sábado, 29 de novembro de 2008
O capitalismo tentou romper seus limites históricos e criou um novo 1929, ou pior
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
O mundo pós-crise
Coluna Econômica - 26/11/2008
Luis Nassif
Alguns pontos relevantes sobre os desdobramentos da crise mundial
O primeiro é a constatação da mudança radical sobre o papel dos Estados Unidos no novo mundo. Ao contrário da Inglaterra, a grande hegemonia americana foi conduzida por suas grandes corporações, especialmente em três setores, a mineração-siderurgia, a indústria automobilística e o setor financeiro.
Coube a elas espalhar o poderio americano pelo mundo, os hábitos empresariais, a influência política. A diplomacia americana quase que caminhava atrás, respaldando suas ações.
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Com o tempo, essa expansão levou à perda da identidade nacional, dos vínculos com o país. A expansão levou-as a privilegiar a produção de manufaturas na Àsia. Especialmente na China. Com o tempo, as linhas de produção foram transferidas para lá, reduzindo o potencial de emprego norte-americano.
Os ganhos eram na forma de dividendos recebidos e na expansão das instituições financeiras.
Nas décadas passadas, os EUA perderam a primazia da mineração e da siderurgia. Desde o começo da década, a primazia do setor automobilístico. Problemas trabalhistas em Detroit, erros de avaliação sobre os novos modelos (com alto consumo de combustível), fizeram com que gradativamente seu espaço no mercado passasse a ser ocupado primeiros pelos japoneses, depois pelos europeus, finalmente, pelos coreanos.
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A bolha da tecnologia segurou a expansão do setor de telecomunicações. Manteve-se o da indústria de softwares.
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Nos últimos seis meses, caíram os últimos símbolos do predomínio americano, os grandes bancos de investimento que, desde o início do século 20 representaram a ponta de lança do poderio americano.
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Não significa a decadência americana, mas o fim do predomínio absoluto. Obviamente há no país um estoque imenso de pesquisa, inovação, capacidade gerencial, ambiente favorável de negócios. Mas, agora, sob um mundo bem mais equilibrado.
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Ponto importante nesse jogo é o novo papel desempenhado pelos emergentes. Tanto as montadoras quanto os bancos têm garantido que poderão abrir mão de subsidiárias em vários países, menos em alguns emergentes – como o Brasil.
Não se sabe como o mercado interno norte-americano emergirá da crise atual. Barack Obama já deixou claro que implementará um programa similar ao New Deal, de Roosevelt. Ou seja, prioridade para as pessoas físicas, para a geração de empregos, para a solução da inadimplência dos mutuários.
É um desafio ciclópico, o de unificar a nação em torno de bandeiras de solidariedade, já que os beneficiários do modelo anterior ainda mantém a influência política – como acontece em todo final de ciclo.
Mesmo assim, levará muito tempo até que o mercado interno americano recupere o dinamismo das últimas décadas – já que o motor principal, o crédito, ficou profundamente avariado.
Significa que, quando a economia mundial começar a mostrar sinais, ainda que tênues, de recuperação, o investimento preferencial das multinacionais será em grandes emergentes, como o Brasil.
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O desafio é prender a respiração e chegar à outra margem do rio.
Teoria da Crise no Marxismo (11) - Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
- ALMEIDA NETO, Eduardo. Uma estratégia revolucionária para o Brasil. São Paulo: Editora Opinião, 1999.
- ANTUNES, Ricardo. "Os novos proletários do mundo na virada do século". In: Revista Marxismo Vivo. jun. /set, 2000. p. 95-104.
- ARCARY, Valério. O capitalismo pode conhecer uma “morte natural”? Anotações sobre um prognóstico marxista de crise final. Disponível em: http://www.pstu.org.br/juventude/mg/txt/capitalismo_pode_conhecer_uma morte_natural.html Acessado em:.19 out. 2004
- ________________. O critério para a classificação das revoluções do século XX: o debate Trotsky/Preobrajensky dos anos 20. Disponível em: <http://www.pstu.org.br/juventude/mg/txt/O_criterio_para_a_classificação_.htm> Acessado em: 15 jan. 2003.
