quarta-feira, 12 de março de 2014

Juros sobem pela 9ª vez e chegam a 97%

No rastro da alta da Selic, bancos cobram taxas de até 217% no cartão
Monitor Mercantil | 11/03/2014

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em fevereiro os juros cobrados pelos bancos para operações de crédito com pessoas físicas subiram, em média, 3,01% ao mês em relação a janeiro e 4,04% em relação ao mesmo mês de 2013. Isso significa um incremento de 5,82% ao mês e de 97,16% ao ano. São as maiores taxas desde agosto de 2012, quando o teto ao mês alcançara 6,02% e ao ano, 101,68%.

Foi o nono aumento seguido dos juros bancários, enquanto, em 2014, a taxa básica de juros (Selic) subiu 0,25 ponto uma vez.

Segundo a Anefac, houve elevação em todas as seis linhas de financiamento pesquisadas. A maior alta ocorreu no cartão de crédito: 7,58%, o maior desde setembro de 2012. Na modalidade, a rolagem da dívida em um ano chegou a inacreditáveis 216,59%, ante 192,94% ao ano, em janeiro último. No mês, a taxa passou de 9,37% para 10,08%.

Do total de operações, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) teve o segundo maior percentual de aumento – 3,55% – na compra de automóveis. Foi a maior elevação desde julho de 2012. Mas ainda assim é o tipo de financiamento com as menores taxas de juros do mercado. A taxa média passou de 1,69% para 1,75% ao mês, e de 22,28% para 23,14% ao ano.

No comércio, o consumidor nunca pagou tão caro pelas compras a prazo desde agosto de 2012, com os valores acrescidos na média em 2,53% sobre janeiro último. Com isso, a taxa ao mês atingiu 4,46% e, ao ano, 68,81%.

Embora tenha subido “só” 0,62% em fevereiro, o juro no cheque especial manteve a segunda taxa mais onerosa de crédito: 8,08% ao mês e 154,06% ao ano.

A opção menos salgada para quem precisou de dinheiro, no período, continuou sendo o empréstimo pessoal nos bancos (CDC), mesmo com a correção de 1,23%. Para as pessoas jurídicas, as três modalidades de crédito subiram, em média, 0,91%. As empresas pagaram 3,32% ao mês, ou 47,98% ao ano.

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