quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Maria da Conceição: Decisão do BC "era esperada"

Em meio à tormenta na economia mundial, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros (Selic) da economia em 13,75%. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira, 10.

Para a economista Maria da Conceição Tavares, a decisão não surpreende. Explica: "Todo mundo já esperava. O mercado, consultores, economistas como (Luiz Gonzaga) Belluzzo, Delfim Netto".

A postura do Banco Central é diversa daquela adotada pelos Estados Unidos e uma série de países na Europa e Ásia - que reduziram os juros, inclusive de forma coordenada, para combater os efeitos da crise financeira.

Questionada sobre os motivos da manutenção, pondera: "Deve ser por conta da balança de pagamentos, da inflação".

Em tempo: a taxa permanece em 13,75% desde setembro. A reunião de ontem foi a última do colegiado em 2008.




Comentário:

1) M.C. Tavares antes do governo Lula era bem mais crítica.

2) O BC brasileiro vai na contramão internacional, da série histórica recente registrada pelo IBGE e da tendência visível no Brasil por maioria absoluta dos economistas de deflação e desaceleração econômica.

3) O BC foi capturado pelo sistema bancário. Sua lógica é subordinada a da manutenção da rentabilidade dos bancos.

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