segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Quase metade do Orçamento de 2014 vai para juros e amortizações da dívida

O governo federal prevê a destinação de apenas 3,31% do valor total do Orçamento Anual de 2014 para a Educação e 4% (R$ 100,3 bilhões) para a Saúde. Para pagamento de juros e amortizações da dívida pública, contudo, o Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA), aprovado na madrugada do dia 18 de dezembro, prevê a destinação de 42% (R$ 1,003 trilhão) do total de R$ 2,48 trilhões.

Informações do grupo Auditoria da Dívida afirma que “esse valor consumido pela dívida corresponde a 10 vezes o valor previsto para a saúde, a 12 vezes o valor previsto para a educação, e a 4 vezes mais que o valor previsto para todos os servidores federais (ativos e aposentados) ou 192 vezes mais que o valor reservado para a Reforma Agrária”.

A Auditoria da Dívida assegura que “esse privilégio mostra que o endividamento é o maior problema do gasto público brasileiro, e afeta todas as áreas sociais. Diante disso e tendo em vista as inúmeras comprovações denunciadas pela CPI da Dívida realizada na Câmara dos Deputados (2009/2010), de falta de contrapartida dessa dívida, além de ilegalidades e ilegitimidades, é urgente realizar completa auditoria, conforme previsto na Constituição Federal. Conheça mais sobre o assunto no livro Auditoria Cidadã da Dívida – Experiências e Métodos”.

“Bônus” para emendas em ano eleitoral
Ainda do total da previsão de receita aprovados, os parlamentares designaram uma espécie de “plus” no valor de R$ 2 milhões para emendas parlamentares patrocinadas pelos integrantes da Comissão Mista do Orçamento (CMO), líderes partidários e presidentes de outras comissões. Informações da imprensa dão conta de que senadores e deputados federais ameaçaram não aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014 caso o Palácio do Planalto não assumisse o compromisso de pagar esse “plus” ainda este ano para obras em seus redutos eleitorais.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Fator previdenciário ‘rouba’ mais 2% da aposentadoria

por Almir Cezar
para o site da ANOTA

Uma notícia boa (o aumento da expectativa de vida do brasileiro apurado pelo IBGE) leva a uma notícia ruim: isso implica na elevação do "fator previdenciário". Esse redutor provoca perda média de 40% no valor das aposentadorias e obriga o trabalhador para ganhar o teto, tempo de trabalho extra ainda maior. O problema é que a cada ano o tempo para o teto aumenta, distanciando o trabalhador da idade para se aposentar.

A divulgação, nesta segunda-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da revisão para cima da expectativa de vida do brasileiro fará com que as pessoas que a partir de agora entrem com pedidos de aposentadoria percam, em média, 2% no valor final do benefício em relação aos pedidos feitos até o último sábado.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Como fugir de uma ceia de Natal mais cara em 2013

por Almir Cezar, de Brasília
para o site da ANOTA

A ceia deste Natal do brasileiro vai ficar mais cara, em média vai ficar 8,10% mais cara do que em 2012, segundo a pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). E ainda, o preço da ceia de Natal varia até 132%  - no interior ainda chega a ser maior, 182% apurou a Fundação Procon-SP, fenômeno que se reflete por todo o Brasil. Então as famílias precisam levar em consideração a grande variação e o forte aumento nos preços dos itens na hora de escolherem qual será o prato principal da ceia de Natal.

Os levantamentos consideraram itens que devem fazer parte das compras de Natal: arroz branco, batata inglesa, cebola, couve mineira, frutas, farinha de trigo, frango inteiro, ovo, frango especial, lombinho suíno, pernil suíno, bacalhau, azeite de oliva, óleo de soja, maionese, azeitona em conserva, azeitona em conserva a granel e vinho.

sábado, 21 de dezembro de 2013

"Natal do brasileiro em 2013 ficou mais caro. Como fazer pra ceia ficar mais em conta"

ECONOMIA É FÁCIL, com Almir Cezar

Quadro no Programa "Censura Livre" - Rádio Aliança FM 98,7 - São Gonçalo - RJ
Tema de hoje (21/12/2013): "Natal do brasileiro em 2013 ficou mais caro. Como fazer pra ceia ficar mais em conta"

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Gasto com juros em 2014 será 10 vezes maior do que com a Saúde e 12 da Educação

Gasto com juros é 10 vezes maior do que com a saúde
Rentistas levam R$ 1 tri do Orçamento, 12 vezes mais do que o destinado à educação

O valor destinado no Orçamento para 2014 ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública. corresponde a dez vezes o previsto para a saúde, a 12 vezes o destinado à educação e a quatro vezes mais ao previsto para todos os servidores federais (ativos e aposentados). A comparação é do economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida, ao analisar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano que vem, aprovada na madrugada de quarta-feira pelo Congresso Nacional.

