sábado, 31 de maio de 2025
sexta-feira, 30 de maio de 2025
quinta-feira, 29 de maio de 2025
TEMPO, PLANEJAMENTO E TRANSFORMAÇÃO: A coerência motivacional retroativa como princípio para a teoria econômica, a política pública e o fomento ao desenvolvimento
Um ensaio heurístico-dialético aplicada à Economia
Nesse caso, os sujeitos sociais/agentes econômicos exigem mudanças, ou até reversão, na política econômica, mesmo que ainda esteja em curso ou até nem tenha completado/finalizado a sua atuação. Isto é, a ação entra em contradição retroativa: os meios deslegitimam o fim.
quarta-feira, 28 de maio de 2025
Uma teoria dialética da coerência temporal com implicações para a economia, a história, a luta social (…e a ficção científica)
PARADOXOS TEMPORAIS: Causalidade retroativa, plasticidade do tempo e preservação motivacional
Uma Teoria Dialética heurística da Coerência Temporal com usos para a Economia, História, Luta Social (…e Sci-Fi)
Por Almir Cezar Filho
Assista também: https://youtube.com/shorts/MVdN4IDnXzM
Vivemos um tempo em que a realidade parece escapar pelas frestas e o futuro se dissolve em incertezas. Talvez, diante disso, devêssemos pausar e encarar uma pergunta incômoda: o que realmente justifica uma ação política ou histórica? Basta vencer uma batalha? Impedir uma medida regressiva é suficiente? Ou é preciso mais: garantir que nossas vitórias preservem, no tempo, a razão pela qual lutamos?
Porém, a ficção científica nunca foi apenas escapismo. Ela funciona como um laboratório filosófico da razão humana, onde hipóteses radicais são testadas em cenários simbólicos. Em um mundo que parece girar mais rápido do que nossa capacidade de compreendê-lo, a sci-fi fornece não apenas metáforas potentes, mas estruturas lógicas alternativas para pensar tempo, causalidade, responsabilidade e agência. Ao encenar paradoxos temporais, a arte nos ensina a enfrentar as contradições do presente com rigor e, quem sabe, a encontrar saídas.
segunda-feira, 26 de maio de 2025
Paradoxo Temporal: Você já imaginou mudar o passado… sem destruir o sentido da sua própria ação? 🤯
Neste vídeo, apresentamos a Coerência Motivacional Retroativa, uma teoria dialética poderosa em heurística que conecta viagem no tempo, transformação social e estratégia política.
Partimos da ficção científica — de "O Exterminador do Futuro" a "Dark" — para propor uma reflexão profunda: não basta transformar, é preciso preservar o sentido da transformação!
👉 Descubra como a ação política pode ser coerente com seus próprios fundamentos, mesmo em tempos de crise e incerteza.
🔗Link: https://youtube.com/shorts/MVdN4IDnXzM
Debate sobre o ciclo capitalista de longo prazo entre Trotski vs. Kondratiev e a solução pelas categorias "regulação" e "direção"
📊 O debate entre Kondratiev e Trotski sobre a dinâmica de longo prazo do capitalismo marcou a teoria marxista. Neste vídeo, explicamos de forma rápida e clara por que a solução passa pela síntese entre dois conceitos: regulação pela lei do valor e direção política.
Assista - clique aqui: https://youtube.com/shorts/P23hn6w1Asg
sábado, 24 de maio de 2025
No Brasil, quem vive do trabalho paga imposto pesado, quem vive de renda... não paga nada!
💰 Desde 1995, lucros e dividendos distribuídos a acionistas são isentos, enquanto trabalhadores arcam com até 27,5% de IR. Neste vídeo, desmontamos os mitos sobre a chamada “bitributação” e mostramos por que tributar lucros e dividendos é o mínimo de justiça fiscal.
📊 Países como EUA e Alemanha tributam — e continuam atraindo investimentos!
💸 No Brasil, só os super-ricos ganham: os 0,1% mais ricos concentram 70% dos rendimentos isentos. A pergunta é: Lula e Haddad terão coragem de aprovar essa medida?
