terça-feira, 25 de agosto de 2015

Preobrazhenski, um economista trotskista. Seus aportes e contribuições ao trotskismo para o Brasil de hoje

por Almir Cezar Filho [1]

Introdução

Este texto não consiste em discorrerei uma biografia do economista e revolucionário Eugeni Preobrazhenski. Nem sua participação na Revolução Russa, ou outros importantes aspectos, como sua contribuição teórica ao marxismo, ou seu papel na gestão da economia soviética durante a década de 1920 (a primeira experiência socialista da História), ou sua participação no partido bolchevique. Nem mesmo sua participação ao lado de Trótski em evitar a burocratização pelo stalinismo do partido, do sovietes, do Estado e das empresas.

Cabe exclusivamente em um breve artigo reabilita aos olhos dos trotskistas contemporâneos, especialmente aos morenistas (até porque revolucionário trotskista Nahuel Moreno o utilizou para atualizar o trotskismo nos anos 1980 [i]), esse brilhante intelectual marxista, dirigente partidário e administrador socialista, e, por sua vez, apontar os necessários aportes que seu pensamento permite para encararmos a luta socialista no século XXI.

Um dos problemas brasileiros atuais que vem dando "dor de cabeça" é recorrência da inflação alta e pressão desta nos ciclos de crescimento econômico: o Teorema de Preobrazhenski. O Teorema de Prebrazhenski não é uma criação de Preobrazhenski, mas uma interpretação dada por Joseph Stiglitz (prêmio Nobel de Economia e ex-economista-chefe do Banco Mundial) ao estudar os problemas macroeconômicos das economias em desenvolvimento (em transição de agroexportadores para industrializados), em que é endêmico recorrentes crises no câmbio e no balanço de pagamentos e uma crônica inflação alta, que se intensificam quanto mais cresce a economia, gerando um fortíssimo dilema.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Brasil tem quase 100 mil imóveis encalhados

Com lançamento e venda de imóveis em queda, estoque chega a 99 mil unidades
Setor levaria 13 meses para comercializar toda essa oferta imobiliária, indica pesquisa inédita

Portal R7 | 19/8/2015 

O mercado imobiliário brasileiro acompanha o desaquecimento econômico do País e apresenta uma redução nos lançamentos e nas vendas de imóveis.

O Brasil tem um estoque de 99 mil imóveis, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (19) pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O levantamento mostra que, neste ano, foram lançados em todo o País 26,5 mil unidades, uma queda de 20% na comparação com o mesmo período de 2014.

Já as vendas, neste mesmo período, alcançaram 51,7 mil unidades, o que representa uma queda de 14% em relação ao ano passado.


Segundo o economista da Fipe Eduardo Zylberstajn, responsável pelo estudo, esses dados já mostram que as incorporadoras estão lançando menos do que estão vendendo, o que demonstra que o setor está fazendo um ajuste não somente no preço dos imóveis.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sobre a inflação na teoria marxista

por Almir Cezar

Posto aqui novamente uma pequena lista com artigos acadêmicos brasileiros em Economia com um tratamento da fenômeno da inflação em uma abordagem marxista, 'encontráveis' na internet. 

Os artigos traçam vários rumos para entender a questão, mas ao meu ver, o melhor seria analisar em termos do chamada “revolução do valor e gravitação dos preços”, e enquadrá-la na crítica marxista à Microeconomia e superação do problema de transformação pela aplicação do princípio da regulação pela lei do valor e do entendimento da dialética entre preços e valores. Em breve posto um artigo próprio em que desenvolverei o tratamento da questão por este meio.

Segue os títulos com os links:

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Crise? Crise sim, mas para quem? Grandes empresas apertam custos e elevam lucro em ano de crise

Apesar de queda nas receitas, grandes empresas apertam custos e elevam lucro em ano de crise. Inflação bate receita, mas lucro operacional sobe em 8 firmas.

Empresas repassam para os preços finais a elevação nos preços dos insumos, enquanto consumidores pagam mais caro pelos produtos e empregados amargam queda nos salários e desemprego.

Empresas apertam custos e elevam lucro em ano de crise

TATIANA FREITAS e TONI SCIARRETTA - DE SÃO PAULO | Folha Online | 14/08/2015

As grandes empresas brasileiras se prepararam para a crise econômica, ganharam eficiência e conseguiram elevar os ganhos nos seus negócios no primeiro semestre de 2015, na comparação com o mesmo período de 2014.

A melhora ocorreu mesmo com a queda nas receitas com as vendas. Isso mostra que as companhias conseguiram repassar aumentos nos preços, além de cortar custos e despesas administrativas.

Levantamento do Insper, feito a pedido da Folha com base em dados da consultoria Economatica, mostra que as companhias que fazem parte do Ibovespa tiveram um crescimento de 9,3% no chamado lucro operacional (o Ebit, ou lucro antes de juros e impostos) nos primeiros seis meses deste ano na comparação com o primeiro semestre de 2014.