedos (II)
Minhas poesias são letras
Que escorrem pelos dedos
Fluem no papel como rios
É cantarolado pelo violeiro
Na beira dos mais lindos rios
E em todos os vilarejos
Ah, sonhos! É o destino
Poetar o meu povo
A linha história que fazem aos pouco
Cada canto, cada verso
É suor, inspiração, transpiração
Todo com paixão
Do cantar da lavadeira
Do ninar da doce mãe morena
Do rezar da pia romeira
Do atabaque e hinos do ano-novo
Do falar gostoso do meu povo!
Errar e acertar, melodia
Os contos de minha terra
Em versos mui prazerosos
Que até o repentista quer declamar de novo
Nas mais lindas rimas
A baunilha, nestas poesias filhas
Das lendas e fábulas que desde criança
Eu ouvia
Fazia-me ser mais uma castanha
Desta grande família
E conhecer as entranhas, com muita paixão
Palmear cada pedaço deste chão
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