Do total de R$ 2,4 trilhões orçado, o economista destaca que R$ 1,002 trilhão (42%) será destinado ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Ávila, que defende a realização de uma "completa auditoria da dívida, conforme previsto na Constituição", acrescenta que os gastos financeiros representam a 192 vezes mais que o valor reservado para a reforma agrária.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Dinheiro público em aeroportos recém-privatizados

Uma das justificativas para privatização não era trazer capitais privados para investimento em infraestrutura? Por que então o empréstimo de um banco público e com juros subsidiados?

Bndes aprova R$ 4,27 bi para aeroportos de Guarulhos e Brasília

A direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) aprovou a concessão de dois empréstimos de longo prazo para os aeroportos de Guarulhos e de Brasília, totalizando R$ 4,27 bilhões. Os recursos destinam-se à ampliação, modernização e exploração da infraestrutura dos dois aeroportos e também servirão para quitar os empréstimos-ponte concedidos aos dois concessionários pelo Bndes..

Maior aeroporto do país, Guarulhos será apoiado com R$ 3,48 bilhões. Neste total, está incluído R$ 1,2 bilhão relativo ao empréstimo-ponte concedido em outubro de 2012, a ser pago quando ocorrer o primeiro desembolso para a Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. (GRU Airport).

Já a Inframérica Concessionária do Aeroporto de Brasília S.A. receberá R$ 797,1 milhões. No primeiro desembolso deste financiamento será pago o empréstimo ponte de R$ 488 milhões, concedido em dezembro último.

No caso do financiamento para a ampliação, manutenção e expansão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, a participação dos recursos do Bndes será de 64% do total dos investimentos, enquanto que no projeto do Aeroporto Internacional de Brasília ela será de 61%.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

No Senado Tombini diz que BC busca meta de inflação de 4,5%

No Senado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirma que busca meta de inflação de 4,5%. Isso abre a seguinte pergunta: se é difícil ficar dentro do teto (2% para mais), que esse ano é de 6,5%, que arrocho monetário seria necessário para se atingir o centro da meta? E porque perseguir exatamente esse percentual? E não devemos nos esquecer que, se o aumento dos juros continuar, o crescimento econômico ficará ainda mais difícil.

Tombini: Banco Central busca a meta da inflação de 4,5%
Jornal do Senado | 11/12/2013

Alexandre Tombini (C) fala à CAE  ao lado de Altamir Lopes,
Carlos Araújo, Lindbergh Farias  e Delcídio do Amaral 
(Foto: Marcos Oliveira)
O presidente do Banco Central disse aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos que a instituição não está acomodada diante dos atuais índices, próximos ao teto

O Banco Central vai continuar se esforçando para fazer a inflação convergir rumo à meta anual de 4,5%, afirmou ontem o presidente Alexandre Tombini em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Tombini respondeu os questionamentos dos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Armando Monteiro (PTB-PE) quanto a uma possível acomodação da inflação no teto da meta, de 6,5% — a variação acumulada de 12 meses, medida pelo IPCA, está em 5,77%.

Também em resposta a Dornelles e Armando, o presidente do BC negou artificialismo no controle da inflação, pelo fato de o governo segurar preços administrados, como os dos combustíveis, para compensar a alta nos chamados preços livres (sobre os quais o governo não exerce nenhum controle).

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Inflação desacelera

Inflação oficial (o IPCA) de novembro desacelera puxada pelos alimentos e bebidas, porém, habitação, transporte e despesas pessoais puxam em sentido contrário. Justamente os preços controlados e intensivo em mão de obra. O IPCA fecha em 12 meses em 5,77%, abaixo do teto da meta de inflação de 6,5%.

