sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Desemprego em 2013 é o menor dos últimos 11 anos. Desalento levou a esse patamar.

Segundo o IBGE o desemprego em 2013 é o menor dos últimos 11 anos. Número de desempregados é o menor desde 2002. O que levou a esse resultado foi mais a saída de concorrentes do mercado de trabalho (desalento) do que a criação de novas vagas, segundo mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita em conjunto pela Fundação Seade e o Dieese.

Desemprego em 2013 é o menor dos últimos 11 anos
30/01/2014 | Rio de Janeiro | Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Número de desempregados é o menor desde 2002

A taxa de desocupação oficial fechou 2013 em 4,3%. A taxa é a menor já registrada desde o início da série histórica, iniciada em março de 2002, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Banco Central dos EUA reduz ajuda, periferia sobe juro

Fed reduz ajuda, periferia sobe juro
29/01/2014 | Monitor Mercantil

Retirada de US$ 10 bi no mensalão do BC dos EUA eleva pressão sobre câmbio

Em meio a ataques especulativos nos países emergentes, às voltas com fugas de capitais, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou novo corte de US$ 10 bilhões, para US$ 65 bilhões, no programa de compras mensais de títulos podres das carteiras dos principais bancos de investimento do país, também conhecido como mensalão do Fed.

Depois do anúncio do Fed, a África do Sul, que não aumentava seus juros há seis anos, elevou sua taxa de 5% ao ano para 5,5% ao ano, acompanhando a Turquia e outras economias emergentes.

Sob pressão do mercado financeiro, o Brasil desde abril de 2013 já elevou sete vezes a taxa básica de juros (Selic).

A alta de 0,5 ponto do juro na África do Sul, no entanto, foi insuficiente para saciar o mercado financeiro, que impôs uma desvalorização de 2% ao rands, moeda sul-africana.

Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central do Brasil (BC), a recente desvalorização do real, que subiu mais 0,3% nesta quarta-feira, para R$ 2,4338, já teria incorporado o “efeito Fed”. Para ele, de nada adiantará o BC continuar a elevar juros. “Há pouca margem também para mais aperto fiscal”, afirma.

No entanto, o economista Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não vê limite para a queda do real ou a alta dos juros no Brasil: “Em 2002, na primeira eleição de Lula, o dólar estava em R$ 3,53. O Brasil tem déficit de contas externas muito grande, metade dele causado por remessas de lucros, que irão aumentar após as concessões que o governo está fazendo”, alerta.

Gonçalves salienta ainda que o Brasil tem passivo externo de US$ 1,6 trilhão, evidenciando que, num ambiente de liberalização financeira, as reservas cambiais são insuficientes para proteger o país dos especuladores.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Crises cambiais se espalham pelos países emergentes

por Almir Cezar

No momento vários países emergentes se veem às voltas com desvalorização de suas moedas em meio à crescente desconfiança dos investidores, com elas alta na inflação e ameaça de crise nas contas externas. As autoridades econômicas dos mercados emergentes foram obrigados nessa terça-feira (28/1) a emitir 'sinais concretos de determinação' a corrigir os problemas que estão fazendo as suas moedas 'derreterem'.

Ao antecipar um endurecimento da política monetária americana, os investidores repatriaram seus fundos, de forma abrupta, para os Estados Unidos, o que afetou as contas públicas e privadas de alguns países, como Brasil e Turquia. Investidores estão arredios em relação aos mercados emergentes, diante da redução dos estímulos à economia dos EUA - Bolsa de Nova York subiu 0,57%.

Com derretimento da lira, Banco Central turco 'radicalizou' e eleva os juros para 12% ao ano, e informou que manterá a política monetária apertada, até que a inflação, que ronda os 8%, ceda para níveis mais confortáveis. Por sua vez, a autoridade monetária indiana também aumentou o custo do dinheiro.

Na Argentina, depois da crise cambial instalada na semana passada, que levou a equipe de Cristina Kirchner a reduzir as restrições de compra de dólares para pessoa física para evitar uma nova mordida nas parcas reservas internacionais, foi obrigada a voltar atrás. Somente em janeiro, a moeda argentina perdeu 22,7% de seu valor, a maior desvalorização registrada em um mês, desde março de 2002, quando o país saía da pior crise de sua recente história.