Assista aqui: https://youtube.com/shorts/zDE5tIf59CI
sexta-feira, 16 de maio de 2025
Crise, Ciclo e desenvolvimento no capitalismo: A solução do debate Kondratiev-Trótski a partir das idéias de regulação e direção
A solução do debate Kondratiev-Trótski a partir das idéias de regulação e direção1 2
Prólogo
A relação entre crise e ciclos econômicos e o desenvolvimento do capitalismo é uma tema palpitante, especialmente no período de uma crise. O artigo3 procura fazer um primeiro apanhado do meu entendimento sobre a questão, onde procuro desenvolver a solução do problema de maneira distinta do que a intelectualidade marxista sempre a vem tratando, em especial as naturezas objetiva versus subjetiva e o caráter econômico x não-econômico do ciclo e da dinâmica econômica.
Embora outros autores4 cheguem a conclusões aproximadas deste artigo, e tratem até com maior profundidade a questão da polêmica e a abordagem diferente sobre ciclo entre Trótski e Kondratiev, esses não tratam as implicações fundamentais dessa controvérsia e os seus três desdobramentos obrigatórios: (i) a relação entre o ciclo e a crise e as determinações dessa dinâmica alternante, (ii) a relação entre dinâmica de longo prazo e o desenvolvimento econômico e (iii) que os capitalismos nacionais são partes de um sistema capitalista, totalizante e mundial. Assim, também se condena qualquer compatibilidade entre a tese de “onda longa” com o entendimento trotskista de dinâmica de longo prazo do Capitalismo, inclusive uma eventual correspondência entre onda longa e ciclo longo.
Por fim, o presente artigo além do debate Trótski-Kondratiev, encontra ainda na própria literatura marxiana a solução do dilema teórico das ligações entre "ciclo e tendência, entre dinâmica e desenvolvimento econômico e entre esfera política e esfera econômica, que de fundo permeou o debate.
A solução é encontrada pelo método de recortar a realidade sistêmica do Capitalismo entre seus mecanismos de “regulação” e de “direção”, isto é, entre a determinação pela lei do valor e a “primazia” da política, como ficará mais claro ao final do artigo. Como consequência do artigo, esse instrumental permite ao estudioso marxista da conjuntura e/ou da trajetória de desenvolvimento superar o falso dilema “economicismo” versus “politicismo”.
(1) Apresentação
No início dos anos 1920 o economista russo Nicolai Kondratiev pioneiramente produziu um estudo sobre a regularidade do desenvolvimento da economia capitalista e definiu com base em análises estatísticas que a uma fase de expansão segue-se outra de contração. Frequentemente marxistas, e mesmo não-marxistas, costumam analisar a dinâmica de longo prazo do capitalismo a partir da teoria das “ondas longas” de Kondratiev.
Atualmente, vivemos o início de um revival do pensamento de Kondratiev, com a crise econômica mundial aparecida em 2007, finalizando um forte ciclo de prosperidade vivida pelo mundo desde o início da década de 2000. Com isso alguns intelectuais aparentemente passaram a ver nesse fato a manifestação ou prova viva da validade da dessa teoria.
quinta-feira, 15 de maio de 2025
Conjuntura: Lula se equilibra entre Trump, Xi e Putin. Haddad corre para agradar o mercado e STF julga os golpistas.
quinta-feira, 8 de maio de 2025
Agir no Tempo sem Trair a História - Uma Teoria Dialética da Coerência Temporal com uso para Economia, História, luta social (...e Scifi)
Causalidade retroativa, plasticidade do tempo e preservação motivacional (Ensaio)
Este ensaio parte de uma especulação provocadora — a hipótese da viagem no tempo — para propor uma teoria com implicações concretas para o pensamento político, histórico e ético: a da coerência motivacional retroativa. Inspirada em paradoxos clássicos da ficção científica, ela nos convida a refletir não apenas sobre os limites da causalidade, mas sobre o próprio sentido das transformações que buscamos. O tempo, aqui, não é apenas o pano de fundo onde agimos — ele é o espelho crítico que interroga se nossas ações ainda fazem sentido depois de terem sido realizadas.