Teoria da Crise no Marxismo (10) - Limite do capital, contradição e superação da crise
À medida que diminui o número dos magnatas capitalistas que usurpam e monopolizam todas as vantagens desse processo de transformação, aumentam a miséria, a opressão, a escravização, a degradação, a exploração; mas cresce também a revolta da classe trabalhadora, cada vez mais numerosa, disciplinada, unida e organizada pelo mecanismo do próprio processo capitalista de produção. O monopólio do capital passa a entravar o modo de produção que floresceu com ele e sob ele. A centralização dos meios de produção e a socialização do trabalho alcançam um ponto em que se tornam incompatíveis com o envoltório capitalista. (MARX. O Capital, L. 1, V.2, p. 881)
Desse modo, a luta pela abolição revolucionária da exploração do trabalho, da apropriação do trabalho pelo capital, hoje uma necessidade óbvia, não pode mais ser acusada de utópica, uma vez que o capitalismo mal sobrevive à lembrança espectral dos "tempos prósperos". No atual estado de coisas, toda reforma é simples maquiagem da crise do capital.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
O Pré-Sal
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural.
Localização da camada pré-sal (no destaque)
O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.
Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Informações importantes sobre a camada pré-sal
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.
Futuro
Se forem confirmadas as estimativas da quantidade de petróleo da camada pré-sal brasileira, o Brasil poderá se transformar, futuramente, num dos maiores produtores e exportadores de petróleo e derivados do mundo. Porém, os investimentos deverão ser altíssimos, pois, em função da profundidade das reservas, a tecnologia aplicada deverá ser de alto custo.Acredita-se que, somente por volta de 2016, estas reservas estejam sendo exploradas em larga escala. Enquanto isso, o governo brasileiro começa a discutir o modelo de exploração que será aplicado.
bibliografia
China: protesto violento por demissões em fábrica de brinquedos
PEQUIM - Centenas de trabalhadores enfrentaram a polícia em uma cidade do sul da China e saquearam a fábrica de brinquedos que acabara de anunciar a demissão dos funcionários. Os distúrbios aconteceram terça-feira na Kaida Toy Factory, uma fábrica de brinquedos de propriedade de uma empresa de Hong Kong, na cidade de Zhongtang, província de Guangdong, importante centro de produção de artigos para exportação.
- Quase 500 funcionários destruíram cinco veículos policiais, entraram na fábrica depois de enfrentar os guardas, quebraram vidros e destruíram equipamentos - afirma um comunicado do governo local.
Seis pessoas ficaram feridas e a polícia prendeu 19 manifestantes. De acordo com a polícia nem todos os manifestantes eram funcionários da Kaida Toy Factory, que tem 6.500 trabalhadores.
Os trabalhadores se revoltaram ao receber a notícia das demissões de 380 funcionários, com indenizações maiores para aqueles com mais de sete anos de contrato com a empresa.
Muitas fábricas fecharam as portas recentemente na província de Guangdong, em conseqüência da queda das exportações provocada pela crise econômica e financeira mundial.
Quase 7.000 trabalhadores protagonizaram mês passado incidentes similares depois do fechamento de uma das maiores fábricas de brinquedos da China, também pertencente a uma empresa de Hong Kong, na mesma província.
A China está começando a pegar fogo. Se o regime é fechadíssimo e a imprensa do Ocidente começa a registrar casos como esse é sinal que lá deve estar muito piorar.
A Crise acertou em cheio a China, extremamente dependente dos capitais e das exportações dos EUA, Europa e Japão. Lá com a liberalização como não existe regulação estatal e seguridade social os trabalhadores estão ficando com a crise sem "eira nem beira". E vão pra cima da empresa já que não tem nada a perder.
A Crise vai transformar muita coisa na China. Pro bem ou pro mal.
Que os ricos paguem pela Crise!
A única resposta certa é de quem a culpa: dos ricos. Que nos últimos anos se enriqueceram as nossas custas e agora querem que paguemos pelos custos da "festa".
Querem dinheiro público, querem redução de salários e direitos sociais, fecham fábricas e demitem.
Nossa resposta deve ser: - Que os ricos paguem pela crise!
No Brasil se mantendo a atual política, a crise vai pegar em cheio os trabalhadores. Precisamos, desde já, impor um programa para impedir que, mais uma vez, a grande maioria da população arque com os efeitos de uma crise econômica.
É necessário estatizar o sistema financeiro e colocá-lo a serviço da população. Ou seja, impedir a fuga de capitais especulativos e as remessas de lucros ao exterior, que representam um verdadeiro roubo das riquezas produzidas pelos trabalhadores no país. É preciso uma reforma agrária radical que entregue as terras aos camponeses e exproprie as grandes empresas do agronegócio.
