por Almir Cezar Fº
Ou foi o tal "espetáculo do crescimento" propagandeada desde 2003? A Marolinha de Lula dita em 2008? Ou mesmo a tal Nova Matriz Macroeconômica prometida no início do primeiro governo Dilma? Foi a políticas econômica anticíclica que levou ao aperto do cinto agora? Porque é esse diagnóstico que o jornalismo econômico da grande mídia (em tabelinha com os analistas do mercado financeiro e economistas neoliberais e empregados dos grandes bancos) procura convencer a opinião pública.
E com a entrada no comando da equipe econômica de Joaquim Levy e de Nelson Barbosa o governo Dilma comprou, e procura aplicar um receituário econômico de acordo. O que se vê agora o 'austericídio'. O discurso da austeridade fiscal, mesmo que a custa do suicídio da economia nacional, como uma espécie de penitência aos anos de suposto esbanjamento. Mas foi isso mesmo?
A presidente Dilma Rousseff admitiu, mesmo que eufemistamente, “agora temos de usar outros instrumentos de combate”, disse a presidente, justificando a adoção das medidas de ajuste fiscal. Segundo Dilma, a sociedade se livrou de um “elevadíssimo desemprego” e de “uma redução violenta da taxa de crescimento” com a política anticíclica adotada após a crise internacional, que por outro lado sacrificou as contas públicas. Palavras ditas em um discurso, ao inaugurar terminais privados no porto do Rio (12 de março de 2015), que o governo esgotou todos os recursos possíveis para combater a crise iniciada em 2008 e que se estendeu demais para o ano seguinte. Sepultando assim de vez seu pseudodiscurso neodesenvolvimentista.