sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Vivemos o começo da 4a. Revolução Industrial

A internet das coisas, Big data, inteligência artificial, computação quântica, autômatos, etc. Sua implantação e difusão a passos acelerados é a nova realidade. Tal qual foi a 3a Revolução Industrial, seu advento é contínua e ininterrupta e a grande depressão por que passa o capitalismo mundial é sua manjedoura.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A Nova Direita e os desafios à Esquerda

Ensaios sobre a Pós-Modernidade de Direita nº 27

por Almir Cezar Filho

Uma boa parte da vanguarda de esquerda e das organizações desse espectro político estão "espantados" com a erupção de uma nova direita avivada e não convencional, e ainda mais extrema. Negligenciaram simplesmente que a Pós-Modernidade não ataca apenas nas suas próprias fileiras. Como também os anos de direitização, neoliberalização e capitulação a lógica da sociedade burguesa em seu próprio lado da trincheira política não produziria um fenômeno no lado oposto.

Essa nova direita tem os mesmo pilares, e é fermentada pelas mesmas bases, do que muitos intelectuais atuais chamam de Pós-Modernidade. Se comportam correspondente, senão equivalentemente ou mesmo iguais a Esquerda Pós-Moderna - pelo menos naquilo que é criticada a respeito dela. Essa sociedade emerge, ou melhor, esse zeitgeist geral da sociedade atual , isto é, esse conjunto de valores gerais da sociedade, conforma-se no crepúsculo, na senilidade da ordem burguesa. Portanto, do ápice decadente do Capitalismo como sistema social.

Essa Direita é sim Nova, pois não se vinculada a Clássica e Neoclássica, e é Pós-Moderna, pois não se vincula aos valores da Modernidade. Por isso mesmo, essa Nova Direita, por um lado, rejeita a Direita clássica e lhe disputa o espaço político e intelectual, em muitos casos de maneira agressiva. E, por outro, age tão ou mais agressivo com as Esquerdas, identificando nelas um dos principais fatores da decadência da sociedade ocidental contemporânea.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Liberalismo, ciência e revolução: as bases da sociedade moderna

O que há em comum entre a primeira revolução industrial, o iluminismo, a consolidação do parlamentarismo inglês, independência dos EUA, o surgimento da Química e o Eletromagnetismo?

A revolução científica e intelectual e a revolução social andam juntas.

A ascensão do Liberalismo econômico e político se dá nas mesmas bases e retroalimenta às transformações econômicas e científicas.

JOHNSON, Steven. A invenção do ar: uma saga de ciência, fé, revolução e o nascimento dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.

domingo, 20 de agosto de 2017

A Economia e a Revolução: uma dialética explosiva

Posso chamar o conjunto que eu pesquiso de "A Economia e a Revolução". Se chama assim pelo simples fato que analisa a complementariedade entre esses dois aspectos da vida social humana. Ou melhor dizendo, tenta dar início a esse desafio. Falaremos de uma dialética explosiva. Que apesar de "dialética", não é de dois, mas de três: Economia, economia e revolução. Revolução essa tanto econômica e social, como revolução científica.

A Economia, enquanto esfera social, como dimensão social, similar a Política, a Moral, a Cultura, passa constantemente por “revoluções”, súbitas transformações, desenvolvimentos em saltos. Mas também é impactado pela revolução social geral. Pelas revoluções políticas, revoluções nos costumes, na tecnologia. Como ainda pelas revoluções na ciência. Na própria disciplina científica pertinente à economia: a Ciência Econômica, também chamada Economia (o “e” maiúsculo).

Quer dizer, a economia é influenciada pela Economia. Mas, não é apenas isso. Aí vamos ao eixo invertido.

A Economia é influenciada pela economia. A cada transformação na sociedade, nas formas de produzir, trocar, distribuir e consumir, a ciência da economia, a Economia, reage com novas formulações, novas teorias, que amparam (ou não) o desenvolvimento econômico.

sábado, 19 de agosto de 2017

Temer vence. Meirelles sobe rombo fiscal. Servidores e contribuintes pagam o pato

Como eu disse em março: antes de fim de agosto a ekipeconômica de Temer viria com novo aperto no ajuste fiscal.
Uma família quando está em crise financeira a última coisa que corta é o quê? Alimentação, transporte. Na alimentação corta os jantares fora e o almoço de domingo no restaurante predileto. No transporte corta as corridas de táxi. Se cortar alimentos aos membros da família ficaram fracos, doentes e não conseguirão trabalhar ou seguir procurando emprego. O transporte idem.

Em geral, as primeiras despesas a suspender o pagamento são as financeiras. Não é? Cartão de crédito fica devendo. O empréstimo, o financiamento. Em dia apenas a luz, a água e aluguel, e olhe lá. Quando não para evitar o corte ou um despejo. A família procura outras formas de renda extraordinária, crédito e renda adicionais. Faz horas extras, aumenta o preço de algum serviço, faz trabalho por fora ou um bico, usa o cheque especial ou pede emprestado com alguém.

Pois não é? Pois não é assim com o Gooverno, com o Estado. Apesar dos economistas mercadistas tanto gostarem da parábola da família para explicar as finanças públicas não é assim que a banda toca, muito menos o jeito que eles mesmo recomendam.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Liberalismo e Modernidade: as revoluções intelectuais e políticas do séc. 18. Compondo uma bibliográfica alternativa

Ensaios sobre a Pós-Modernidade de Direita nº 26

por Almir Cezar Filho

Uma velha dica de roteirismo: se há problema no terceiro ato, volte ao primeiro ato.

Nos últimos 18 meses, em meio a muitas e muitas outras leituras, encarei o desafio de montar e ler um catálogo alternativo e crítico sobre a edificação do pensamento e da ordem social Moderna baseada no Liberalismo. Explorando as revoluções intelectuais e políticas do séc. 18 em base a um bibliografia alternativa.

O desafio surgiu, à medida que, eu ficara instigado com o destaque que ganhara na conjuntura uma nova direita, avivada, com pautas distintas daquela consagrada no século XX e com um forte viés liberista, mercadista, ultralibertariano, que colocam o neoliberalismo no "chinelo". Mas que contêm fortes críticas às liberdades individuais não econômicas e uma repúdio aos Direitos Humanos.

Sem a necessidade de reler as obras consagradas das escolas Austríaca, de Chicago/Monetarista, da Oferta e de Escolhas Racionais  - que as tinha lido, quando mesmo já as tinha em meu acervo pessoal. O objetivo não era analisar essa matriz em que essa Nova Direita se referência (se no todo, senão em parte, como seus próprios expoentes esbravejam), mas fazer uma correspondência crítica com o pensamento e Ordem liberal, especialmente com o momento em que ela era revolucionária - a segunda metade do século XVII, o XVIII e as primeiras décadas do século XIX.