Da mesma forma, é preciso parar já de pagar a dívida pública, investindo em saúde, educação etc. O não-pagamento dessa dívida pode financiar um plano de obras públicas que enfrente o déficit habitacional, com a construção de casas populares, e acabe com o desemprego.
Para combater a inflação, é necessário aumentar os salários, congelar os preços e impor um gatilho salarial, ou seja, o aumento automático dos salários de acordo com a inflação.
comunidade do orkut "Que os ricos paguem pela crise: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=77142213
Seminário debaterá o pré-sal no Clube de Engenharia, dia 27/11
A discussão sobre o pré-sal, sob a ótica daqueles que defendem o monopólio estatal do petróleo e a soberania nacional, estará presente no Seminário "O Pré-sal é do povo brasileiro", no próximo dia 27, quinta-feira, no Clube de Engenharia, na Avenida Rio Branco, 124, 25º andar.
Haverá três mesas de debates.
A primeira delas, de 16h às 16h30, com o geólogo João Victor Campos, com o tema "Pré-sal, a última fronteira".
A segunda, de 16h30 às 17h30m com os economistas Cesar Benjamin e Carlos Lessa, sobre "Pré-sal, desenvolvimento e soberania: metas". Em seguida, haverá debate.
A terceira mesa, de 18h30 ás 20h30, reunirá os palestrantes Ildo Sauer e Aloizio Mercadante e os debatedores Fernando Siqueira e João Morais. O tema será "Marco regulatório e monopólio".
Em seguida, o público poderá dirigir perguntas à mesa.
Participam do seminário entidades como o Sindicato dos Engenheiros, Aepet, Clube de Engenharia, Sindicatos de Petroleiros do RJ, Caxias e Norte-Fluminense, dentre outras.
www.apn.org.br
Teoria da Crise no Marxismo (9) - As causas e os efeitos da crise
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (8) - A teoria da crise, o dogmatismo e o revisionismo
domingo, 23 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (7) - A lei do valor e da mais-valia
A importância da lei do valor consiste, entre outras coisas, em que, ao determinar todos os fenômenos mais importantes do desenvolvimento do modo de produção capitalista - seus ascensos e suas crises, suas vitórias e seus reveses, suas virtudes e seus defeitos, todo o seu desenvolvimento contraditório -permite compreendê-los e explicá-los. A lei da mais-valia, ou da valorização do capital, tem caráter central na valiosa herança epistemológica do marxismo.
sábado, 22 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (6) - Crise crônica do sistema capitalista e as contra-tendências
Com a Crise a discussão de uma 'Nova Econômica'
Com a atual crise econômica no Capitalismo, a questão da viabilidade do Socialismo e voltou novamente à pauta dos debates acadêmicos. Mesmo no Marxismo são poucas obras que falam sobre a construção do Socialismo e sua transição. Vamos falar sobre o livro mais importante de Eugeni Preobrazhensky, "A Nova Econômica", obra de um economista que co-liderou a Revolução e a montagem do primeiro Estado socialista da História.
Escrito inicialmente em 1924, como uma conferência na Academia de Ciências da URSS, onde Eugeni Preobrazhensky apresentava à comunidade científica local a teoria-base do programa da Oposição de Esquerda trotskista no Partido Comunista. No texto o centro é a explanação e uma análise em termos de Economia Política sobre a economia de transição ao socialismo em uma sociedade subdesenvolvida, como era a sociedade soviética após a Revolução Russa de 1917. A chamada teoria da "acumulação socialista primitiva". O texto dessa conferência acabara virando em 1926 a base de um trabalho mais amplo que virá a ser o livro "A Nova Econômica", onde o texto original tornando-se o capítulo 2 do novo livro.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (5) - De novo a questão da reprodução nos esquemas de Marx
Palmares (poesia)
Palmares
“Sacerdotes lá na mata!”
Os tambores são tocados,
E sua história era contada
Que o barro que amassa
Formava a panela e a cabaça
E o milho e a mandioca que amassa
Criava o pão para alimentar toda a nação
Zumbi, sim!
Guerreiro dos guerreiros de Palmares
Estes heróis da igualdade
Cantados em terras e mares
Grito de liberdade ecoado pelo povão
Zumbi, sim!
O líder de Palmares
“Sacerdotes lá na mata!”