IPCA desacelera em novembro e registra aumento de 5,77% em 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,54% em novembro, contra 0,57% no mês anterior. Em 12 meses, o IPCA acumulou variação de 5,77% e, no ano, a variação é de 4,95%. O IPCA Administrados (que engloba os preços controlados pelo governo) apontou alta de 0,48% em novembro (contra 0,14% em outubro) e variação de 0,94% em 12 meses. A leitura de novembro apontou que o grupo Alimentação e Bebidas registrou expressiva desaceleração (de 1,03% para 0,56%), com impacto de 0,14 ponto percentual sobre o IPCA (a maior dentre todos os grupos). Em sentido oposto, apontaram alta outras duas categorias de grande relevância para o indicador Habitação (de 0,56% para 0,69% e impacto de 0,10 p.p) e Transportes (de 0,17% para 0,36% e impacto de 0,07 p.p). As fontes de pressão que justificam tal movimento foram o aumento de 1,63% nas contas de energia elétrica e o incremento de 6,52% no preço das passagens aéreas, respectivamente.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,54% em novembro, contra 0,57% em outubro. Em 12 meses, o IPCA acumulou variação de 5,77%.

Alimentos e bebidas: O grupo registrou expressiva perda de ritmo, ao passar de 1,03% para 0,56% entre outubro e novembro. Em 12 meses, o grupo registrou alta de 8,63%.

Habitação: O grupo apresentou aceleração entre outubro (0,56%) e novembro (0,69%), mantendo-se como uma das principais fontes de pressão inflacionária (impacto de 0,10 p.p sobre o IPCA, o segundo maior no mês). Em 12 meses, o grupo registrou alta de 3,52%.

Transportes: O grupo mostrou forte aceleração entre outubro (0,17%) e novembro (0,36%). Em 12 meses, o grupo registrou alta de 2,18%.

Despesas pessoais: O grupo acelerou na passagem de outubro (0,43%) para novembro (0,87%). Em 12 meses, o grupo registrou alta de 9,04%.

Monitor Mercantil | 06/12/2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Economia recua 0,5% e apresenta pior resultado desde 2009

Portal da CSP-Conlutas | 06/12/2013

 Agropecuária, Investimentos e Serviços são os setores mais afetados; números colocam em xeque imagem de Brasil distante da crise

O Produto Interno Brasileiro (PIB) apresentou queda de 0,5%, comparando o terceiro trimestre de 2013 ao segundo trimestre do ano, e apesar da possibilidade de expansão em 2,5% até o fim do trimestre corrente, este é o pior resultado para a economia do país desde 2009.

Os setores mais afetados desde o segundo trimestre são o de agropecuária e investimentos, e segundo o IBGE, o mesmo período também apresentou leve queda de “despesa de consumo da administração pública”.

A pesquisa aponta que a agropecuária foi um dos principais setores em queda, com recuo de 3,5% de julho a setembro na comparação com o trimestre anterior, e assim, o resultado reflete a instabilidade do modelo de agronegócio no país, apresentado pelas autoridades como o grande propulsor da economia, a partir das grandes safras de produtos como a soja, por exemplo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Selic volta aos 2 dígitos: explode cheque especial e contas públicas e derruba a economia

por Almir Cezar

Na quarta-feira passada  (03/12) a maior taxa de juros do mundo voltou aos 2 dígitos, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) de 9,5% para 10% ao ano. Esse aumento ainda não mexeu com o faturamento das empresas e com a taxa de desemprego, porém faz explodir os juros cheque especial e obriga as famílias a comprometerem quase metade de sua renda em dívidas, complica as contas públicas e derruba o PIB, e ainda aumenta a desindustrialização.

Esse aumento foi o sexto seguido de abril para cá, quando a taxa estava em 7,25%, no nível mais baixo desde que o Copom foi criado, em junho de 1996. Contudo, a alta de juro dos bancos é bem superior à da Selic, e já subiam antes do anúncio, informa o BC, o Copom apenas ‘sancionou’ nova rodada de aumento, para taxas de até 145% ao ano. Entre setembro e outubro, os juros do cheque especial subiram em 1,2 ponto percentual, para inacreditáveis 144,5% ao ano. As dívidas já consomem 45% da renda familiar. Entre setembro e outubro, os juros do cheque especial subiram em 1,2 ponto percentual, para inacreditáveis 144,5% ao ano. O percentual de inadimplentes no Brasil não aumenta porque o desemprego segue em baixa e a renda em alta.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Banqueiros, governo e oposição de direita conseguem no STF adiar reparo de tunga de rendimentos de planos econômicos

Como se sabe, o STF adiou a decisão sobre o caso sobre perdas no rendimento de cadernetas de poupança por causa de planos econômicos que se arrasta há, até 27 anos, para o ano que vem. É mais uma prova da força no Brasil da coalização política pró-rentismo. Em manifesto enviado às vésperas do julgamento ao Supremo Tribunal Federal (STF), todos os ex-ministros da Fazenda vivos e ex-presidentes de Banco Central, entre eles nomes emblemáticos como, FH, Pedro Malan, Zélia Cardoso de Mello, Antônio Palocci e Maílson da Nóbrega, além dos atuais ocupantes dos cargos, Guido Mantega e Alexandre Tombini, respectivamente, pediram que o STF barre o pleito de poupadores que viram suas economias expurgadas por quatro planos econômicas. 

