segunda-feira, 13 de março de 2017

Marxismo e Pós-Modernidade. A 4ª Internacional é uma necessidade histórica dos tempos atuais

Não é preciso renegar a Quarta para revolucionar o Capitalismo em sua 4ª Etapa 

por Almir Cezar Filho

Para o Marxismo, o Capitalismo, além de antinatural e limitador do potencial humano, não morre por morte morrida, mas matada. Não há "colapso", muito menos pela superação passiva, ou pelo progresso natural ou pela reforma social.

Por sua vez, uma sociedade que supera positivamente o Capitalismo é socialista, embora as experiências de economias pós-capitalistas do século XX (URSS, Alemanha Oriental, Cuba, etc) não tenham se completando, e ao contrário se degeneraram no tempo, rumando à beira do colapso. E mais do que o encerramento da economia estatizada e planificada, no fundo uma reversão ao capitalismo. Não a provando que o inviabilidade do Socialismo, apenas de que não deveria ter seguido ou deixado de seguir certos aspectos.

Por outro lado, considero o Marxismo uma ferramenta da luta anticapitalista, socialista. Uma teoria social, um método analítico e um programa político. Não considero o Marxismo em si dogmático, embora haja vários marxistas e organizações políticas que o sejam. É possível um Marxismo aberto a crítica e a contribuições de outras teorias, sem necessariamente cair em um desvio eclético.

Quando o Marxismo foi sendo desenvolvido originariamente por Marx e Engels na metade do século XIX partindo da evidência que a apesar do Capitalismo revolucionar o mundo destruindo os regimes anteriores e a si mesmo permanentemente, e portanto as revoluções sociais são inevitáveis, e na direção e tendência potencial ao Socialismo (mesmo que não efetivamente), e levadas a cabo sob ação ou participação do proletariado, era preciso uma "ciência da revolução".

Essa ciência não se descolava das demais Ciências Sociais e mesmo das demais Ciências. A História, a Sociologia, a Economia, a Ciência Política, etc, estão a serviço de analisar holisticamente a sociedade a fim da transformação, liberando a sociedade e os indivíduos das amarras que tolhem seus potenciais. Obviamente, que esse tipo de visão em torno da ciência foi reputados pelos antissocialistas e antirrevolucionários em geral desde então.

Porém, a visão contra o marxismo nega as evidências de que mesmo na Economia e na Política de tradição do Liberalismo Clássico há uma profunda narrativa contra o Antigo Regime lançando mesmo a mão de discursos revolucionários, ao menos com teor similar ao jacobinismo.

O Marxismo como ciência, ou melhor, interpretação radical de crítica ao Capitalismo e ao Estado Burguês, evoluiu com o tempo, não muito diferentemente como ocorre com as Ciências acadêmicas aceitas. E como essas, também por tentativa e erro, foi desenvolvendo seu método, sua teoria e seu programa, não se limitando a notas de rodapé à obras de Marx e Engels.

Também, obviamente, foram surgindo vertentes, escolas, distensões dentro do Marxismo. Pois, a diversidade de leituras, revisões e atualizações não seriam inevitáveis especialmente em um ciência. A diversidade científica não é sinônimo de que estariam todos certos e verdadeiros a respeito de todo ou de temas. Portanto, uma escola pode estar mais de acordo em acerto uma da outra.

Em mais de um século e meio do Manifesto Comunista experiências se desenvolveram.

Por sua vez, uma sociedade que supera positivamente o Capitalismo é socialista, embora as experiências de economias pós-capitalistas do século XX (URSS, etc) não tenham se completando, e ao contrário se degeneraram no tempo, rumando à beira do colapso. E mais do que o encerramento da economia estatizada e planificada, no fundo uma reversão ao capitalismo. Não a provando que o inviabilidade do Socialismo, apenas de que não deveria ter seguido ou deixado de seguir certos aspectos.

Por outro lado, considero o Marxismo uma ferramenta da luta anticapitalista, socialista. Uma teoria social, um método analítico e um programa político. Não considero o Marxismo em si dogmático, embora haja vários marxistas e organizações políticas que o sejam. É possível um Marxismo aberto a crítica e a contribuições de outras teorias, sem necessariamente cair em um desvio eclético.

A 4ª Internacional é uma necessidade histórica dos tempos atuais. Não é preciso abandonar ou renegar a Quarta para revolucionar a 4ª Etapa do Capitalismo

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