quinta-feira, 11 de junho de 2015

Com Levy inflação já sobe 5,34% em apenas cinco meses de 2015

Equipe econômica do governo Dilma também insiste equivocadamente na subida dos juros (ao consumidor já atingem mais de 300% ).
Endividamento, inadimplência, desemprego e recessão já são o resultado.


As medidas do Ministro da Fazenda Joaquim Levy, à frente 
da equipe econômica da presidenta Dilma, ao contrário do 
prometido, vem acelerando a inflação.
A política macroeconômica da equipe da presidenta Dilma Roussef, sob o ministro da Fazenda Joaquim Levy à frente, ao contrário do prometido, vem acelerando a inflação. O IPCA de maio ficou em 0,74%, após subir 0,71%, em abril, subindo para 5,34%, nos cinco primeiros meses do ano, acima da meta  de 4,5% e se aproximando do teto da meta, de 6,5%. E ainda, como efeito colateral, endivida o consumidor e o empurra a inadimplência (crescimento de 7,27% em 5 meses), aumenta o desemprego (atingiu 8%, maior patamar desde 2006) e empurra a economia para recessão (a expectativa é que haja recuo do PIB de 1,2% em 2015).

O tarifaço de energia, determinado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com a drástica redução de subsídios, e a alta dos alimentos foram os principais responsáveis pela alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,74%, em maio, após subir 0,71%, em abril. Com o índice de maio, o IPCA já sobe a de 5,34%, nos cinco primeiros meses do ano. Nos 12 meses até maio, o IPCA sobe 8,47%, a maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%).

Por sua vez, as sucessivas subidas da taxa básica de juros Selic pelo Banco Central como tentativa de combater a alta da inflação vem trazendo como consequência a explosão da taxa de juros ao consumidor final. O patamares atingiram altas históricas. No cartão de crédito estão inacreditavelmente acima de 300% ao ano.

Em maio do ano passado, o indicador calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que representa a inflação oficial do país, avançara 0,46%. Com o índice de maio, o IPCA já sobe a de 5,34%, nos cinco primeiros meses do ano, o maior percentual desde maio de 2003 (6,8%). Nos 12 meses até maio, o IPCA sobe 8,47%, a maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%).

Mês passado, os alimentos tiveram alta de 1,37%. O grupo de despesas alimentação e bebidas respondeu por quase metade da inflação. Entre os alimentos com altas mais elevadas aparecem cebola (35,59%), tomate (21,38%) e cenoura (15,9%). Em 12 meses, os alimentos acumulam alta de 8,8%, pouco acima da média da inflação (8,47%).


O principal responsável pela alta do IPCA, porém, continuou a ser a energia elétrica, com inflação de 2,77%. A alta do insumo repercute em outros itens, como as despesas com habitação, que, em 12 meses, já subiu 17,59%, impactada pelo tarifaço da energia que, no mesmo período, ficou 58,47% mais alta para o consumidor brasileiro. Já os transportes ajudaram a frear a inflação, com queda de preços de 0,29%. O principal responsável por essa deflação foram as passagens aéreas, 23,37% mais baratas no período. 

Para Emerson Marçal, professor e coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EESP), a inflação deve fechar o ano próxima de 8,5%. 


Juros ao consumidor já atingem mais de 300% ao ano: 'Nem o céu é limite para os juros'

Com o aumento em 0,5 ponto, elevando a Selic para 13,75% no dia 03/06, a fez retornar ao patamar de janeiro de 2009, quando a alta dos juros foi considerada uma das principais causas do forte aumento do desemprego no país, num momento em que o resto do mundo marchava para taxas zeradas ou até negativas.

Ver a dívida multiplicada por quatro em apenas um ano é o pesadelo para quem entrou no crédito rotativo do cartão de crédito. A principal causa são os juros cobrados nessa modalidade, que saltaram de já astronômicos 295,48% ao ano, em abril, para inacreditáveis 304,03%, em maio, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

É o maior nível desde março de 1999, quando atingira 354,63% ao ano. Com isso, quem tem uma dívida de R$ 1 mil no cartão de crédito e não consegue quitar o débito encerra os 12 meses seguintes devendo R$ 4.040,30.

No cheque especial, os juros subiram de 205,06% ao ano, em abril, para 210,44% ao ano, em maio, atingiram o maior nível desde janeiro de 2003 (220,06% ao ano). Quem entra no cheque especial devendo R$ 1 mil chega ao fim dos 12 meses seguintes com uma dívida de R$ 3.104,40.

As demais modalidades de crédito à pessoa física também registraram aumento nas taxas em maio sobre abril. As taxas médias do comércio subiram de 82,90% para 83,94% ao ano. As taxas médias dos financiamentos de automóveis na modalidade CDC, crédito direto ao consumidor, passaram de 27,27% para 28,02% ao ano. Os juros dos empréstimos pessoais de bancos aumentaram de 60,10% para 61,22% ao ano, e as taxas dos empréstimos de financeiras aumentaram de 139,24% para 140,85% ao ano.

De acordo com a Anefac, na média, os juros do crédito a pessoa física encerraram maio em 6,87% ao mês (121,96% ao ano), no maior nível desde junho de 2010 (122,71% ao ano). A taxa média do crédito a pessoa jurídica atingiu 4% ao mês em maio (60,1% ao ano), no valor mais alto desde julho de 2011 (61,03% ao ano).

Segundo a Anefac, além dos recentes aumentos da taxa básica de juros (Selic), os bancos estão repassando a elevação, de 15% para 20%, da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das instituições financeiras. Para a entidade, os juros devem continuar a subir nos próximos meses, apesar de já exibirem taxas reais (descontada a inflação) sem paralelo no mundo.

E ainda essa política econômica ainda aumenta o desemprego  que já atingiu 8%, maior patamar desde 2006 e empurra a economia para recessão, cuja a expectativa é que haja recuo do PIB de 1,2% em 2015.

Para a Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) as medidas não resolvem. E critica o governo por “focar suas ações no combate à inflação pelo desestímulo ao consumo”, enquanto “os aumentos de preços têm fincado raízes na ponta da produção, em uma cadeia produtiva que encara juros altos”. Assinalou que “o comportamento da inflação exige incentivos à ponta da oferta”. 

Com informações: Jornal Monitor Mercantil

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