terça-feira, 30 de julho de 2013

IDH dos municípíos: renda das famílias avançou. Educação, também, mas precisa melhorar muito

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou nesta segunda-feira (29) um retrato do Brasil nas últimas duas décadas. Na média, o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros melhorou bastante. Houve aumento da renda e da expectativa de vida. Brasil dobra índice de qualidade de vida, longevidade e educação em 20 anos. A educação também avançou, mas ficou bem longe do ideal e foi o indicador que menos contribuiu para o resultado positivo.

Em 20 anos, o Brasil quase dobrou o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, considerado muito baixo, para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, aponta o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. No período, país registrou crescimento de 47,8% no IDHM. Um indicador importante, a renda das famílias, avançou. Outro, a educação, também, mas ainda precisa melhorar muito, segundo os pesquisadores. Eles dizem que é muito grande a desigualdade de renda e de acesso aos serviços básicos entre os municípios, entre as regiões e entre as pessoas.

sábado, 27 de julho de 2013

País volta a depender de especulador para equilibrar contas externas

País volta a depender de especulador para equilibrar contas externas

Sílvio Guedes Crespo
O Brasil voltou a depender dos especuladores internacionais para compensar o dinheiro que sai do país com importação de bens e serviços.
No primeiro semestre, saíram das nossas fronteiras US$ 3 bilhões por meio do comércio (exportações menos importações), US$ 22 bilhões por meio de serviços prestados no exterior (como viagens) e US$ 20 bilhões na forma de rendas, de acordo com dados do Banco Central. Por outro lado, entraram US$ 2 bilhões por meio de remessas feitas por brasileiros que moram no exterior.
Esses quatro números formam o grupo de dados que o Banco Central chama de transações correntes. Em conjunto, essas operações ficaram negativas em US$ 43 bilhões no primeiro semestre, ou seja, essa foi a quantia que deixou o país por meio do comércio de bens e serviços, por meio de renda e das remessas feitas por pessoas físicas.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Enquanto as ruas pedem mais investimentos, governo anuncia "cortes" e ataca previdência pública!,

 por Atnágoras Lopes

Com cortes anunciados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não repassará R$ 4,5 bilhões ao INSS e ainda suspenderá a convocação de servidores concursados, conforme defende a presidente Dilma.

O anuncio do corte de R$ 10 bilhões nas “despesas”, andou longe de atender as expectativas do “mercado”. Esse é o centro da crítica que faz a grande mídia e os economistas liberais de plantão. No fundo eles defendem a mesma coisa que o Governo: manter intacto os compromissos com o pagamento (sangria) da dívida pública.

No que isso dialoga com o clamor das ruas? Em absolutamente nada. Na verdade, se observado a fundo, esse “corte”, mesmo nos itens como passagens, diárias e locação de veículos, entre outros, quando efetivados (e já vimos isso antes), de fato só afetará as condições de trabalho de vários servidores, especialmente os que têm como principal atividade a fiscalização e combate aos diversos crimes praticados contra o país e contra as pessoas. Assim, mais uma vez, serão sacrificados setores e demandas dos trabalhadores, como a situação indígena e ambiental, a sonegação fiscal e mesmo a precária fiscalização contra os altos índices de acidentes de trabalho.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Governo aumenta em R$ 10 bi cortes no Orçamento. Valor é o que a União gastará em juros com o aumento da Selic

Por Almir Cezar, de Brasília

O Governo anunciou na segunda-feira (22/07) o aumento de R$ 28 bilhões para R$ 38 bi cortes de recursos com contingenciamento de verba, medida para cumprir a meta fiscal do Governo e evitar o não endividamento do País.  O bloqueio previsto para que o governo atinja a meta de superávit primário de 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto). O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. Porém, esse corte corresponde ao valor que a União gastará em juros com o aumento da Selic anunciada na semana passada.

Segunda-feira foi o último dia para o envio ao Congresso Nacional do relatório bimestral de receitas e despesas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega e a ministra do Planejamento Miriam Belchior anunciaram cortes adicionais de recursos do Orçamento Geral da União. A arrecadação em queda com a desaceleração da atividade econômica e as desonerações às empresas justificaram em parte a decisão da redução nas despesar para manter a meta de superávit primário.

