domingo, 16 de novembro de 2008

Karl Marx: História e o Estado

por Almir Cezar Filho

Para o filósofo Karl Marx, a origem social (determinação social) não reside no indivíduo mas na História. E a História é a luta de classes.

Não se deve limitar às idéias dos indivíduos mas a análise das bases sociais dos indivíduos.

“Até então os filósofos analisaram o mundo cabe a nós transformá-lo” (K. Marx).
Hegel foi o primeiro filósofo a fazer uma apreensão histórica, mas limitado as idéias. Para Marx o homem tem o papel de transformação da realidade.

A História começa com a relação do homem com a natureza, relacionando para satisfação de necessidades – a pré-História.

A História com a intervenção na natureza pelo meio do trabalho.

Os animais progridem adaptando-se a natureza. O homem adapta a natureza as suas necessidades (transforma a natureza).

Não existe natureza pura, ela surge com a intervenção do homem.
O homem para interagir com a natureza cria (as forças produtivas) os meios (instrumentos) pelos quais interage para modificá-la.

Ao interagir com a natureza, saciando necessidade, uma vez satisfeita, o homem cria nova necessidade.

1º ato – satisfação necessidade – (cria) – forças produtivas

2º ato – satisfeito – (cria) – nova necessidade

3º ato – para interagir com a natureza – (cria) – relações dos homens entre si.
Para o homem dominar natureza o homem obrigado a relacionar-se, dividir o trabalho socialmente (entre si).

Da divisão social do trabalho gera a divisão social, conseqüência as classes e a distribuição diferenciada da produção, logo da propriedade (meio de produção).
Surge o Estado, garantia (institucionalização do poder econômico) da posse da propriedade.

As idéias dominantes são idéias das classes dominantes. A classe dominante controla os aparelhos ideológicos e institucionais de dominação.

Então a repressão estatal (violência e burocracia) aumenta na mesma medida que exploração aumenta.

A primeira forma que o Estado serviu a burguesia e centralizado foi com as monarquias absolutistas.

Marx descreve a Comuna de Paris como as atividades (funções) estatais descentralizadas, pois passam para a sociedade [civil]. É o auto-governo da sociedade civil, é o auto-governo da classe trabalhadora.

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