quarta-feira, 30 de abril de 2014

Custo de desoneração da folha de pagamentos dobra em 2014

site Voz do Aposentado | 23/04/2014

Responsável por fazer o governo deixar de arrecadar R$ 13,2 bilhões no ano passado, a desoneração da folha de pagamento está trazendo maiores custos para o Tesouro Nacional em 2014.

Nos dois primeiros meses do ano, a renúncia fiscal correspondeu a mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2013.

Segundo dados mais recentes da Receita Federal, o governo deixou de arrecadar R$ 3,59 bilhões em janeiro e fevereiro por causa da desoneração da folha, contra R$ 1,6 bilhão nos mesmos meses do ano passado.

A principal responsável pela diferença foi a inclusão de 16 setores patronais que não contavam com o benefício fiscal no início de 2013.

A desoneração

A desoneração da folha começou a ser adotada em 2011 favorecendo patrões das indústrias de couro e calçados, nas confecções e nas empresas de call center e de tecnologia da informação. Atualmente, 56 segmentos da indústria, do comércio, dos serviços e dos transportes são beneficiados pela medida, que retira dinheiro do caixa da Previdência Social.

Em vez de pagarem 20% da folha de pagamento como contribuição patronal à Previdência, as empresas dos setores beneficiados pela desoneração passaram a pagar 1% ou 2% do faturamento, dependendo da atividade.

Para o presidente da Admap, Lauro da Silva, a atual política econômica do governo federal apenas beneficia os patrões e os mais ricos, em detrimento dos trabalhadores e dos aposentados.

“A desoneração é mais um exemplo de como governam apenas para uns poucos privilegiados. Enquanto dizem que não há dinheiro para conceder aumento real para os aposentados, tiram bilhões do caixa da Previdência para dar aos empresários”, afirmou.

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