segunda-feira, 6 de abril de 2015

Inflação, PIB e emprego: Dados e previsão da economia pioram em março

Em meio e apesar de ajuste econômico, dados  e previsão para a economia brasileira para 2015 pioram em março. Analistas do mercado financeiro espera inflação de 8,2% e retração no PIB de 1,01% em 2015. Taxa de desemprego cresceu para 6,2% em março, o pior dado desde 2006.

Mercado espera inflação de 8,2% e retração no PIB de 1,01% em 2015

Investidores e analistas dos mercado financeiro já estimam para 2015 inflação de 8,2%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final.


A estimativa está no boletim Focus divulgado semanalmente pelo Banco Central. A projeção para o crescimento da economia também se mantém pessimista. A nova expectativa mostra retração de 1,01%. Esse resultado se dará, de acordo com a publicação, em razão da retração prevista de 2,64% na produção industrial.

A taxa de câmbio estimada para dezembro de 2015 ficará em R$ 3,25. A taxa básica da economia (Selic), prevista para o mesmo período, foi mantida em 13,25% ao ano. Os preços administrados, fixados ou controlados pelo governo, como a gasolina e eletricidade, terão um reajuste de 13% na perspectiva do mercado financeiro.

No setor externo, melhorou a estimativa para o déficit em conta-corrente: passou para US$ 77 bilhões, com a melhora na projeção do saldo na balança comercial, agora em US$ 4,02 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos esperados chegarão a US$ 56 bilhões.

Enquanto isso... Mercado de trabalho segue em tendência de piora em março

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas acompanhadas pela PME/IBGE ficará em 6,2% em março de 2015, segundo a antecipação da Catho-Fipe. Esse valor é 1,2 ponto percentual maior do que o registrado em março de 2014. Confirmando-se a projeção, esse será o maior aumento da taxa de desemprego com relação ao resultado do mesmo mês do ano anterior registrado desde meados de 2006. Até mesmo durante a crise de 2008-2009, a deterioração do mercado de trabalho no período de 1 ano não foi tão grande.

Outro indicador bastante relevante para o monitoramento do mercado de trabalho é o salário médio de admissão. Por indicar como está a evolução da remuneração dos trabalhadores que iniciam um novo vínculo, tem a qualidade de ser um termômetro mais ágil de variações dos salários do que a média de remuneração de toda a população ocupada. Em fevereiro, o salário de admissão médio apresentou queda de 2,1% descontada a inflação quando comparado ao resultado do mesmo mês do ano anterior. Trata-se de maior queda desse indicador em tal base de comparação na última década.

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