segunda-feira, 31 de março de 2014

Endividamento só beneficia mercado financeiro, defende movimento 'Auditoria Cidadã da Dívida'

Essa conclusão foi apontada por integrantes em evento na Câmara Legislativa do DF

O crescimento da dívida pública interna e externa, os aumentos de juros, as metas de inflação e a destinação orçamentária federal estão intimamente relacionados com os interesses do mercado financeiro. Essa conclusão foi apontada por integrantes do movimento "Auditoria Cidadã da Dívida" – organização sem fins lucrativos que promove estudos sobre o endividamento público no Brasil – na Câmara Legislativa nesta quinta-feira (27), durante comissão geral com o objetivo de discutir a dívida pública, em particular a do DF.

Para o autor do pedido de realização do debate, deputado Chico Leite (PT), a discussão sobre a auditoria cidadã da dívida pública vem sendo atacada ao longo dos anos com três estratégias: evitar, desqualificar ou desvirtuar o tema. Leite afirma que essas contestações são as mesmas usadas para evitar o debate sobre a transparência e a ética na política. O distrital considera que a "elite dominante" é quem comanda o boicote à discussão do tema.

Como saber quando caí a Páscoa?

A Páscoa cristã é uma das festas que perdeu o caráter religioso nas sociedades burguesas ocidentais, porém ainda vinculada a suas raízes, sua data móvel ao longo do calendário civil está suscetível a esquemas religiosos, fixados pela Igreja Católica. É comum termos Páscoa em março em um ano ou abril no outro. Por que isso? Como saber quando caí a Páscoa?

Contudo, apesar de seu caráter móvel e fixada aparentemente arbitrário pela Igreja, a data da Páscoa segue uma regra simples e fácil de prever, associado a ciclos do sol e da lua, que não precisa ser um astrônomo para saber.

E afinal, quando caí a Páscoa?

A Páscoa cristã igualmente ao Natal tenha se tornado uma das festas que perdeu em grande parte seu caráter religioso nas sociedades burguesas ocidentais, vários símbolos foram se ressignificando de tal forma a ganhar um conteúdo laico ou mais amplo. Porém, ao contrário do Natal fixado em 25 de dezembro, é comum termos Páscoa em março em um ano ou abril no outro. Sua data móvel ao longo do calendário civil é fixados de acordo a um esquema religioso da Igreja Católica.

A celebração do Natal está ligada intimamente ao Sol, astro que orienta nosso calendário, ao Solstício de inverno no hemisfério sul (de verão do hemisfério norte), momento ápice do astro no céu. Diferentemente, a Páscoa está vinculada uma festa cuja data era ligada ao calendário lunar.

quarta-feira, 26 de março de 2014

“Anos de ouro” para o Grande Capital: uma crítica a algumas leituras apologéticas

 por Demian Melo. Doutor em História pela UFF

Propaganda da Phillips faz referência
 direta à tortura em 1969
O documentário Cidadão Boilesen, de Chaim Litewisk, (Brasil, 2009), que conta a história de um empresário dinamarquês radicado no Brasil, iluminou uma questão extremamente importante para a compreensão do significado histórico da última ditadura: o seu caráter de classe. Henning Albert Boilesen, personagem central do filme, era executivo do grupo Ultragaz e ficou conhecido como ativo colaborador da Operação Bandeirantes (OBAN), projeto piloto para a formação posterior, em todo o território nacional, dos famigerados DOI-CODI.

Fundada ainda em 1969, a OBAN contou com fartos recursos financeiros do grande capital (nacional, estrangeiro e associado). Os mesmos que estiveram à testa da conspiração no início dos anos 1960 contra o governo Goulart, através do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), conspiravam agora, junto a um regime que tinham como seu, em cerimônias realizadas nos salões da FIESP, onde após palestras do Ministro da Fazenda, Delfim Netto, Boilesen “passava o chapéu”, para os associados depositarem cheques. Além de “homem da caixinha”, o empresário dinamarquês se notabilizou por também frequentar as sessões de tortura aos presos políticos na delegacia da rua Tutoia, onde funcionou a sede da OBAN. Em 1971, um grupo operacional da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) executou Boilesen em uma rua central de São Paulo, em resposta ao seu apoio à estrutura da tortura.

terça-feira, 18 de março de 2014

Lançamento de núcleo da Auditoria Cidadã da Dívida

da Sucursal Brasília da Agência de Notícias Alternativas (ANOTA)

Será lançado na próxima semana (dia 27/03, quinta-feira) o Núcleo do Distrito Federal do movimento 'Auditoria Cidadã da Dívida Pública'. O evento ocorrerá na Câmara Legislativa do Distrito Federal, às 15 horas

A exigência por serviços públicos de qualidade – educação, saúde, segurança, transporte etc. – tem aumentado na medida em que a sociedade brasileira toma conhecimento da elevada carga tributária que ainda se paga em nosso país e, com razão, cobra o devido retorno em investimentos sociais.