A “sá” vida foi cantada
Nos atabaques louvando os deuses
Espíritos da liberdade desde África
Representado “a vida” do nosso chão
Das palmeiras que protegiam
Tróia Negra que não tomba
Ah! Estes homens de Palmares
Ah! Estas mulheres de Palmares
Negros, crioulos,
Mulatos, brancos,
Mestiços, índios, caboclos
- Grito de liberdade ecoando em pleno ar!
Zumbi! Guerreiro da liberdade
Os homens que te prenderam
Nunca poderão te destruir
Pois viraste mártir
Tu que amaste e guerreaste
Pela liberdade e a humanidade
Pois a lei do branco vale nada
Nem sua justiça pode nada
Só seu ódio que consegue
“Os homens julgam nossas ações
Mas só Deus julga os corações”
Oiê! Ganga Zumba. Ogá Orulá
O Aquiles da raça!
Das Acrópoles da Barriga
Paliçada que protegiam
Vale fértil que circunda
Terras, matas, rios bons que alimentam
Fundição e fornos que utensílios e armas fecunda
Utopia realizada!
Escondida em plena mata!
Vários mocambos (polés) estendidos
Pela Serra da Barriga
Amaro, Arotine
Tabocas, Zumbi,
Dandraga, Andalaquituche,
Subira, Aqualtene
E sua grande capital Macacos.
Palmares sendo Quilombo constituído
E a União presidida
Pelo Conselho de chefes e anciãos reunido
Assembléia do povo a escolhia
E eles escolhiam o Ganga
O Augusto palmarino
Este acima dos homens abaixo dos deuses
O Zumbi foi um deles
Ah! Dandara, pérola negra!
Grande mulher! Grande guerreira!
Oxalá! Mãe Sabina! A Éneas palmarina.
Tu és nossa mãe, tu és nossa rainha!
“Sacerdotes lá na mata!”
Nos atabaques chamando sempre
O Axé para sua gente
Louvando o céu, as caças, as águas e as matas!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (4) - O problema da demanda efetiva a partir dos anos 1930
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (3) - A controvérsia sobre a harmonia do Capitalismo
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Teoria da Crise no Marxismo (2) - A crise e a queda da taxa de lucro
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Teoria da Crise: Trotsky e Ondas longas de Kondratiev
domingo, 16 de novembro de 2008
A Teoria da Crise no Marxismo (1) - A teoria quando Marx e Engels eram vivos
Parte I
A TEORIA QUANDO MARX E ENGELS ERAM VIVOS
A Teoria da Crise no Marxismo - uma análise ontológica como contribuição ao debate
O objetivo é conseguir observar no Marxismo, em base as elaborações apresentadas por Karl Marx e Fridriech Engels e O Capital, as causas da crise capitalista e suas formas de manifestação, procurando analisar as tendências recorrentes, cíclicas, crônicas e crescentes de crise do sistema capitalista. Identifica e entende o porquê do caráter progressivamente mais crítico que ganha essa sistema, à medida que avança no capitalismo a configuração monopolística. Assim, obtêm-se simultaneamente, as possibilidades analítica-explicativa em torno ao desequilíbrio inter-setorial e de crise de realização, como também, à manifestação da tendência de longo prazo à queda da taxa de lucro, como, por fim, identificar a causa primária da crise capitalista na contradição crescente no desenvolvimento do caráter social nas forças produtivas e da preservação das formas privadas nas relações de produção.
O plano das partes e os capítulos que lhes compõem são os seguintes:
Parte I - A CONTROVÉRSIA SOBRE AS CRISES
Capítulo 1 – A TEORIA QUANDO MARX E ENGELS ERAM VIVOS;
Capítulo 2 - A CRISE E A QUEDA DA TAXA DE LUCRO;
Capítulo 3 - A CONTROVÉRSIA SOBRE A HARMONIA DO CAPITALISMO;
Capítulo 4 - O PROBLEMA DA DEMANDA EFETIVA A PARTIR DOS ANOS 1930Parte II - O ESTATUTO ONTOLÓGICO DAS CRISES EM MARX E ENGELS
Capítulo 5 - DE NOVO A QUESTÃO DA REPRODUÇÃO NOS ESQUEMAS DE MARX
Capítulo 6 - CRISE CRÔNICA DO SISTEMA CAPITALISTA E AS CONTRA-TENDÊNCIAS
Capítulo 7 - A LEI DO VALOR E DA MAIS-VALIAParte III – LIMITE DO CAPITAL E SUPERAÇÃO DA CRISE
Capítulo 8 - A TEORIA DA CRISE, O DOGMATISMO E O REVISIONISMO
Capítulo 9 - AS CAUSAS E OS EFEITOS DA CRISE
Capítulo 10 - LIMITE DO CAPITAL, CONTRADIÇÃO E SUPERAÇÃO DA CRISEBIBLIOGRAFIA
Karl Marx: História e o Estado
Para o filósofo Karl Marx, a origem social (determinação social) não reside no indivíduo mas na História. E a História é a luta de classes.