Supremo adia conclusão do julgamento sobre perdas com planos econômicos
Agência Brasil, 27/11/2013

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quarta-feira (27/11) que o voto dos ministros no julgamento das ações que sobre perdas no rendimento de cadernetas de poupança por causa de planos econômicos será proferido somente em fevereiro do ano que vem. Os ministros decidiram, porém, iniciar o julgamento, para que as partes envolvidas e os advogados façam a sustentação oral.

O adiamento da conclusão do julgamento partiu de um pedido do ministro Marco Aurélio, que considerou inadequado iniciar a análise do processo a poucas sessões do começo do recesso no Judiciário. A proposta foi aceita pela maioria do plenário.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Economia brasileira caiu no 3° trimestre. Faturamento também caí, mas segue em alta no ano

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, refletindo a nova escalada de juros deflagrada pelo Banco Central a partir de abril, que vem travando a economia. O PIB totalizou 1,21 R$ trilhão no período de julho a setembro, segundo dados divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB se manteve estável no primeiro trimestre deste ano e cresceu 1,8% no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, a economia brasileira teve crescimento de 2,2 %. O PIB cresceu 2,4 % no acumulado do ano e 2,3% no acumulado de 12 meses. Por outro lado, apesar da queda de 1,2% registrada em outubro, na comparação com setembro, o faturamento da indústria acumula crescimento de 4,6% no ano, de acordo com os Indicadores Industriais de outubro, divulgados ontem (2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Então, enquanto o faturamento acumulado no ano seguir em alta, apesar da queda na economia, não haverá "gritaria" contra as sucessivas altas dos juros.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Marxismo e teoria da dependência, por Álvaro Bianchi

Blog Convergência | novembro 29, 2013 |por Alvaro Bianchi

A necessidade de desenvolver uma interpretação de nossa realidade torna a trajetória do marxismo latino-americano desviante. Perry Anderson (2004) analisou o deslocamento que ocorreu no marxismo europeu do pós-guerra para os temas da filosofia e da crítica literária. A necessidade de o marxismo interpretar a América Latina e, particularmente, o Brasil impediu que a pesquisa histórica, social, política e econômica sofressem o mesmo deslocamento. Pode-se, até mesmo, dizer que a filosofia e a crítica literária brasileiras foram desde cedo marcadas pela análise histórica e social, inclusive no marxismo, ou seja, que o objetivo explícito dessa filosofia e dessa crítica literária foi, senão sempre pelo menos na maioria das vezes, interpretar o Brasil.[1]

Isso é evidente naqueles autores já citados que assumiram como desafio o estudo da formaçãodo Brasil. Mas pretendo apresentar de modo mais detalhado um caso que tinha tudo para ser a realização do “marxismo ocidental” no Brasil, mas que nunca o foi: o lendário “Seminário d’O Capital”, aquele grupo de estudos sobre a obra de Marx integrado por José Arthur Giannotti, Fernando Henrique e Ruth Cardoso, Paul Singer, Fernando Novais, Octávio Ianni e outros.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Dívida pública volta a ultrapassar os R$ 2 tri

 Puxada por juros, alta do débito em um mês equivale a 37% do orçamento da Educação

Pelas contas do governo, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro. Só a alta da dívida em um mês equivale a 37% do Orçamento, de R$ 81,2 bilhões, destinado à Educação em todo este ano.