Segundo o FMI e instituições financeiras, os Bancos Centrais dos emergentes devem combater urgentemente a inflação, que desanima os investidores ao enfraquecer o valor de seus ativos. Para esses, o combate se faz com elevação da taxa básica de juros e superávits/austeridades fiscais.

Já o governo brasileiro indica corte maior no Orçamento desse ano, para economizar até 2% do PIB, porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a Casa Civil não confirmaram ainda. O corte (de R$ 30 ou mesmo R$ 50 bilhões no Orçamento de 2014) havido sido divulgado ou sugerido por analistas do mercado financeiro. Segundo o Mantega, o corte será definido após estudos, simulações e discussões entre os técnicos.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Índia eleva taxas de juros para controlar preços

Os últimos eventos na Argentina e, agora, Índia, demonstram que o mundo caminha para uma alta da inflação, provocada por problemas cambiais.

Índia eleva taxas de juros para controlar preços

Jornal GGN - ter, 28/01/2014 - O Banco Central da Índia elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual nesta terça-feira (28) para frear a inflação. A medida prevê não apertar mais a política econômica do país no curto prazo. De acordo com informações locais, o país está mais preparado para lidar com o risco das saídas de capital.

Assim como os fatos recentes na Argentina, a Índia também sofreu com os problemas cambiais. A rupia, moeda local, despencou 11% em 2013 logo após o anúncio do governo americano de reduzir seu programa de compra de títulos do tesouro nacional. E as expectativas de redução gradativa, com a chegada da nova presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, renovaram as pressões sobre as economias emergentes.

Há a expectativa de uma inflação alta, porém moderada, pelos consumidores. Para isso, o banco central deve basear suas decisões sobre os juros em uma meta para não afetar os preços. E o desafio da entidade monetária é ainda maior: a Índia cresceu no ritmo mais lento da década, simultaneamente ao aumento desenfreado dos alimentos - e sua escassez de oferta.

O BC indiano elevou sua taxa de juros para 8%, em meio a preocupações do mercado com a desaceleração do crescimento na China e a perspectiva de mais redução do estímulo norte-americano.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dilma vai a Davos e 'vende' o país

Texto de reportagem especial para o programa Censura Livre, da Rádio Aliança 98,7 FM, São Gonçalo/RJ. Ele foi ao ar neste sábado, 25/01, entre 18 e 20h (reapresentação terça-feira, das 17 às 19h). 

Você  pode participar através dos sites www.radioaliancafm.com.br ou www.radioaliancafm.org, pelo e-mail programacensuralivre1@gmail.com ou ainda pelos telefones 2724-2263 e 2604-1553. Também pode ouvir a Rádio Aliança no seu celular, baixando o aplicativo Tune In.

Reportagem especial: "Dilma vai a Davos e 'vende' o país

Olá ouvintes,

A presidenta Dilma Roussef visitou esta semana o Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, em sua primeira ida a esse mais importante encontro anual de empresários, políticos e especialistas econômicos capitalistas do planeta, procurou rebater críticas à economia brasileira e a dos demais BRICS e ‘vender’ o país.

O Fórum, criado como espaço para reflexão dos maiores capitalistas do mundo por eles próprios, era antes alvo de severas críticas pelo PT e odiado pelos movimentos sociais, sofrendo no fim dos anos 90 e início dos 2000 com inúmeros e grandes protestos, ao ponto de inspirar a criação de sua nêmesis, o Fórum Social Mundial, reunindo centenas de milhares de ativistas do mundo inteiro. Durante alguns anos foi apoiado pelas administrações petistas e cujos eventos principais se davam na cidade de Porto Alegre. Este encontro ainda acontece, porém, com muito menos evidência.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Dilma sanciona Orçamento de 2014. Reforma Agrária ficará com 0,21% enquanto juros com quase metade

por Almir Cezar

O Diário Oficial da União publicou na terça-feira (21) a Lei 12.952/2014, com Orçamento da União para 2014. A receita total da União ficou em R$ 2,488 trilhões ante despesas de mesmo valor. Para os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social a receita total é de R$ 2,383 trilhões, incluindo emissão de títulos para o refinanciamento da Dívida Pública Federal (DPF), interna e externa. Itens como previdência, saúde, educação e desenvolvimento agrário ficaram com muito menos que com juros da dívida. E ainda, o reajuste dos servidores e a criação de vagas para concursos serão menores que a inflação e a necessidade.

