quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Crise global empurra bancos para mais concentração?

por Almir Cezar

Entre as matérias dos dias encontramos juntamente que a crise empurra os bancos para maior concentração.

Concentração é quando há menos empresas num setor da economia. Mas também significa que há mais negócios concentrados em um menor número de empresas. Empresas numericamente menores mas com um volume de capital muito maior.

Na atual crise econômica mundial, que começou com uma crise financeira mundial, que embora fosse deflagrada com um estouro de uma bolha imobiliária, hipotecária e no mercado de derivativos vinculado aos dois os bancos foram enormemente comprometidos com o estouro. É só ver o inúmero caso de falências e socorros a grandes e tradicionais bancos comerciais e de investimentos. Abriu-se a etapa de bancos em melhores condições comprassem bancos combalidos. A concentração bancária.
Isso é até estímulada pelos governos para evitar que eles fiquem com o ônus (o ônus que os atemoriza é o ônus político) de socorrer negócios privados, ou tentar dar uma aparecia de "saída de mercado" a quebra de um banco.

Contudo, a concentração não é uma situação que ocorre na crise. É apenas na crise que se precipita de maneira mais visível.

É no período de bonanza econômica que os bancos têm recursos para comprar outros bancos. Que as fusões se tornam vantajosas para ambas empresas, à medida que não se carrega junto passivos financeiros e contábeis difíceis de serem resolvidos.
É também durante a bonanza que as empresas vão se diferenciando, entre aquelas que estão bem e aquelas que vão ficando mal. É a diferenciação entre o resultado dos negócios que abre a possibilidade de absorção de empresa por outra. É que torna inclusive essa possibilidade possível.

Apenas na crise é o momento que a concentração se torna imperativa, pois é o momento que o se manifesta que há certos capitais excedentários (que sobram) ao patamar necessário máximo a geração de mais-valia. Os capitais débeis, que sobram, que serão destruidos para reduzir a superprodução, deverão ter sua destruição conduzida pelos capitais não-debéis. A empresa forte absorve a empresa fraca.

Em suma, não é a crise que gera a concentração. A concentração é parte da dinâmica regular do capitalismo. No momento que essa dinâmica se torna irregular, é apenas o momento que a concentração do capital se manifesta, se precipita, ao menos de maneira mais abrupta.

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