A dívida pública mobiliária – títulos em poder do público – interna subiu 1,91%, de R$ 1,897 trilhão, em setembro, para R$ 1,933 trilhão, em outubro. Isso ocorreu porque, mês passado, o Tesouro emitiu R$ 18,62 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, reconheceu R$ 17,53 bilhões em juros. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Quando os contratos valem só para os ricos

Quando os contratos valem só para os ricos

Governo Dilma e bancos se unem para pressionar o STF a votar contra o ressarcimento das cadernetas de poupança


O então presidente José Sarney anuncia o Plano Verão, em 1989
O Supremo Tribunal Federal está prestes a julgar as ações de antigos poupadores da caderneta de poupança prejudicados nos vários pacotes econômicos editados por sucessivos governos nas décadas de 1980 e 1990. O STF vai decidir se os bancos devem ou não ressarcir o prejuízo que os planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor (1991) e Collor II (1992) representaram a milhares de aplicadores.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

No Brasil, 1/4 da baixa renda está endividada

E 56% RECORREM A NOVOS EMPRÉSTIMOS PARA PAGAR DÍVIDAS

O comprometimento do rendimento das famílias brasileiras de baixa renda entre janeiro de 2005 até dezembro de 2012 chegou a 23%. Segundo estudo do Instituto Fractal de Análises de Mercado, que acompanhou o comportamento das operações durante sete anos, 26,7% dos entrevistados, que têm dívidas com o sistema financeiro e renda de até R$ 1,5 mil fez algum tipo de empréstimo pessoal nesse período.

O estudo acrescenta que 53% solicitaram crédito uma vez e 36,8% uma vez a cada dois anos. Para 55,8%, o principal objetivo do empréstimo é pagar dívidas vencidas ou a vencer.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Livro com texto inédito de Ruy Mauro Marini, 'el maestro em rojo y negro'

por Vitor Hugo Tonin

Prezados,

Envio-lhes um novo produto deste esforço cada vez mais continental de resgatar e difundir a obra Ruy Mauro Marini, El maestro em rojo y negro, que me parece ser um excelente título para um trabalho de compilação de textos e de homenagem a Marini. Afinal El maestro era como Ruy era carinhosamente chamado pelos militantes do Movimento Izquierda Revolucionaria chileno (MIR-Chile), organização política que resgatava toda a tradição revolucionária latino-americana expressa em suas cores: el rojo y negro.

O livro é organizado pelo Instituto de Altos Estudios Nacionales de La Universidad de postgrado del Estado do Equador com forte apoio de Patrício Rivas, ex-militante do MIR chileno e amigo pessoal de Ruy. É de Patrício Rivas o cuidadoso prólogo-homenagem do livro: El saber revolucionário y los términos de la dominación mundial, onde situa o surgimento da Teoria Marxista da Dependência ao problematizar as condições históricas da construção do conhecimento e que a grandeza desta geração não provem de um saber “autocentrado” mas da “aceleración histórica de los tiempos políticos” que se expressa através de intelectuais dispostos a se vincular organicamente a classe trabalhadora e à práxis revolucionária. Assim sintetiza Patrício: “intentar localizar los aportes de Ruy Mauro Marini no es un ejercicio fácil, ya que él condensa y personifica a ese intelectual nacido en la década de los cincuenta del siglo XX” y que se trata de um “sujeto singular que es intelectual y militante, y que desde el ámbito del pensamiento aporta modelos de trabajo para los propios movimientos sociales que no se someten a la cultura dominante”.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Racismo, Capitalismo e Socialismo

Hoje 20/11, dia em que se comemora pelo Brasil o Dia da Consciência Negra, em memória de Zumbi dos Palmares, republicamos aqui no blog um artigo que trata do fenômeno estrutural do racismo, sua vinculação com modo capitalista de produção, e a dúvida dos militantes socialistas e marxistas de que sua superação é possível no Socialismo.
por Almir Cezar

Dia 20/11 se celebra o Dia da Consciência
Negra em memória de Zumbi dos Palmares
Um tema que inquieta os militantes negros marxistas e socialistas em geral: no Socialismo haverá ainda racismo ou qualquer outra forma de discriminação ou preconceito? Podemos infelizmente dizer que sim., por uma série de motivos, em uma espécie de "herança maldita" do Capitalismo. Porém, apenas com o advento desse novo sistema sócio-econômico será possível superá-lo em definitivo na sociedade humana.

As contradições primárias e secundárias

A dialética explica que em todo sistema existem contradições primárias e secundárias. Ambas se desenvolvem sempre de maneira combinada e desigual. As contradições primárias são aquelas básicas em um sistema, que têm implicações gerais, totalizantes; logo têm mais importância que as secundárias, até por suas próprias implicações. Frequentemente originam as secundárias, quando não as absorvem, ou as retroalimentam, quando as precedem temporalmente.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Diagrama sobre teoria marxista do valor, trabalho e mercadoria

Diagrama para demonstrar visualmente a articulação dialética das relações entre valor de uso, valor de troca, mercadoria, dinheiro, trabalho abstrato e trabalho concreto.