Não se deve limitar às idéias dos indivíduos mas a análise das bases sociais dos indivíduos.
“Até então os filósofos analisaram o mundo cabe a nós transformá-lo” (K. Marx).
Hegel foi o primeiro filósofo a fazer uma apreensão histórica, mas limitado as idéias. Para Marx o homem tem o papel de transformação da realidade.
A História começa com a relação do homem com a natureza, relacionando para satisfação de necessidades – a pré-História.
A História com a intervenção na natureza pelo meio do trabalho.
Os animais progridem adaptando-se a natureza. O homem adapta a natureza as suas necessidades (transforma a natureza).
Não existe natureza pura, ela surge com a intervenção do homem.
O homem para interagir com a natureza cria (as forças produtivas) os meios (instrumentos) pelos quais interage para modificá-la.
Ao interagir com a natureza, saciando necessidade, uma vez satisfeita, o homem cria nova necessidade.
1º ato – satisfação necessidade – (cria) – forças produtivas
2º ato – satisfeito – (cria) – nova necessidade
3º ato – para interagir com a natureza – (cria) – relações dos homens entre si.
Para o homem dominar natureza o homem obrigado a relacionar-se, dividir o trabalho socialmente (entre si).
Da divisão social do trabalho gera a divisão social, conseqüência as classes e a distribuição diferenciada da produção, logo da propriedade (meio de produção).
Surge o Estado, garantia (institucionalização do poder econômico) da posse da propriedade.
As idéias dominantes são idéias das classes dominantes. A classe dominante controla os aparelhos ideológicos e institucionais de dominação.
Então a repressão estatal (violência e burocracia) aumenta na mesma medida que exploração aumenta.
A primeira forma que o Estado serviu a burguesia e centralizado foi com as monarquias absolutistas.
Marx descreve a Comuna de Paris como as atividades (funções) estatais descentralizadas, pois passam para a sociedade [civil]. É o auto-governo da sociedade civil, é o auto-governo da classe trabalhadora.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Entenda o que é o compulsório bancário
As notícias estão cada vez piores na economia mundial
> Situação pré-falimentar em grande empresas estadunidenses como a GM;
> Fechamento de fábricas nos EUA e Europa
> Problemas na Balança Comercial do Japão
> A equipe econômica dos EUA resolveu mudar a destinação e a aplicação dos recursos aprovados do pacote de socorro aos sistema financeiro.
O mercado financeiro reage e as principais bolsas acumulam prejuízo, perdendo o que haviam recuperado na semana anterior com o cenário da provável vitória de Obama nos EUA e as reuniões dos líderes mundiais.
O pior é que a "esperança Obama" só irá assumir o governo daqui a 2 meses. Enquanto isso, os capitalistas terão que aguentar o desacreditado e desmoralizado W. Bush.
A desaceleração econômica mostra-se já de fato uma recessão nas economias centrais do capitalismo.
Da série "Minhas Poesias: Palavras que escorrem pelos dedos"
Minhas poesias são letras
Que escorrem pelos dedos
Fluem no papel como rios
É cantarolado pelo violeiro
Na beira dos mais lindos rios
E em todos os vilarejos
Ah, sonhos! É o destino
Poetar o meu povo
A linha história que fazem aos pouco
Cada canto, cada verso
É suor, inspiração, transpiração
Todo com paixão
Do cantar da lavadeira
Do ninar da doce mãe morena
Do rezar da pia romeira
Do atabaque e hinos do ano-novo
Do falar gostoso do meu povo!