Nos EUA, homens trabalham mais horas do que mulheres

Nos EUA, homens trabalham mais horas do que mulheres
25/07/2013 - FOLHA DE SÃO PAULO

Homens e mulheres norte-americanos que estão empregados em tempo integral têm uma diferença menor de remuneração do que a que se verifica em geral.

Uma pesquisa do departamento de trabalho dos EUA mostra que os homens que têm emprego integral (lá, isso significa 35 horas por semana) trabalham um pouco a mais do que as mulheres. São 8,46 horas diárias contra 7,87.

Os dados são de 2012.

Eles também mostram que as pessoas que não fizeram curso superior trabalham mais horas (7,97 por dia) do que as que fizeram faculdade (7,57).

De acordo com a área da economia pode haver diferenças significativas. Por exemplo, quem está empregado nas áreas de agricultura e pesca gasta em média 6,92 horas no trabalho; no setor de instalação, manutenção e reparos, fica-se, em média, 8,35 horas por dia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dívida Pública Federal cresce R$ 50 bilhões em junho

Influenciada pela emissão de títulos públicos a bancos oficiais, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 2,6% em junho. De acordo com dados divulgados, há pouco, pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 1,985 trilhão, com alta de R$ 50 bilhões em relação ao estoque registrado em maio.

A dívida pública mobiliária - em títulos públicos - interna subiu 2,94%, passando de R$ 1,841 trilhão em maio para R$ 1,895 trilhão em junho. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 39,01 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, o Tesouro reconheceu R$ 15,05 bilhões em juros. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Inflação: mais eficaz é baixar tarifa e reforma agrária

Monitor Mercantil, 19/07/2013

Analistas criticam elevação de juro para 8,5% alta de preços recente

Especialistas da Auditoria Cidadã da Dívida Pública consideram a redução das tarifas de serviços concedidos e controlados pelo governo, avançar com a reforma agrária e fortalecer a agricultura familiar como a melhor forma de combater a inflação anual de 6,7% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e não a elevação da Taxa Selic para 8,5%.

Em análise divulgada no portal eletrônico da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, os seus técnicos ressaltam que a observando-se dos dados do IPCA e “ponderando-se cada item ao seu respectivo peso na cesta de consumo, verifica-se que 57% da inflação ocorrida nos últimos 12 meses decorre do aumento dos preços de alimentos e dos preços administrados pelos próprios governos”. O peso estaria na soma dos itens como alimentos, taxa de água e esgoto, combustíveis, energia elétrica, transporte público, plano de saúde, cursos regulares e telefonia.”

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Corte: governo aumenta em R$ 10 bi cortes no Orçamento

Valor corresponde exatamente o que a União gastará com juros a mais com o aumento da taxa Selic

Medida para cumprir a meta fiscal do Governo e evitar o não endividamento do País, o Governo anunciou o aumento de R$ 28 bilhões para R$ 38 bi cortes de recursos com contingenciamento de verbas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega e a ministra do Planejamento Miriam Belchior anunciaram, na segunda-feira (22/07), os cortes adicionais de recursos do Orçamento Geral da União. O Governo pretende ampliar em os cortes para cumprir a meta de esforço fiscal.

O bloqueio está previsto para que o governo atinja a meta de superávit primário de 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto). O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. Segunda-feira foi o último dia para o envio ao Congresso Nacional do relatório bimestral de receitas e despesas. O esforço do governo é para evitar cortes nas áreas sociais. No começo do mês, Mantega disse que os cortes ficariam em aproximadamente R$ 15 bilhões, envolvendo principalmente despesas de custeio. Ele informou que o governo se empenha para não aumentar os impostos. - O importante é cumprir a meta de 2,3% e ela será obtida a qualquer custo - disse ele, na ocasião.

Pela terceira vez seguidae com a inflação desacelerando, no dia 10/07 o Banco Central (BC) reajustou a taxa básica de juros (Selic). Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano.  Segundo cálculos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o aumento de 0,5 ponto porcentual na taxa leva o governo a gastar R$ 10 bilhões a mais, com o pagamento de juros da dívida pública. O valor supera o triplo da quantia destinada a ajuda aos municípios (R$ 3 bilhões) ou para a construção de creches (R$ 3,2 bilhões), determinada após as manifestações que tomaram as ruas do país.

