quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Salve a Aldeia Maracanã e o Museu do Índio! A Ação cultural aconteceu sábado, 12/01

por Almir Cezar Filho
fotos: Eduardo Araujo Almeida


Nesse último sábado à noite houve uma intervenção política cultural em favor da Aldeia Maracanã, no local. Disponibilizaram uma estrutura de voz e violão para a participação de músicos, cantores, instrumentistas, poetas que queriam participar fortalecendo a visibilidade do protesto e a corrente a fim de impedir o despejo definitivo com ameaça de se concretizar no dia seguinte domingo dia 13, mas a resistência foi vitoriosa e mobilizou toda a sociedade carioca centenas de apoiadores e ativistas foram até a aldeia prestar solidariedade e foi o terceiro assunto mais comentado em toda a internet.


A luta prossegue, pois a ameaça de demolição continua e caso seja efetivada, a área dará lugar a um estacionamento. Essa mobilização mostrou que unificado os movimentos sociais no RJ podem fazer a diferença, e que existirá vida após os megaeventos, parabéns a todos e todas, que participaram de alguma forma nessa resistência, nossa  caminhada segue...

"[...] Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles negros e índios supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Como descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da maldade destilada e instilada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria."
"A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista." ("O Povo Brasileiro" 1995, p.120). é uma obra do antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro.

Por isso, não podemos deixar que a cultura indígena seja esquecida, pois suas raízes e sua história são parte do Brasil Contemporâneo, e muito mais antiga que os 500 anos da nação brasileira.

Índios somos todos nós.

(atualizada em 1h34)


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