O Lei do Orçamento foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff sem vetos e publicada no Diário Oficial da União (DOU). O texto foi aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional. Do total, R$ 1,084 trilhão são destinados ao Orçamento Fiscal, R$ 643,979 bilhões ao Orçamento da Seguridade Social e R$ 654,746 bilhões ao refinanciamento da DPF. Para as despesas de 2014, a lei fixou que o Orçamento Fiscal ficará com R$ 1,015 trilhão do recurso e a Seguridade Social com R$ 712,911 bilhões. Sendo que R$ 69,149 bilhões virá do Orçamento Fiscal.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

1% da humanidade controla 50% do PIB mundial

1% da humanidade controla 50% do PIB mundial

jamil-chade

GENEBRA – Metade da riqueza do mundo está nas mãos de apenas 1% da população mundial. Dados divulgados hoje pela ong Oxfam revelam o tamanho da disparidade social no planeta e num processo que ganhou força desde 2008, quando a crise mundial afetou em especial as classes médias.

A desigualdade social é considerada como tão profunda hoje que começa a assustar até os organizadores do Fórum Econômico Mundial de Davos, considerados como os arautos do capitalismo. Um informe preparado pela entidade que nesta quarta-feira começa seu encontro na estação de esqui na Suíça revela que as disparidades sociais são riscos reais para a estabilidade internacional. Entre os riscos para o mundo, Davos aponta que a disparidade é o maior deles.

Mas é o estudo da Oxfam que traz os dados mais reveladores. 85 fortunas mundiais acumulam a mesma riqueza que 3,5 bilhões de pessoas. Ou seja, metade da humanidade. Na prática, 1% das pessoas controlam 50% do PIB do planeta. O documentos será apresentado aos magnatas do mundo em Davos, muitos dos quais são até hoje apontados como os responsáveis por ter incentivado um cenário de irresponsabilidade financeira.

Desta vez, serão confrontados com números claros. Nos EUA, 95% do crescimento gerado após a crise de 2008 ficou nas mãos de 1% da população.

Na Europa, as dez pessoas mais ricas do Velho Continente mantém fortunas equivalentes a todos os pacotes de resgate dados aos países da região entre 2008 e 2010, cerca de 200 bilhões de euros.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

2014 terá inflação de 6,01%. Prévias de janeiro já começaram em alta

Projeção da inflação anual medida pelo IPCA fica em 6,01%
Agência Brasil | 20/01/2014

A projeção de instituições financeiras para a inflação em 2014, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 6% para 6,01%. Para 2015, a estimativa subiu de 5,50% para 5,60%, de acordo com a pesquisa semanal do Banco Central, divulgada às segundas-feiras.

As projeções estão distantes do centro da meta de inflação, de 4,5%, e abaixo do limite superior de 6,5%. Cabe ao BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Na contramão: Alta nos juros ameaça o equilíbrio dos preços

por Almir Cezar, de Brasília

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), ao elevar a taxa básica de juros (Selic) para 10,5% ao ano, na quarta-feira (15/01), acrescentou mais 0,5 ponto percentual à trajetória iniciada em abril de 2012, quando a Selic estava em 7,25% ao ano. Contudo, a alta da Selic, usada para baixar inflação, causada principalmente pelos preços dos alimentos, desestimula a produção e ameaça justamente o equilíbrio de preços.

Com alta dos juros o crescimento não se sustenta

Não por acaso, na sexta-feira (17/01), o Banco Central divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil), indicador que antecipa o PIB (Produto Interno Bruto), apurado oficialmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A economia brasileira não sustentou a tendência de aceleração registrada em outubro do ano passado após o fraco desempenho do terceiro trimestre.

A atividade caiu 0,31% em novembro na comparação com o mês anterior. O número é pior do que a expectativa dos analistas. Demonstrando a instabilidade no crescimento da economia no ano passado. O resultado de novembro representou o oitavo mês seguido de em que o índice alternou altas e baixas. Em outubro, havia subido 0,7%.

