Reino Unido demitirá 490 mil para pagar dívida de salvamentos dos bancos 
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Extermínio  em massa
Reino Unido  ameaça demitir 490 mil para pagar dívida para salvar bancos 
Monitor Mercantil, quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O ministro  das Finanças do Reino Unido, George Osborne, anunciou que o governo  conservador do país pretende demitir até 490 mil servidores nos próximos  quatro anos. 
Osborne  alegou que essa política de extermínio social seria necessária para  reduzir o déficit público e retirar a economia da estagnação. O plano,  apresentado por ele ao Parlamento, é o maior programa de cortes  orçamentários do Reino Unido das últimas décadas. 
Ele disse,  ainda, que as demissões em massa ajudariam a reduzir, até 2015, a dívida  que o país assumiu para salvar grandes bancos, ao ritmo de 43 bilhões  de libras (49 bilhões de euros) ao ano. 
O governo  britânico prevê, despesas de 651 bilhões de libras (US$ 742 bilhões de  euros) para 2011; 665 bilhões de libras (758 bilhões de euros) para  2012; 679 bilhões de libras (774 bilhões de euros) para 2013; e, 693  bilhões de libras (790 bilhões de euros) para o período 2014-2015. 
"Hoje é o dia  em que o Reino Unido sai do abismo, quando enfrentamos as contas de uma  década de dívida", alegou o ministro. 
Para o  economista Adriano Benayon, da Universidade de Brasília (UnB), porém, o  governo está comprometendo as receitas futuras: "Com a depressão da  economia real e o desemprego em alta, as perspectivas não são nada  favoráveis para as empresas cobrirem os juros e reduzirem  significativamente suas dívidas."  
Citando dados  da economia dos EUA, o economista afirma que a situação agora está pior  do que antes de 2007, quando começou a fase mais aguda da crise. 
"Na Grande  Depressão, os créditos totais atingiram, nos EUA, em 1935, o recorde de  260% do PIB. Agora estão em 360% do PIB, que, em grande parte,  corresponde a rendas financeiras. As grandes empresas norte-americanas  elevaram seus débitos em US$ 482 bilhões desde 2007", contabiliza.
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