A queda na arrecadação com a desaceleração da atividade econômica e as desonerações
De acordo com o Ministério do Planejamento, R$ 4,4 bilhões da verba contingenciada vêm de despesas discricionárias (não obrigatórias), que foram cortadas. Os R$ 5,6 bilhões restantes vêm da reestimativa de despesas obrigatórias, cujos valores foram revisados para baixo pela equipe econômica. Segundo o governo, investimentos e programas sociais foram poupados do corte.

Dilma se reúne com ministros no Planalto para tratar de cortes no Orçamento

Nova tesourada: Ministros anunciam nesta tarde cortes adicionais no Orçamento

A presidente Dilma Rousseff se reuniu, na manhã desta segunda-feira (22), no Palácio da Alvorada, com os ministros do Planejamento, Miriram Belchior; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e da Fazenda, Guido Mantega, para tratar dos cortes no Orçamento. O governo deve definir ainda hoje o corte adicional de recursos do Orçamento Geral da União.O bloqueio está previsto para que o governo atinja a meta de superávit primário de 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto). O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.

Terminou por volta das 13h a reunião em que a presidente Dilma Rousseff. Mantega e Miriam Belchior anunciam, hoje à tarde, cortes adicionais de recursos do Orçamento Geral da União. Os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda apresentarão hoje, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias referente ao terceiro bimestre de 2013. O anúncio aconteceu às 15h30 , no auditório principal do bloco K, na Esplanada dos Ministérios.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Debate 'O Brasil nas ruas: uma nova etapa histórica?'


Debate
O Brasil nas ruas: uma nova etapa histórica?
Com 
José Jorge de Carvalho (professor de Antropologia) e
Rodrigo Dantas (professor de Filosofia)

Quando: Dia 15 de julho (segunda-feira) 19 horas 

Onde: Memorial Darcy Ribeiro - Universidade de Brasília. Brasília-DF

sábado, 13 de julho de 2013

Alta nos juros custa o triplo da ajuda aos municípios.

Copom eleva taxa Selic em 0,5 ponto, para 8,5%, e vai gastar mais R$ 10 bi em juros, custa o triplo da ajuda aos municípios. Contudo, a tendência não é de alta nos preços. Inflação para terceira idade cai e fecha trimestre em 1,26%

Alta na Selic custa o triplo da ajuda aos municípios
Monitor Mercantil, 10/07/2013 

Copom eleva taxa em 0,5 ponto, para 8,5%, e vai gastar mais R$ 10 bi em juros

Pela terceira vez seguida, e com a inflação desacelerando, o Banco Central (BC) reajustou a taxa básica de juros (Selic). Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano. 

Segundo cálculos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o aumento de 0,5 ponto porcentual na taxa leva o governo a gastar R$ 10 bilhões a mais, com o pagamento de juros da dívida pública. O valor supera o triplo da quantia destinada a ajuda aos municípios (R$ 3 bilhões) ou para a construção de creches (R$ 3,2 bilhões), determinada após as manifestações que tomaram as ruas do país.

“O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, justificou o Copom em comunicado. 

Em abril, o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos, depois de quase dois anos sem aumento, e elevou a Selic para 7,5% ao ano. Desde agosto de 2011, a taxa vinha sendo reduzida sucessivamente até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor nível da história. A Selic foi mantida nesse nível até março deste ano.

Analistas ouvidos pelo MM, como os economistas Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Plínio de Arruda Sampaio Júnior, da Universidade de Campinas (Unicamp), avaliam que o verdadeiro objetivo da alta de juros é evitar a fuga de capitais, após especulações em torno de mudanças na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Inflação para terceira idade cai e fecha trimestre em 1,26%
Agência Brasil, 11/07/2013

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação para pessoas com mais de 60 anos, registrou taxa de 1,26% no segundo trimestre deste ano. O resultado é inferior ao observado no primeiro trimestre, que havia sido de 1,82%, de acordo com a Fundação Getulio Vargas.

A principal contribuição para a queda da inflação do IPC-3i veio do grupo de despesas com alimentação, cuja taxa passou de 6,52% no primeiro trimestre para 0,55% no segundo trimestre. O destaque foram as hortaliças e os legumes, que registraram deflação (queda de preços) de 4,04% no segundo trimestre. No primeiro trimestre, esses produtos tiveram inflação de 46,67%.

