quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Mudanças Sociais Graduais e Aceleração das Revoluções: Evolução, Reformas e Crises Econômicas | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 20

Por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

No campo da análise econômica e social, compreender as dinâmicas entre mudanças graduais e revoluções é fundamental para entender como as sociedades se transformam. As mudanças sociais podem ocorrer de maneira gradual e acumulativa, enquanto as revoluções representam saltos abruptos que precipitam ajustes profundos e muitas vezes explosivos. Nesta seção, exploraremos as relações entre mudanças sociais graduais, reformas e revoluções, além de examinar como crises econômicas podem desencadear transformações significativas.

As mudanças sociais graduais são processos lentos e acumulativos que moldam as estruturas econômicas e sociais ao longo do tempo. Essas mudanças geralmente ocorrem de forma incremental e muitas vezes são menos visíveis até que alcancem um ponto crítico.

As mudanças graduais acumulam-se ao longo do tempo, com ajustes contínuos em resposta a novos desafios e oportunidades. Esses ajustes podem envolver reformas políticas, mudanças culturais e transformações econômicas.

Ao contrário das revoluções, as mudanças graduais tendem a causar menos disrupção imediata e permitem uma adaptação mais suave às novas condições. Elas podem ser o resultado de reformas incrementais ou da evolução de práticas sociais e econômicas.

Mudanças nas políticas sociais, como o aumento das proteções trabalhistas ou a expansão dos serviços públicos, muitas vezes ocorrem de forma gradual, refletindo mudanças nas demandas sociais e econômicas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Dimensão Ideológica e Moral no Sistema Econômico: Influência da Mentalidade e Determinações Não-Econômicas | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 19

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

No estudo do capitalismo e suas dinâmicas, é fundamental reconhecer que o sistema econômico não opera isoladamente das ideias, valores e normas sociais. A dimensão ideológica e moral, muitas vezes chamada de “mentalidade”, desempenha um papel crucial na formação e desenvolvimento das economias. Nesta seção, exploraremos como a mentalidade e as determinações não econômicas influenciam o sistema econômico, suas leis e sua dinâmica de longo prazo.

A mentalidade de uma sociedade, composta por seus valores morais, crenças e imaginário, influencia profundamente as estruturas econômicas e as decisões políticas. Essa dimensão é crucial para entender as determinações não econômicas que moldam o funcionamento do capitalismo.

Os valores morais e as crenças predominantes em uma sociedade moldam as atitudes em relação ao trabalho, ao consumo, à distribuição de riqueza e à justiça social. Esses valores podem influenciar políticas econômicas e sociais, impactando a forma como a economia é organizada e regulada.

O imaginário social inclui as ideias e narrativas culturais que moldam a percepção da realidade econômica e social. Essas ideias podem afetar a forma como as pessoas interpretam a desigualdade, a mobilidade social e o papel do Estado na economia.

As determinações não-econômicas são fatores que influenciam a dinâmica econômica, mas não são diretamente relacionadas à produção, distribuição ou consumo de bens e serviços. Incluem aspectos ideológicos, políticos e morais que afetam a estrutura econômica.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Mudanças Econômicas e Estruturais Pós-Revolução: Impactos dos Regimes Políticos do Século XX | A ECONOMIA & A REVOLUÇÃO Parte 18

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho

As revoluções proletárias do século XX geraram transformações profundas nas economias e estruturas políticas de diversas nações. Os regimes políticos que surgiram após essas revoluções tiveram um impacto significativo nas economias, moldando o desenvolvimento econômico e as relações sociais. Nesta seção, analisaremos as mudanças econômicas e estruturais operadas pelos três tipos principais de regimes políticos pós-revolucionários do século XX: o Estado de Bem-Estar Social, os Estados Nacionalistas/Desenvolvimentistas e os Estados Operários Burocratizados.

O Estado de Bem-Estar Social surgiu como uma resposta às crises econômicas e sociais do capitalismo, buscando mitigar as desigualdades e promover uma rede de proteção social.

Primeiramente, é preciso definir as características do Estado de Bem-Estar Social, moldados pela Proteção Social, como pela Intervenção Estatal.

 O Estado de Bem-Estar Social implementou sistemas de seguridade social para garantir proteção contra riscos econômicos, como desemprego, doença e velhice. Os sistemas de saúde, educação e seguridade social foram ampliados para oferecer uma rede de proteção aos cidadãos.

Este modelo promoveu uma maior intervenção do Estado na economia para regular o mercado e assegurar o bem-estar social. Políticas fiscais e monetárias foram usadas para controlar o ciclo econômico e reduzir as desigualdades.

Há toda uma série de impactos econômicos e estruturais, como uma espécie de legado.

A redistribuição de renda através de impostos e benefícios sociais ajudou a reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida das camadas mais pobres da população.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

O Capitalismo como Sistema Mundial: Determinação das Partes Nacionais e Regionais - A ECONOMIA E A REVOLUÇÃO Parte 17

por Almir Cezar de Carvalho Baptista Filho



O Capitalismo é um sistema econômico globalmente interconectado, onde as partes nacionais e regionais são moldadas pela dinâmica e estrutura do sistema mundial. A compreensão de como o capitalismo opera como um sistema mundial é essencial para analisar o desenvolvimento desigual, a dependência econômica e o papel das diferentes regiões e países. Nesta seção, exploraremos a natureza do capitalismo como um sistema mundial, suas implicações para o desenvolvimento regional e as questões de dependência e atraso econômico.