O paradoxo temporal — a ideia de que uma viagem ao passado poderia alterar o futuro a ponto de impedir a própria viagem — tornou-se um dos temas mais recorrentes da ficção científica moderna. De O Exterminador do Futuro a Dark, de Looper a Interestelar, a obsessão narrativa por alterar o tempo, curvá-lo, refazê-lo ou corrigi-lo parece refletir uma ansiedade histórica profunda da nossa era. Em tempos de colapso ambiental, instabilidade democrática e avanços tecnológicos acelerados, a ideia de voltar atrás, desfazer erros, reconstruir bifurcações perdidas da história tornou-se um desejo coletivo mascarado de entretenimento.
Mas a ficção científica nunca foi apenas escapismo. Ela opera como laboratório filosófico e imaginativo da razão humana, onde hipóteses radicais são testadas em cenários simbólicos. Em um mundo que parece girar mais rápido do que a capacidade de compreendê-lo, a sci-fi oferece não apenas metáforas poderosas, mas estruturas lógicas alternativas para pensar tempo, causalidade, responsabilidade e agência. Ao encenar paradoxos temporais, a arte nos ensina a encarar as contradições do presente com rigor, e talvez até a encontrar saídas possíveis para elas.
Mais do que um gênero literário ou cinematográfico, a ficção científica opera como um dispositivo epistemológico e estratégico. Ela não apenas antecipa tecnologias, mas projeta sistemas sociais, modelos econômicos alternativos, cenários de escassez, colapso ou utopia — e, ao fazer isso, oferece ferramentas heurísticas para áreas como economia, sociologia, urbanismo, engenharia e até mesmo planejamento político. Modelos econômicos pós-trabalho, sociedades baseadas em inteligência artificial, crises de recursos, reorganização dos Estados — tudo isso já foi explorado na ficção décadas antes de se tornar pauta nos fóruns de política global.Nesse sentido, a ficção científica pode ser também um instrumento de luta para movimentos sociais. Ao imaginar futuros possíveis (e às vezes futuros a evitar), ela rompe com o fatalismo histórico e o estreitamento do imaginário imposto pelas ideologias dominantes. Permite que os movimentos populares pensem estratégias de longo prazo, reconstruam narrativas e visualizem o impacto sistêmico de suas ações — inclusive em termos temporais, como a coerência entre meios e fins, ou entre causas e efeitos. O tempo, nesse contexto, não é mais um fluxo linear a ser suportado, mas um campo simbólico e estratégico a ser disputado.
Falo também de um lugar pessoal. Desde a infância, fui marcado pelas sagas de Star Wars e Star Trek. Em suas galáxias distantes e futuros especulativos, não vi apenas naves e batalhas, mas projetos de sociedade. Star Trek me apresentou, ainda criança, a ideia de uma federação interplanetária onde o conhecimento e a cooperação superavam a escassez. Star Wars, por outro lado, me ensinou que impérios caem — mas só quando a resistência se organiza e ousa imaginar alternativas. Essas obras, embora muito diferentes entre si, foram decisivas para me despertar para os estudos da economia e moldar meu posicionamento político à esquerda: crítico às desigualdades, atento às estruturas de poder, e profundamente comprometido com a ideia de que outros futuros são possíveis — mas que é preciso agir com coerência entre o que se sonha e o que se constrói no tempo.
Proponho aqui uma provocação filosófica inspirada na ficção científica, mas com consequências bem reais. É uma hipótese que nasce de uma especulação: e se fosse possível voltar no tempo e mudar o passado, mas apenas se o novo futuro ainda justificasse a viagem no tempo que o provocou? Isso evitaria os famigerados paradoxos temporais e preservaria uma lógica: o tempo pode mudar, mas não pode perder o sentido que o impulsionou. Essa ideia — a coerência motivacional retroativa — não precisa ficar restrita ao reino dos paradoxos. Ela nos oferece uma lente original para pensar história, economia e conjuntura política.