Errar e acertar, melodia
Os contos de minha terra
Em versos mui prazerosos
Que até o repentista quer declamar de novo
Nas mais lindas rimas
A baunilha, nestas poesias filhas
Das lendas e fábulas que desde criança
Eu ouvia
Fazia-me ser mais uma castanha
Desta grande família
E conhecer as entranhas, com muita paixão
Palmear cada pedaço deste chão
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Governo gasta em juros mais de 8x o que aplica em educação
http://economia.uol.com.br/ultnot/2008/11/12/ult4294u1878.jhtm
Os gastos do governo com pagamento de juros do endividamento público, entre 2000 e 2007, somaram R$ 1,268 trilhão, o que representa 8,5 vezes o dinheiro investido em educação no mesmo período, que foi de R$ 149,9 bilhões (veja gráfico no fim do texto).A informação consta de estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Impostos sobem 7 vezes mais que salários, diz Ipea. O gasto com juros também supera de longe o que foi empregado em saúde: R$ 310,9 bilhões.Segundo nota distribuída pelo Ipea, além de o gasto com juros ser "improdutivo, pois não gera emprego e tampouco contribui para ampliar o rendimento dos trabalhadores", também colabora para a concentração de renda.Para o mesmo período, segundo o Ipea, a somatória dos gastos da União com saúde, educação e investimento correspondeu a somente 43,8% do total das despesas com juros.
Cinedebate mês da consciência negra
CONLUTAS RJ convida:
CINE DEBATE 14/11
SEXTA*SEXTA*SEXTA
1 - Alma no Olho
2 - Aniceto do Império - em dia de Alforria
3 - Pequena África
4 - Samba no Trem
5 - Praça Tiradentes
Exibição de curtas do diretor do Cinema Negro: Zózimo Bulbul
Rua Teotônio Regadas, 26-602/Lapa-Centro
Telefone/fax: (21) 2509-1856
e-m@il: conlutas-rj@conlutas.org.br
A PARTIR DAS 18:30 HORAS
GT Negros & Negras da CONLUTAS-RJ
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Palavras que escorrem pelos dedos (1)
Sei que não sou um Bandeira, um Drummond ou um Bilac, mas não só de pão vive o homem. E não dá pra apresentar apenas textos de Economia e política.
Então apresento a vocês para sua apreciação.
Palavras que escorrem pelos dedos
Minhas poesias são letras
Que escorrem pelos dedos
Fluem no papel como rios
É cantarolado pelo violeiro
Na beira dos mais lindos rios
E em todos os vilarejos
Este caderno torna-se mar
De verso multicolorido
São palavras à minha gente
Sons, canções, pra deixá-los contentes
Ah! Leitor. Ah! Ouvintes. Sois jangadas
No oceano d’alma poética deste repente
O azul das águas vem do céu: minha fantasia
E as nuvens do céu? São um toque de magia
Minhas Poesias - Palavras que escorrem pelos dedos
Apresento as que sobraram. Não necessariamente foram as melhores mas as que a sorte trouxe ao hoje.
domingo, 9 de novembro de 2008
O neoliberalismo por aqui ainda não acabou!
Almir Cezar
Enquanto no resto do mundo, especialmente na Europa e EUA, onde a crise está mais brava, os economistas e políticos, e mesmo os banqueiros e empresários, já desistiram de pedir medidas e políticas econômicas neoliberais, como aumento das taxas de juros e redução dos gastos públicos, é justamente isso que no Brasil a mídia e imprensa vendida e os "especialistas" defendem que se adote.
O contra-senso é que até o BIRD está defendo aumento do gasto público para 2009 a fim de evitar ou combater a desaceleração econômica em cada país.
Isso apenas prova que os setores ligados aos sistema financeiro por aqui ainda está inteiros, e somente recuam quando estão na lona.
Prova que o Governo Lula ainda está capturado por essa fração da burguesia ou ainda é acossada por ela.Prova também como a imprensa e mídia brasileira também é aliada ou vendida a esses interesses.
Aqui se discute que é "realista" reduzir o orçamento do ano que vem. Que é "realista" o BC manter ou mesmo aumentar a taxa de juros para combater a inflação.
Inflação! Essa imprensa é muito contraditória, a algumas semanas criticava Governo pois este não estaria dimensionando o tamanho e gravidade da crise. Contudo, defende que o Governo se preocupe com inflação. Isso é a última coisa. O importante é o emprego dos trabalhadores.
A burguesia industrial, que ainda não foi plenamente afetada por aqui ou é muito dependente dos bancos fica quieta. Mas no pouco que sofre, já vêm transferindo a crise para os trabalhadores via demissão ou férias coletivas.
A culpa da crise no Brasil em parte é do BC
Uma parte considerável das perdas das empresas brasileiras com a crise não vieram em si da redução das vendas ou com redução de crédito, mas sim devido à política monetária do Banco Central.