(clique aqui para continuar lendo)

sábado, 18 de janeiro de 2014

Caixa Econômica tenta tungar poupanças e Juros sobem de novo prejudicando o crédito ao consumidor

Coluna do dia 17/01 do quadro Economia é Fácil do programa Censura Livre, rádio Aliança FM 98.4, São Gonçalo (RJ)

Olá ouvinte do programa Censura Livre aqui quem fala é Almir Cezar, direto da sucursal Brasília da Agência de Notícias Alternativas - ANOTA, com a coluna "Economia é Fácil", sempre tentando explicar as principais notícias econômicas da semana. Hoje falaremos sobre duas: 

A primeira é que a Caixa Econômica Federal desde segunda-feira corre atrás do prejuízo para se explicar depois que reportagens saídas no fim de semana informavam que o banco tinha encerrado ilegalmente as contas inativas e confiscado os recursos, usando o dinheiro para inflar os lucros em 2012. 

A Caixa pressionada pela repercussão alegou que não mexeu nas inativas, apenas encerrou contas cujos titulares estivessem com CPF ou CNPJ irregulares. Segundo banco, este promovera uma varredura para identificar contas de titulares com irregularidades, mas que os correntistas que não se manifestaram tiveram suas contas encerradas em 2012.

Os recursos das quase meio milhão das contas encerradas foram contabilizados como receitas operacionais, o que elevou o lucro líquido da Caixa em R$ 420 milhões no balanço de 2012 depois do pagamento de tributos. 

Esse montante foi distribuído aos acionistas do banco, especialmente o governo federal, que usou esse mais os impostos para equilibrar as contas públicas - abalada pela queda na arrecadação de impostos provocada pela desaceleração econômica, alta nos juros da dívida e desonerações fiscais.

A Caixa, desautorizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Banco Central, informou que no próximo balanço a ser divulgado, no começo de fevereiro, haverá a anulação dessa apropriação do dinheiro das contas encerradas.

Programa de rádio Censura Livre completa 3 anos com muita informação

No dia 15 de janeiro, comemorou-se o aniversário de três anos do programa Censura Livre, da Rádio Aliança 98,7 FM, em São Gonçalo, RJ.  O programa tem muita informação, debates com convidados, entrevistas e os quadros "Notícias da semana", "Conexão Brasília", "Economia é Fácil" e "Por dentro da música".

O programa vai ao ar ao vivo todos os sábados, das 18h às 20h (reprisado às terças-feiras, das 17h às 19h). 

Os ouvintes ou internautas também pode participar através dos sites www.radioaliancafm.com.br ou www.radioaliancafm.org, pelo e-mail programacensuralivre1@gmail.com ou ainda pelos telefones (21) 2724-2263 e 2604-1553. 

Você também pode ouvir a Rádio Aliança FM no seu celular baixando o aplicativo Tune In e programas anteriores pelo canal no Youtube ou pelo blog do Programa Censura Livre em http://pcensuralivre.blogspot.com.br/.

O Censura Livre é apresentado por Antônio Figueiredo e Dirley Santos e produzido por Antônio Figueiredo, Ademar Lourenço, Almir Cezar Filho, Dayse Alvarenga, Dirley Santos, Eduardo Araújo, Rodrigo Noel e Rodrigo Barrenechea.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Colapso da UGF e UniverCidade e o neoliberalismo na Educação Superior brasileira

por Almir Cezar

Protesto em frente a uma unidade da UGF
Dei aulas na Universidade Gama Filho (UGF)  em 2008/2009 e senti na pele o impacto da lógica neoliberal e mercantilista, que só poderia em resultar na gravíssima crise por que esta e a UniverCidade passam no momento, ambas universidades do Grupo Galileo. O MEC diz que fará a transferência assistida dos estudantes para outras universidades privadas.

Infelizmente, faço minhas as palavras do artigo abaixo, com um adendo: a única alternativa correta diante do fato consumado, não é o mero descredenciamento de ambas universidades particulares, como fez o Ministério da Educação (que meramente "lavou às mãos"), mas sua imediata estatização, ou pelo Estado do Rio de Janeiro ou pela União, pelo bem dos milhares de estudantes, professores e técnico-administrativos afetados.

A crise da Educação
Fatos & Comentários | Jornal Monitor Mercantil | 16/01/2014

O descredenciamento da Universidade Gama Filho e da UniverCidade são, para além do drama dos alunos subitamente privados do ensino, um exemplo pedagógico das consequências do achatamento do nível universitário no Brasil. Numa escalada que remonta à interminável era FH, o Brasil assiste a uma farra de abertura de cursos superiores, cujo acesso, na sua esmagadora maioria, tem como único filtro a capacidade do interessado em arcar com as mensalidades.

