Seis em cada 10 famílias brasileiras contavam com até um  salário mínimo per capita no ano passado. A informação consta da  pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais divulgada hoje pelo Instituto  Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
De acordo com os dados, 60,1% da  população ganhavam até um salário mínimo em 2009, sendo que mais da  metade das famílias (35,3%) viviam com até meio salário mínimo (R$ 232)  por pessoa. Quase metade das famílias do Nordeste (46,9%) recebiam esse  valor. 
No Sudeste, estavam as famílias mais  ricas, embora 58,8% recebessem até um salário mínimo. Na região, 7,7%  tinham rendimentos entre dois e três salários e 6,3% ganhavam mais do  que cinco. 
Com relação à desigualdade de renda, a  pesquisa mostra diminuição nos últimos dez anos (1999 e 2009). No  período, a razão entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres caiu de  24,3 para 17,8, representando uma queda de seis pontos percentuais. 
Entre os mais pobres, chama a atenção  o impacto de programas de transferência, como o Bolsa Família, que  aumentou a participação na renda. Depois dos recursos obtidos com o  trabalho, o item "outras fontes" é o que mais ajuda na composição da  renda familiar. 
No caso de famílias que viviam com R$  116 (um quarto do salário mínimo da época) por pessoa, no ano passado,  os rendimento dos programas de transferência correspondiam a 28% do  total da renda, um aumento de sete vezes em relação a 1999 (4,4%). 
Para o total das famílias  brasileiras, o item "outras fontes" representava 5% do total do  rendimento, e os recursos provenientes do trabalho respondiam por 76,2%.  Aposentadorias e pensões completavam com 18,8%. 
Os pesquisadores do IBGE também  fizeram avaliações subjetivas e perguntaram qual a percepção das  famílias sobre a própria renda. A constatação foi que 75% têm alguma  dificuldade para chegar ao fim do mês com os próprios recursos.  Declararam muita facilidade ou facilidade 10,5%. 
As famílias com crianças até 14 anos  também declararam dificuldade ou muita dificuldade de completar o mês  com seus rendimentos. Na Região Nordeste, 29% das famílias com filhos  contaram que têm muita dificuldade de passar o mês. 
Agência Brasil
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