Também tiveram queda na taxa os grupos de despesa com transportes (que passou de 1,47% no primeiro trimestre para 0,09% no segundo), despesas diversas (de 4,90% para 0,40%), educação, leitura e recreação (de 2,45% para 0,73%) e comunicação (de 0,79% para -0,55%).

Por outro lado, três grupos de despesas tiveram aumento da taxa: habitação (de -0,74% para 1,70%), saúde e cuidados pessoais (de 1,50% para 2,66%) e vestuário (de 0,67% para 2,78%).

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Atividade econômica tem queda de 1,4% em maio

Atividade econômica tem queda de 1,4% em maio
Agência Brasil

A atividade econômica apresentou queda de 1,4% em maio, em relação ao mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje. Foi a maior queda registrada na série história, iniciada em 2003, para o período, nesse tipo de comparação.

A retração veio depois de dois meses seguidos de alta no indicador, de acordo com os dados revisados. Em abril, comparado a março, a expansão do índice revisado ficou em 0,96%.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 2,28% (sem ajustes). No ano, o IBC-Br apresentou expansão de 3,01%, e em 12 meses encerrados em maio, de 1,74%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.

O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O crepúsculo de Eike

Ao final de junho de 2013, começaram a surgir rumores de que as empresas de Eike não teriam condições de honrar seus compromissos com os credores e teria que renegociar dívidas de curto prazo. Isso gerou temor entre os investidores. As empresas negaram. 

A petroleira OGX começou a derreter na Bolsa de Valores após ter anunciado a suspensão de projetos. Bancos reduziram sua expectativa de preço para a ação, chegando a falar em R$ 0,10 por papel. Agências de risco cortaram a nota de crédito da empresa para níveis pré-calote, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu investigar se se houve falhas na divulgação de informações sobre as reservas de petróleo da companhia.

 Os protestos populares que invadiram as ruas de todo o país podem dificultar um possível socorro do governo às empresas de Eike, segundo artigo do jornal britânico "Financial Times". A tese do jornal é de que, com o povo nas ruas clamando por ética na política, vai ser mais difícil o governo usar o dinheiro dos impostos para socorrer Eike se suas perdas persistirem.

Em meio à crise de confiança das empresas de Eike e ao derretimento das ações na Bolsa, a situação do bilionário virou motivo de piada nas redes sociais. Internautas criaram a hashtag #EikeGenteComoAGente e deram "dicas" para o empresário lidar com uma eventual pobreza.

Em meio à crise de confiança junto ao mercado, Eike deixa o cargo de presidente e membro do conselho de administração da empresa de energia MPX. O objetivo é tentar aliviar a pressão sobre a empresa, considerada uma das mais saudáveis do grupo EBX, ao lado da mineradora MMX. Com a saída do empresário, a MPX deve perder a letra "X" do nome

 Em meio à crise, o grupo EBX busca reestruturar-se. Isso inclui a venda de ativos ou até do controle da MPX (energia) e da MMX (mineração), as empresas mais saudáveis. Com esses recursos, o grupo deve pagar aos maiores credores. Se tudo der certo, o império do homem que chegou a ser o sétimo mais rico do mundo ficará praticamente reduzido a uma petroleira de médio porte e um porto ainda em construção.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Senado reduz recursos do petróleo para a educação, atendendo à vontade do governo

No fim da semana passada, o Senado alterou o projeto votado na semana passada na Câmara, que destina parte da renda do petróleo para educação, atendendo à vontade do governo.

Pelas projeções feitas pela Consultoria Técnica da Câmara do Deputados, calcula-se que em 2022 o projeto do Senado destinará para esta área social cerca de 0,35% do PIB, valor totalmente insuficiente para aumentar dos atuais 5% do PIB para 10% do PIB anuais investidos na educação.   Agora, o projeto volta à Câmara, que decidirá qual versão será aprovada. Ainda que se opte pela proposta da Câmara, seriam destinados, em 2022, apenas cerca de 1% do PIB para a educação.   

O Ministro da Educação Aloizio Mercadante confirmou que “o montante dos royalties não será suficiente para garantir o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, previstos no PNE 2011-2020 (Plano Nacional da Educação).” 