O BC é culpado pelas perdas das empresas com derivativos cambiais pois os exportadores usaram o mecanismo como forma de compensar a taxa de câmbio lhes desfavorável. A valorização do real frente ao dólar foi causado pela maior taxa de juros do mundo que fez por sua vez o fluxo de entrada fosse enorme.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Obama mostrando pra que veio: não é a mudança
O presidente eleito dos EUA, Obama, que foi eleição sob o signo da mudança, já mostrou que não será o instrumento para isso:
nomeou para chefiar a equipe de transição e como futuro chefe da Casa Civil, o deputado Rahm Emanuel, ex-membro da equipe do Governo Clinton e ligado ao mercado financeiro.
A História pulsa!
Mensagem que recebi do meu amigo, Henrique Barros, pesquisador do CEPES (Centro de Estudos, Pesquisas e Planejamento Econômico-Social) da Universidade Federal de Uberlândia, comentando o momento histórico que vivemos nas últimas semanas.
Queria acrescentar a comovente mensagem que talvez estejamos vivendo aqueles momentos que o historiador Valério Arcary se referiu como "esquinas perigosas da História", quando num determinado momento, sob certas circunstâncias, a dinâmica social se acelera e várias grandes transformações se precipitam simultaneamente.
Alguns acontecimentos recentes têm me dado uma sensação que pode parecer, mas não o é, paradoxal.
Há alguns dias atrás liguei a TV para acompanhar a quebra do Lehman Brothers.
Hoje, 05/11/2008, amanheci ao som do noticiário sobre a vitória de Obama.
Nos dois momentos fui tomado por uma sensação de distanciamento, de estar noutro plano vendo a linha da história oscilar.
Ao mesmo tempo me senti arraigado no presente, vendo tudo acontecer tão próximo, tão sólido, tão compreensível e explicável.
O aparente paradoxo nada mais é do que um amante da História observando o momento em que esta é escrita.
Talvez o futuro nos conte que o presente não era tão diferente do passado.
Que não se vive um momento de inflexão.
Mas esses dias serão lembrados, serão citados, na pior das hipóteses como a marca da possibilidade, como um ponto de partida para exercícios do que poderia ter sido.
A História tem nomes, rostos, cores, sentimentos, tem o anonimato de forças silenciosas.
Mas em dias como esses, em dias como hoje, 05/11/2008, a História pulsa.
Henrique Barros.
Karl Marx: a História e o Estado
A origem social (determinação social) não reside no indivíduo mas na História. E a História é a luta de classes.
Não se deve limitar às idéias dos indivíduos mas a análise das bases sociais dos indivíduos.
“Até então os filósofos analisaram o mundo cabe a nós transformá-lo” (K. Marx).
Hegel foi o primeiro filósofo a fazer uma apreensão histórica, mas limitado as idéias. Para Marx o homem tem o papel de transformação da realidade.
A História começa com a relação do homem com a natureza, relacionando para satisfação de necessidades – a pré-História.
A História com a intervenção na natureza pelo meio do trabalho.
Os animais progridem adaptando-se a natureza. O homem adapta a natureza as suas necessidades (transforma a natureza).
Não existe natureza pura, ela surge com a intervenção do homem.
O homem para interagir com a natureza cria (as forças produtivas) os meios (instrumentos) pelos quais interage para modificá-la.
Ao interagir com a natureza, saciando necessidade, uma vez satisfeita, o homem cria nova necessidade.
1º ato – satisfação necessidade – (cria) – forças produtivas
2º ato – satisfeito – (cria) – nova necessidade
3º ato – para interagir com a natureza – (cria) – relações dos homens entre si.
Para o homem dominar natureza o homem obrigado a relacionar-se, dividir o trabalho socialmente (entre si).
Da divisão social do trabalho gera a divisão social, conseqüência as classes e a distribuição diferenciada da produção, logo da propriedade (meio de produção).
Surge o Estado, garantia (institucionalização do poder econômico) da posse da propriedade.
As idéias dominantes são idéias das classes dominantes. A classe dominante controla os aparelhos ideológicos e institucionais de dominação.
Então a repressão estatal (violência e burocracia) aumenta na mesma medida que exploração aumenta.
A primeira forma que o Estado tomou para servir a burguesia e sob forma centralizada foi sob as monarquias absolutistas.
Marx descreve a Comuna de Paris como as atividades (funções) estatais descentralizadas, pois passam para a sociedade [civil]. É o auto-governo da sociedade civil, é o auto-governo da classe trabalhadora.