O Capitalismo não é uma série de economias nacionais isoladas, mas sim um sistema global interdependente onde as economias nacionais, e regionais (subnacionais), são integradas e influenciadas por dinâmicas globais. Deve-se assim sempre levar em consideração a estrutura e a dinâmica enquanto sistema mundial.

Primeiramente, o Capitalismo como sistema mundial, refere-se à interconexão e interdependência das economias globais. As economias nacionais estão inseridas em um sistema econômico global que define as condições para o desenvolvimento e as relações de poder.

Em segundo lugar, a globalização econômica e a integração dos mercados financeiros, comerciais e produtivos definem a estrutura do capitalismo mundial. As políticas econômicas e as práticas de mercado em uma região podem ter impactos significativos em outras partes do mundo.

Há ainda, uma disposição entre determinação das partes Nacionais e Regionais.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Popularidade de Lula, Inflação dos Alimentos e a Campanha Salarial: Como Isso Afeta Seu Bolso? | Economia É Fácil

📝 AO VIVO! Inflação dos alimentos e campanha salarial!

🔴https://www.youtube.com/live/cLclrV7cmS0?si=UxZwpGO327CEmmgE


O preço dos alimentos está pesando cada vez mais no bolso dos trabalhadores, enquanto os servidores da educação no Distrito Federal lutam por reajustes salariais. Afinal, o que está por trás da alta dos preços? Como isso afeta a classe trabalhadora? E quais os desafios da categoria da educação na campanha salarial?

👤 Convidado Especial: Paulo Reis , professor da rede pública do DF e ativista do movimento Reviravolta na Educação DF .

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Trump 2.0: Como já está sendo e o que mais virá?

 📢 O retorno de Donald Trump ao cenário político reacende debates sobre imperialismo, crise econômica e o fortalecimento da ultradireita global. Como será o Trump 2.0? Mais guerra? Mais desigualdade? Mais ataques aos trabalhadores? Governo dos bilionários? E para o Brasil?
Neste episódio do Economia É Fácil, vamos analisar os impactos da volta de Trump na geopolítica mundial, na economia dos EUA e nas relações com o Brasil. Quais serão as consequências para a América Latina? Como o mercado reage a essa nova fase do trumpismo?
👤 Convidado Especial: Cyro Garcia, historiador e professor de Direito, traz uma análise profunda sobre a política norte-americana e seus reflexos no mundo.
🎙Apresentação: Almir Cezar Filho, economista.
💡 Participe AO VIVO! 


🗓 06/02/2025 🕘21h
 📲 Comente, compartilhe e se inscreva no canal!
🔴 Assista agora: [https://www.youtube.com/watch?v=kOLvT4r1Vl0]
#Trump2025 #Imperialismo #CriseEconômica #Ultradireita #Geopolítica #EconomiaÉFácil

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A "Crise da Tesoura Invertida" no Brasil Contemporâneo: Aplicação da Teoria de Preobrazhenski à Inflação Alimentar, Estagnação Econômica e Desindustrialização

 por Almir Cezar Filho

Resumo

A teoria da "crise da tesoura", formulada por E. A. Preobrazhenski para explicar a divergência de preços entre produtos agrícolas e industriais na União Soviética da década de 1920, pode ser aplicada de forma invertida ao Brasil contemporâneo. No contexto brasileiro, observa-se uma dinâmica oposta: os preços agrícolas sobem mais rapidamente que os industriais, enquanto a indústria nacional se enfraquece e a dependência de importações aumenta. Este artigo explora como o fenômeno pode ser caracterizado como uma "crise da tesoura invertida", analisando suas causas estruturais e as possíveis implicações para a política econômica.

Introdução

No Brasil de 2024-2025, a economia enfrenta um cenário paradoxal. De um lado, há um aumento expressivo nos preços dos alimentos e produtos agrícolas, impulsionado por fatores externos e internos, como a demanda global, eventos climáticos e a especulação de mercado. De outro, a indústria nacional se encontra em estagnação, incapaz de competir com produtos importados e enfrentando dificuldades para expandir sua produção.

Essa situação é diametralmente oposta à "crise da tesoura" identificada pelo economista soviético E. Preobrazhenski na URSS, na qual os produtos industriais subiam mais rapidamente do que os agrícolas, prejudicando os camponeses. No Brasil atual, ocorre o inverso: a agricultura domina o crescimento econômico, enquanto a indústria perde relevância, resultando em um novo tipo de desajuste estrutural – a "crise da tesoura invertida".

O objetivo deste artigo é utilizar os conceitos da economia soviética dos anos 1920, em particular a análise de Preobrazhenski sobre acumulação socialista primitiva, fome de mercadorias e desproporções entre setores produtivos, para explicar a crise atual da economia brasileira.