Produção industrial recua

Em maio, produção industrial recua em nove dos 14 locais pesquisados
Jornal do Brasil - 05/07 

A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de abril para maio, série com ajuste sazonal, também foi observada em termos regionais, já que nove dos quatorze locais pesquisados tiveram quedas, segundo o IBGE. 

Os recuos mais intensos foram em São Paulo (-3,7%), parque industrial mais diversificado do país, e Santa Catarina (-2,5%), que tiveram altas no mês anterior: 1,1% e 0,1% respectivamente. Ceará (-1,9%), Rio de Janeiro (-0,8%), Região Nordeste (-0,6%), Pará (-0,4%), Espírito Santo (-0,3%), Amazonas (-0,2%) e Bahia (-0,1%) também mostraram taxas negativas, embora menos intensas que a média nacional (-2,0%). 

Por outro lado, Goiás (3,2%), mostrou o avanço mais acentuado, recuperando parte da perda (-4,7%) acumulada em março e abril. Os demais resultados positivos foram em Minas Gerais (1,1%), Paraná (0,9%), Rio Grande do Sul (0,7%) e Pernambuco (0,6%).

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Perdas milionárias dos trabalhadores com empresas de Eike

Investidores têm perdas milionárias com empresas de Eike
Prejuízo com ações das empresas X atingem fundo Postalis
Jornal do Brasil - 05/07

O midiático empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, que controla diversas empresas cujas ações vêm derretendo no mercado de capitais, está impondo prejuízos milionários a vários investidores que embarcaram em seu sonho. O mais recente perdedor da praça é o fundo de pensão dos funcionários dos Correios, Postalis, que sente o gosto amargo de um déficit de R$ 985 milhões nos últimos dois anos. Uma parcela considerável desse valor é referente à liquefação dos investimentos nas empresas de Eike.

Novos lançamentos de livros e revistas marxistas

Resenhas dos últimos lançamentos de livros e revistas marxistas.
http://literaturamarxista.wordpress.com/

BOLETIM MENSAL - Nº23 - JULHO DE 2013

1. LIVROS


A ARTE NO MUNDO DOS HOMENS, de Celso Frederico

Marx e Engels não produziram um pensamento estético sistemático, mas estabeleceram as bases – e ofereceram material para – para a elaboração de uma estética a partir do materialismo histórico. Esta foi uma das principais tarefas que Lukács se colocou ao longo de toda sua vida. Celso Frederico, no livro A arte no mundo dos homens, analisa as tensões, contradições e possibilidades da empreitada lukácsiana no sentido de se pensar uma teoria estética.

Para mais informações, clique em:
http://literaturamarxista.wordpress.com/2013/06/09/a-arte-no-mundo-dos-homens/

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mais pobres pagam a conta da ineficiência do transporte


O valor das passagens de ônibus subiu em nível 65% superior ao da inflação entre 2000 e 2012, acima do custo de automóveis particulares e da gasolina. Com isso, a demanda por transporte público registrou queda de 25%, em comparação com os anos 90, gerando um círculo vicioso que favorece, novamente, o aumento das tarifas. Para a parcela de famílias que corresponde aos 10% mais pobres do país, o impacto médio do gasto com transporte público na renda domiciliar é de 13,5%, enquanto a média total, que inclui famílias de todos os níveis de renda, é de 3,4%. No primeiro semestre, o Brasil registrou recorde de vendas e de produção de automóveis novos.

Para a parcela de famílias que corresponde aos 10% mais pobres do país, o impacto médio do gasto com transporte público na renda domiciliar é de 13,5%, enquanto a média total, que inclui famílias de todos os níveis de renda, é de 3,4%. A informação consta da nota técnica Tarifação e financiamento do transporte público urbano, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira.

Andar de carro fica mais barato que de ônibus nos últimos 12 anos

Portal R7, 04/07/2013

Transporte público sobe acima da inflação, mas o mesmo não ocorre com veículo próprio

Usuários do transporte privado (carro ou moto) têm tido menos gastos do que quem precisa do transporte público nos últimos 12 anos, conclui o estudo “Tarifação e financiamento do transporte público urbano”, realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e divulgado nesta quinta-feira (4). 

Os aumentos das tarifas de ônibus, metrô e trem têm ocorrido acima da inflação, enquanto o cenário oposto é observado nos custos com veículo próprio. 