Não por acaso, o país inventou a triste figura do analfabeto universitário, que, com diploma em punho, é incapaz de interpretar um texto relativamente simples. Tudo isso sob as vistas amenas do Ministério da Educação (MEC), que, apenas, recentemente, passou a proibir algumas dessas faculdades de aceitarem novos alunos.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Copom exagera na dose: Selic sobe 0,5 ponto e emperra economia


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) de 10% para 10,50% ao ano. Foi o sétimo aumento seguido de abril do ano passado até hoje.

Segundo comunicado do Copom, a decisão de elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, sem viés, foi tomada por unanimidade.

A taxa básica de juros do Brasil – que já era a mais alta do mundo – aumentou mais um pouco, com impacto imediato na dívida pública. De acordo com o Dieese, cada ponto percentual de subida na Selic equivale a acréscimo aproximado de R$ 6 bilhões/ano na dívida. A taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais de abril de 2013 até agora.

“Embora todos saibam que juros altos reduzem o consumo, também inibe os investimentos privados, necessários para a recomposição do parque industrial e geração de mais empregos”, declarou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em nota.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou, na mesma linha, o aumento da taxa. “A inflação precisa ser contida, mas é necessário buscar alternativas para combatê-la que não penalizem tanto a atividade econômica e a vida das empresas e das pessoas”, ressaltou, em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Inflação, como as ruas podem pará-la?

Inflação, como as ruas podem pará-la?

Eric Gil, de Curitiba (PR), Opinião Socialista
Alimentos e bebidas, itens de necessidade básica,
 tiveram os maiores índices
Saiu neste dia 10 de janeiro o resultado final do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2013 em 5,91%, acima dos 5,84% do ano anterior. Dos itens pesquisados pelo IBGE, o que teve maior aumento foi o de alimentação e bebidas, atingindo 8,48%.

Isto não chega a ser uma surpresa nem para quem acompanha o índice, nem para os trabalhadores que se assustam cada vez que chegam aos supermercados. Nos últimos dez anos, o preço de alimentos e bebidas subiu 68,06%, ou seja, 12,68% de crescimento real (se descontado todo o IPCA). A renda do brasileiro aumentou. No entanto, o preço da comida de nossa mesa aumenta ainda mais.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Mal começa o ano e já vão aumentar os juros de novo?

Copom faz primeira reunião de 2014 para discutir ajuste da Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia hoje à tarde a primeira reunião de 2014 para discutir se mantém o processo de ajuste da taxa básica de juros (Selic), iniciado em abril do ano passado, quando estava em 7,25% ao ano. De lá para cá, a Selic foi elevada em 2,75 pontos percentuais, chegando aos 10% atuais.

Foram seis reajustes seguidos e se depender da expectativa dos analistas de instituições financeiras, expressa no boletim Focus, divulgado ontem pelo BC, a tendência é o Copom ajustar a política monetária em mais 0,25 ponto percentual. A decisão será anunciada amanhã quando terminar a segunda etapa da reunião.

As reuniões do Copom ocorrem em intervalos de 45 dias, sempre em duas etapas, para fixar a taxa média dos financiamentos diários dos títulos federais, depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por extensão, a taxa básica de juros é conhecida também como Selic.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O juro da notícia: jornalismo econômico pautado pelo mercado financeiro

O juro da notícia: jornalismo econômico pautado pelo mercado financeiro

Jornal GGN - 13/01/2014 | Márcia Pinheiro

A jornalista Paula Puliti lança, nesta segunda-feira (13), às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (São Paulo), o livro "O juro da notícia: jornalismo econômico pautado pelo mercado financeiro". Nele, a profissional, com larga experiência em informação em tempo real, na Broadcast/Agência Estado, destrincha como se deu o processo de financeirização das pautas econômicas, a partir de meados da década de 1980. O jornalista Luis Nassif é um dos entrevistados. A seguir, os principais trechos da entrevista que Paula concedeu ao Jornal GGN.

Jornal GGN: Como foi sua experiência em tempo real? 

Paula: Positiva. Tracei um caminho que poucos haviam traçado e que não se tem noção na escola. Tornei-me ágil e desconfiada do que as fontes falavam. Aprendi um novo tipo de jornalismo  - o de não ter medo de escrever.

JG:  Você diz, no livro, que desde meados dos anos 1980 a imprensa começou a ser pautada pelo mercado financeiro. Como isso de deu? Qual a origem?