As novas regras da nossa língua (Acordo Ortográfico)
Hífen
Não se usará mais o hífen quando:
1- O segundo elemento começar por “s” ou “r” e estas duas consoantes forem duplicadas.
Exemplo: anti-religioso – antirreligioso; anti-semita – antissemita.
Exceção será mantido o hífen quando os prefixos terminam com “r”: hiper-requintado; super-revista.
2- O prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com uma vogal diferente.
Exemplo: extraescolar, autoestrada, aeroespacial.
Trema
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
Acento diferencial
Não se usará mais para diferenciar:
- pára (verbo parar) de para (preposição);
- péla (verbo pelar) de pela (preposição);
- pólo (substantivo) de pólo (preposição antiga);
- pélo (verbo pelar) de pêlo (substantivo) e de pelo (preposição);
- pêra (substantivo arcaico = pedra) e pêra (preposição arcaica).
Acento circunflexo
Não se usará mais:
1- Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos: crer, dar, ler, ver e seus derivados. A grafia correta será: creem, deem, leem e veem.
2- Em palavras terminadas no hiato “oo”, como enjôo ou vôo, que se tornam enjoo e voo.
Acento agudo
Não se usará mais:
1- Nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como assembléia, idéia, heróica e jibóia.
2- Nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplo: feiúra e baiúca passam a ser grafadas sem o acento.
3- Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas formas de verbos como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg (ü/u) ir) passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.
Alfabeto
Passará a ter 26 letras, ao incorporar k, w, y.
(fonte: Revista Nova Escola)
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Com Obama não muda nada nos EUA
O clima de euforia no mercado financeiro hoje é o sinal que a provável eleição para presidente dos EUA do senador Barack Obama é prova que esse não representa mudança nenhuma na política.
A vitória de Obama sobre McCain é apenas uma rearranjo na composição de frações da burguesia estadunindese que comandam o Estado Nacional.
A vitória de Obama e a esperança que na massas criou com sua candidatura será usada como meio de impedir o descontentamente dessas mesmas massas e que essas busquem criar as mudanças de verdade na marra.
Obama é um advogado que fez carreira política no movimento comunitário. Sua eleição cumprirá o papel que Lula cumpriu no Brasil em 2002.
Só que Obama é muito mais palatável a elite. Obama é professor da Universidade de Chicago, essa mesma universidade de Milton Friedmann e seus "chicago boys", os economistas monetaristas, apostólos do neoliberais pelo mundo, agentes da contra-revolução que atacou as vitórias históricas dos trabalhadores.
A saída que Obama aplicará não tem nada de socialismo, como foi atacado pelos republicanos e os neocon. "Socialismo das perdas" foi o que o que George W. Bush fez quando estatizou os bancos quebrados, enquanto durante 8 anos deixou fazerem farra.
Obama atacará ainda mais os direitos trabalhistas com o repaldo desses mesmo trabalhadores, enebriados pelo fato de ser o "primeiro presidente negro".
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Os bancários pagarão pela fusão Itaú-Unibanco
O quase certo é que os funcionários serão os que mais sofreram, com mais uma rodada de demissão dos bancários.
Fusão do Unibanco e Itaú. Porque os bancos não queriam o socorro do BC
Hoje chegou a notícias de mais uma megafusão bancária no Brasil, a fusão entre o Itaú e o Unibanco, criando a maior instituição financeira brasileira.
Queria relembrar o texto postado no último dia 22 de outubro "Crise global empurra bancos para mais concentração".
Corre rumores que o Unibanco, que já andava sendo negociado por vários bancos, ficou em situação delicada recentemente depois da crise dos derivativos que se abateu no mercado financeiro brasileiro com o estouro da bolha financeira estadunidense e a desvalorização cambial.
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Essa fusão é uma prova do porque a grande burguesia bancária brasileira não gostou da medida preventiva do Governo de comprar ações dos bancos em dificuldade. Ela esperava com a crise ir às compras (ir ao "saque do botim") dos bancos quebrados que iriam aparecer e com a medida de socorro acabaria ficando impedidos disso.
Como sempre a burguesia só fica contra uma medida (que a príncipio os beneficiam), usando os políticos da oposição de direita (tucanos e demos) como seus pitbulls, não porque defendem o a transparência do uso de recursos públicos. Quando usam os argumentos de livre-mercado na verdade é que querem aproveitar para lucrar.