Enquanto a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve alta de 125% no período de janeiro 2000 a dezembro 2012, o índice de aumento das tarifas dos ônibus teve alta de 192%. Esse encarecimento foi, portanto, 67 pontos percentuais acima da inflação. 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Bndes diz ter emprestado R$ 10,4 bilhões a Eike Batista

Em meio ao derretimento do preço de mercado nas bolsas de valores das empresas do Grupo EBX controlada pelo bilionário Eike Batista o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgou que tem mais de R$ 10,4 bilhões empacado no grupo. O banco de fomento informou que tem a emprestado soma R$ 10,4 bilhões às empresas do Grupo EBX.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Prefeituras anunciam mais subsídios para passagem. Custo é um mistério

por Almir Cezar

No mês de junho centenas de municípios subiram o valor das passagens do transporte público, mas,  em série, as tarifas voltaram atrás, após as manifestações populares contrárias ao aumento. As prefeituras ainda não sabem de onde tirarão os milhões de reais por mês para custear a volta do valor. Somente a isenção de impostos para o setor não é suficiente para a medida. Uma saída que está sendo analisada é dar subsídio direto às empresas. Contudo, a medida esbarra nos problemas de caixa que os municípios brasileiros vêm passando.  No entanto, não informam o quanto é pago às empresas, e o cálculo do custo das passagens.

Custo misterioso

Algumas cidades no passado recente criaram fundos municipais de Transportes, do qual é previsto retirar mensalmente o pagamento, feito às operadoras de ônibus, das gratuidades. Hoje, em muitos casos, até 70% da gratuidade é subsidiada. Porém, os municípios não informam o quanto total é pago às empresas. Contudo, sem caixa para mais subsídios e isenções, uma solução anunciadas por algumas prefeituras seria retirar recursos da Dívida Ativa municipal, mandando para leilão imóveis com impostos atrasados. Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional fixam a isenção total de vários impostos federais. Há também propostas de lei de abatimento na dívida do município com o Tesouro Nacional dos recursos com subsídio à gratuidade e redução nas tarifas.

Por sua vez, o cálculo do custo da tarifa de ônibus é um mistério. Em algumas cidades sabe-se que os valores são negociados com os sindicatos ou diretamente entre prefeitura e empresários. Algumas câmaras de vereadores instalaram Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI), contudo, dominadas pelas respectivas bancadas governistas. Desde a semana passada vários veículos da grande impressa sem retorno pedem acesso a planilhas de custo usadas pelos municípios para determinar o valor das passagens. 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Governo terá que escolher entre as ruas ou mercados. Medo de inflação e meta fiscal limitam concessões às ruas


Enquanto milhares de pessoas ocupam as ruas para pedir melhores serviços de saúde e educação e exigir uma redução das tarifas de transporte público. O mercado financeiro, do outro lado, cobra do governo o cumprimento de metas fiscais e mais rigidez no controle da inflação. A situação cria um intrincado dilema econômico que será um dos grandes desafios do governo Dilma Rousseff no caminho até as eleições de 2014. Embora o ministro Guido Mantega prometa que não haverá cortes de investimento públicos e respeito a meta fiscal e de inflação, os protesto em Brasília exigem mais gastos para saúde, educação e transporte, os quais os mercados competem em recursos.

Segundo economistas-chefes de grandes bancos ouvidos pela grande mídia, temos pressões que a princípio são contraditórias sobre a questão fiscal, embora haja uma convergência na demanda pelo controle da inflação.  A pressão para um enxugamento dos gastos do governo e temores de uma aceleração dos preços de fato limitam as concessões que o governo pode fazer no curto prazo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

10 anos de governos do PT em treze ensaios

Frisa-Eisenstein-r2-copy

marxismo21blog que divulga a produção marxista no Brasil, publica em sua página inicial o Dossiê  “10 anos de governos do PT”. Treze ensaios – que têm três autores desta lista - discutem a natureza de classes e a relação dos governos petistas com a política neoliberal. Outras matérias (artigos, livros, tese e vídeos) sobre o assunto são divulgadas. Com este Dossiê, marxismo21 inova ao dedicar a página inicial do blog ao debate de uma problemática de ordem conjuntural.