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O aumento do IPI e a estagnação

por Almir Cezar

No fim do ano o Ministério da Fazenda suspendeu a isenção e/ou redução da alíquota do IPI (imposto sobre produtos industrializados) sobre uma série de bens. O governo confirmou na véspera do Natal o aumento gradual IPI a partir de 1º de janeiro de 2014 – revertendo parcialmente a alíquota que vigorava antes do governo determinar a redução do IPI para incentivar o consumo e evitar demissões no país, no início de 2012. A medida tinha sido uma das ações adotadas por Dilma Rousseff para combater os efeitos da crise mundial, aquecer a economia interna e evitar demissões. Contudo, não foi isso que aconteceu.

Para os carros populares (1.0), a alíquota de IPI, que hoje está em 2%, passa a ser de 3%. A alíquota de 3%, no caso dos carros populares, vai valer até 30 de junho de 2014, quando o governo então vai avaliar se haverá novo aumento, para 7% .

A queda na atividade econômica, especialmente na produção industrial, e as desonerações para a linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos) e nos automóveis foram os principais fatores que provocaram a queda na arrecadação em 2012 e 2013, com prejuízos nas contas públicas, embora com baixo resultado na reversão da dinâmica da atividade industrial. As desonerações fiscais tinham sido utilizadas em 2009/2010 pelo então governo Lula, em reação à primeira onda da crise econômica mundial, com relativo sucesso - o mesmo não sendo verificado agora.

[ clique aqui para ler a íntegra no site da ANOTA ]

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

(Retrospectiva 2013) 13 principais fatos que marcaram a economia

Lista com os principais fatos que marcaram a economia em 2013 no Brasil e no mundo:
    1- alta da inflação no Brasil
    2- privatização de aeroportos e rodovias
    3- o leilão do pré-sal
    4- a queda de Eike Batista
    5- a alta na taxa de juros
    6- PIBinho brasileiro de 2013
    7- em queda arrecadação do governo e vendas no comércio
    8- crise fiscal e orçamentária nos EUA
    9- recessão europeia se aprofunda
    10- esvaziamento econômico nos BRICS
    11- Jornadas de Junho no Brasil
    12- O anúncio formal de mudanças na política econômica chinesa
    13- o investimento russo em petróleo e gás na Bolívia
    E aí, quais outros fatos econômicos de 2013 estão faltando nessa lista?

    quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

    Déficit comercial: É o modelo!

    É o modelo!

    O anúncio de que o Brasil só escapou de voltar aos déficits comerciais da era de ouro do populismo cambial tucano graças a uma manobra contábil animou o lobby dos que defendem a redução dos já frágeis mecanismos de defesa da economia nacional. Segundo essa vertente, a principal causa da fragilidade das exportações do país residiria no Mercosul, que nos impediria de fazer acordos vantajosos com Estados Unidos e União Européia (UE), por exemplo. 

    Mais ideológico do que econômico, tal argumento ignora o fato de a performance do comércio do país estar limitada pelo aprofundamento de um modelo econômico que se concentra na exportação de commodities – minerais e alimentos – sobre cujas cotações o Brasil não tem controle e que representam irrisórios 6% do comércio mundial. E que, simultaneamente, acelera a desindustrialização, ao adotar câmbio valorizado, juros astronômicos e ampliar a presença de componentes importados na indústria local.

    Mercados

    Mantido esse modelo, a realização de acordos de livre comércio com economias mais avançadas resultaria no aumento do déficit e não na produção de superávits mais expressivos. Com os EUA, por exemplo, nosso déficit saltou de US$ 5,7 bilhões, em 2012, para US$ 11,4 bilhões, em 2013. Com a UE, o resultado favorável aos europeus avançou de US$ 1,3 bilhão, para US$ 3 bilhões. 

    Os dois resultados, certamente, foram importantes para a geração de empregos para estadunidenses e alemães, em particular. Já com a Argentina, do amaldiçoado Mercosul, tivemos superávit de US$ 3,1 bilhões, ano passado, contra US$ 1,5 bilhão, em 2012. Imagina com abertura irrestrita!