Hoje, mais do que em qualquer outro momento, cumpre buscar o aprofundamento do debate sobre a destinação dos recursos orçamentários em nosso País. Em 2013, mais de 40% do orçamento federal foram consumidos pela dívida pública, que nunca foi devidamente auditada, como estabelece a Constituição Federal no Artigo 26 do Ato das Disposições Transitórias. O orçamento do Distrito Federal também destinou milhões ao pagamento de dívidas nunca auditadas.

Um dado que chama a atenção diz respeito ao volume de recursos destinado à dívida no orçamento federal de 2013, que correspondeu ao quádruplo do valor de todas as transferências da União para todos os 26 estados, ao DF e aos mais de 5 mil municípios brasileiros. A sociedade civil de Brasília está se organizando e lançando o NÚCLEO-DF da Auditoria Cidadã da Dívida.

Para maiores informações acesse o site http://www.auditoriacidada.org.br/

quarta-feira, 12 de março de 2014

Juros sobem pela 9ª vez e chegam a 97%

No rastro da alta da Selic, bancos cobram taxas de até 217% no cartão
Monitor Mercantil | 11/03/2014

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em fevereiro os juros cobrados pelos bancos para operações de crédito com pessoas físicas subiram, em média, 3,01% ao mês em relação a janeiro e 4,04% em relação ao mesmo mês de 2013. Isso significa um incremento de 5,82% ao mês e de 97,16% ao ano. São as maiores taxas desde agosto de 2012, quando o teto ao mês alcançara 6,02% e ao ano, 101,68%.

Foi o nono aumento seguido dos juros bancários, enquanto, em 2014, a taxa básica de juros (Selic) subiu 0,25 ponto uma vez.

Segundo a Anefac, houve elevação em todas as seis linhas de financiamento pesquisadas. A maior alta ocorreu no cartão de crédito: 7,58%, o maior desde setembro de 2012. Na modalidade, a rolagem da dívida em um ano chegou a inacreditáveis 216,59%, ante 192,94% ao ano, em janeiro último. No mês, a taxa passou de 9,37% para 10,08%.

Do total de operações, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) teve o segundo maior percentual de aumento – 3,55% – na compra de automóveis. Foi a maior elevação desde julho de 2012. Mas ainda assim é o tipo de financiamento com as menores taxas de juros do mercado. A taxa média passou de 1,69% para 1,75% ao mês, e de 22,28% para 23,14% ao ano.

No comércio, o consumidor nunca pagou tão caro pelas compras a prazo desde agosto de 2012, com os valores acrescidos na média em 2,53% sobre janeiro último. Com isso, a taxa ao mês atingiu 4,46% e, ao ano, 68,81%.

Embora tenha subido “só” 0,62% em fevereiro, o juro no cheque especial manteve a segunda taxa mais onerosa de crédito: 8,08% ao mês e 154,06% ao ano.

A opção menos salgada para quem precisou de dinheiro, no período, continuou sendo o empréstimo pessoal nos bancos (CDC), mesmo com a correção de 1,23%. Para as pessoas jurídicas, as três modalidades de crédito subiram, em média, 0,91%. As empresas pagaram 3,32% ao mês, ou 47,98% ao ano.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Banco Central: pesquisa prevê inflação de 6,01% este ano

Agência Brasil, 10/03/2014

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar este ano em 6,01%, de acordo com projeções de instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo Banco Central. Na semana passada, a estimativa estava em 6%. Para 2015, a projeção segue em 5,70%, há seis semanas.

Essas estimativas estão acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.

Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem de encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

A mediana das expectativas (desconsidera os extremos nas projeções) das instituições financeiras para a Selic, ao final deste ano, caiu de 11,13% ao ano para 11% ao ano. Para o final de 2015, a projeção segue em 12% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, após passar por oito altas seguidas.

A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi alterada de 6,03% para 6,05%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,% para 6,03%, este ano. Em 2015, a projeção para os dois índices segue em 5,50%.

A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 5,80% para 5,78%, este ano, e permanece em 5%, em 2015.



quinta-feira, 6 de março de 2014

Presença das mulheres no mercado de trabalho cai em 2013

Na véspera do Dia das Mulheres más notícias com relação ao mercado de trabalho.

A presença das mulheres no mercado de trabalho diminuiu de 56,1% em 2012 para 55,1% em 2013, de acordo com a pesquisa A presença feminina no mercado de trabalho em 2013 na região metropolitana de São Paulo, feita pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ao mesmo tempo, a participação masculina caiu de 71,5% para 70,6%.

Segundo os dados, em 2012 a taxa de desemprego total entre as mulheres estava em 12,5% e caiu para 11,7% em 2013, sendo a menor taxa de desemprego total registrada na década de 2000. Entre os homens, essa taxa passou de 9,4% em 2012 para 9,2% em 2013. "Para as mulheres, a retração da taxa de desemprego é decorrente da relativa estabilidade do nível de ocupação, concomitante à diminuição da sua presença no mercado de trabalho", mostra a pesquisa.