segunda-feira, 4 de maio de 2015

Professores brasileiros recebem piores salários

Ranking internacional mostra descaso com que a educação é tratada no país

Tropa de choque da PM do Paraná, governada por Beto
Richa (PSDB), ataca professores e servidores públicos 
em frente a Assembleia Legislativa. Mais de 170 feridos.
Alvos de agressão da polícia do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e da intransigência em São Paulo do governador Geraldo Alckmin, também tucano – estado em que estão em greve desde 13 março – os professores brasileiros estão na lanterna de um ranking internacional sobre salários de educadores.

O país amarga um dos últimos lugares em um ranking que compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários países, considerando itens como salários dos professores, condições de trabalho na escola e desempenho dos alunos.

Segundo estudo da consultoria Gems Education Solutinos, os professores brasileiros recebem o equivalente a US$ 14,8 mil por ano (cerca de R$ 44,4 mil). O valor é calculado por uma média de 15 anos e usa o critério de paridade de poder de compra.


O valor é inferior ao recebido pelos professores da Turquia e do Chile, ficando acima apenas dos salários de Hungria e Indonésia. Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil).

O levantamento da Gems Education Solutions utiliza dados dos cerca de 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outros em desenvolvimento. Para a consultoria, o salário de professor no Brasil deveria ser quase três vezes maior

Embora o ranking seja de setembro, ele foi republicado pela BBC Brasil, diante da repercussão internacional da agressão da PM de Beto Richa contra professores na quarta-feira. As imagens de educadores agredidos por bombas de gás lacrimogêneo e o uso até de um pitbull correram o mundo.

Aproximadamente 170 pessoas ficaram feridas devido à agressão da polícia. Os professores entraram em greve dia 25 em protesto contra a falta de garantia de pagamento da aposentadoria da categoria.

jornal Monitor Mercantil | 30/04/2015

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