    Fatos & Comentários, Jornal Monitor Mercantil | 03/01/2014

    terça-feira, 7 de janeiro de 2014

    Brasil sofre com a baixa taxa de investimentos, de 19% do PIB

    Temeroso diante do intervencionismo estatal e inseguro com o fraco desempenho da economia, o empresariado preferiu engavetar projetos à espera de ventos mais favoráveis

    Rosana Hessel | Correio Braziliense | 07/01/2014 

    O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, é taxativo sempre que instado a explicar o baixo nível de crescimento do Brasil: “Sem investimentos produtivos, não há como esperar um desempenho mais forte do PIB (Produto Interno Bruto). O consumo das famílias funciona como suporte, mas o que dá a dinâmica da atividade, para cima ou para baixo, são os investimentos”.

    A visão cristalina de Tombini só agiganta o desafio a ser enfrentado pelo próximo comandante do Brasil quando 2015 chegar. Açoitado por uma onda de desconfiança estimulada pelo governo, o país amarga uma retração do capital poucas vezes vista na história recente. Temeroso diante do intervencionismo estatal e inseguro com o fraco desempenho da economia, o empresariado preferiu engavetar projetos à espera de ventos mais favoráveis.

    Não à toa, a taxa de investimentos do Brasil em relação ao PIB está estacionada entre 18% e 19%. Quando tomou posse, em 2011, a presidente Dilma Rousseff prometeu elevar, até o fim de seu mandato, esse índice para, pelo menos, 24%, uma vez que o Brasil havia se tornado um canteiro de obras com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). O discurso, porém, logo se mostrou vazio. Além de o governo não conseguir tocar os empreendimentos que havia abraçado, por total ineficiência, espantou o espírito animal dos empresários ao intervir em áreas sensíveis, como a de energia, para obter dividendos políticos.

    Frustração
    O resultado não poderia ser diferente: o crescimento econômico despencou. Depois de muito se debater, o Palácio do Planalto acreditou que, ao lançar um grande programa de concessões à iniciativa privada de portos, rodovias, aeroportos e ferrovias, conseguiria levantar os ânimos dos donos do dinheiro. Mas a frustração foi grande. Ao adotar uma postura pouco amistosa ao capital, acreditando que poderia fixar as margens de lucros, viu seu projeto de privatização quase naufragar. Somente depois de mudar as regras dos editais e de tornar os projetos rentáveis, conseguiu obter os primeiros resultados positivos.

    segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

    Inflação deve encerrar 2014 em 5,97%

    A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,97%. A expectativa é de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central e, de acordo com essa pesquisa, a inflação em 2014 será maior do que no ano passado (5,74%).

    As projeções estão distantes do centro da meta de inflação estabelecido pelo governo (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.

    Um dos instrumentos usados pelo BC para influenciar a atividade econômica e, por conseqüência, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    No ano passado, o Copom elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais. A taxa encerrou 2013 em 10% ao ano. A expectativa das instituições financeiras é que na reunião do comitê, neste mês, a Selic seja elevada em 0,25 ponto percentual e, posteriormente, haja novo ajuste em igual patamar. Assim, a taxa deve terminar 2014 em 10,50% ao ano.

    A pesquisa do BC também traz a mediana (desconsidera os extremos das projeções) das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que é 5,40% este ano.

    A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) é 6% em 2014 e para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção é 6,01%.

    A estimativa para os preços administrados é 4%, este ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.

    06/01/2014| Agência Brasil

    domingo, 5 de janeiro de 2014

    O que é valor?

    O que é valor?

    Esquerda Marxista - [Rob Sewell] O que é valor? Esta questão tem intrigado a mente humana por mais de dois mil anos.

    Os economistas burgueses clássicos lidaram com a questão, como o fez Marx. Depois de muito debaterem, encontraram a ideia correta de que o trabalho era a fonte de valor. Isto, então, se tornou um dos pilares da economia política burguesa, começando com Adam Smith. Sobre esta questão, havia um terreno comum entre Marx e os economistas burgueses clássicos.

    Contudo, para os economistas burgueses isto representava um paradoxo e um beco sem saída. “O homem que encontrou o caminho para sair deste beco sem saída foi Karl Marx”, explicou Friedrich Engels. Para Marx, que continuou a desenvolver e aprimorar a teoria do valor, ela foi o meio para a descoberta das leis de movimento do capitalismo e da mais-valia. Por esta razão, a teoria do valor torna-se o principal alvo de todos os adversários de Marx. “A mercadoria mais abundante da maioria dos escritores antimarxistas é a exposição dos absurdos desta doutrina”, declarou A. D. Lindsay, o ex-Mestre de Balliol College, Oxford, em 1931.

    O que é fonte de riqueza?