Elaborado pela estudante de Filosofia e sindicalista Mácia Teixeira.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Preobrazhensky e a "Nova Economia" da Revolução de Outubro. As lições de um economista bolchevique aos marxistas de hoje

por Almir Cezar
A Revolução Russa não foi apenas liderada por Lênin e Trotsky. Como sabe boa parte da vanguarda socialista, ao lado deles havia toda uma série de importantes militantes revolucionários que participaram, e que ainda escreveram suas experiências e sua visão sobre o capitalismo, a transição da sociedade russa ao socialismo, as formas de mundializar a revolução, o combate às opressões, a questão cultural, etc. Não eram apenas intelectuais - militantes sindicais, jornalistas, artistas e advogados formavam o Partido Bolchevique. Entre esses, encontramos um economista, Eugeni Preobrazhensky (1886-1937), pai da planificação soviética, um dos pioneiros nos estudos marxistas do subdesenvolvimento e da transição econômica ao socialismo, e parceiro de Trotsky na luta contra a burocratização da URSS, com importantes lições aos marxistas de hoje.

Entretanto, apesar disso, sem nenhuma dificuldade, podemos apontar que diferentemente de outros pensadores, escritores e dirigentes políticos – desde nomes como Lênin, Trotsky, Bukharin, Zinoviev, Kamenev até Lunacharski, Maiacovski, Kollontai, Sverdlov, Gorki Riazanov ou Pashukanis, o nome de Preobrazhensky raramente aparece entre os marxistas na hora de recuperar o pensamento dessa revolução que deu início à trilha vermelha que marcou o século XX, inclusive entre os trotskistas (em detrimento de nomes menos importantes na época ou mesmo que foram inimigos de Trotsky). Os marxistas de tradição trotskista, com raras exceções, têm dado pouca importância aos materiais deste autor – o mesmo fazendo, infelizmente, com outros membros soviéticos da Oposição de Esquerda [1].

Cabe aqui, exclusivamente, restaurar, com poucas palavras, aos olhos dos trotskistas contemporâneos, especialmente dos morenistas (até porque o revolucionário trotskista Nahuel Moreno o utilizou para atualizar o trotskismo nos anos 1980 [2]), esse brilhante intelectual marxista, dirigente partidário e administrador socialista. Deve-se, por um lado, apontar os necessários aportes que seu pensamento permite para encararmos a luta socialista no século XXI e, por outro, enfrentar as polêmicas na Economia Política com os apologistas do sistema burguês e/ou com os reformistas revisionistas do marxismo. Cabe, também, por fim, homenagear a luta da Oposição de Esquerda, antecessora do movimento trotskista internacional, que findou há 86 anos (1927).

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O serviço público necessita de políticas afirmativas? Sim

A presidenta Dilma Rousseff enviou na terça-feira (5) ao Congresso projeto de lei, em caráter de urgência constitucional, que destina 20% das vagas em concursos públicos federais para negros. “A sociedade brasileira tem que arcar com as consequências do longo período escravocrata”, disse a presidenta.

O anúncio do projeto de lei foi em meio à 3ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), que reuniu até quinta-feira (7), 1.400 representantes de todos os estados e do Distrito Federal, entre convidados, membros do Poder Público e da sociedade civil, para debater as políticas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade. E não por acaso, acontece em novembro, mês da Consciência Negra, em que se comemora na maioria das grandes cidades e em vários estados, o feriado de Zumbi dos Palmares, em 20/11. A medida estabelece prazo de 45 dias para votação do projeto na Câmara e o mesmo período para o Senado, caso contrário tranca a pauta da Casa e proíbe a votação de outra matéria.

Embora, o projeto de lei da presidenta Dilma tenha óbvios fins eleitorais e viés populista, fica a pergunta de fundo: o serviço público necessita de políticas afirmativas? A resposta é sim, são necessários à medida que no serviço público, apesar do acesso pelo "meritocrático" concurso público, são presentes fortes desigualdades raciais e de gênero entre seus trabalhadores, e que os mecanismos de promoção parecem influenciados e reprodutores da desigualdades às mulheres e aos negros.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Moreno e os 85 anos do debate sobre a 'Revolução Permanente'

por Almir Cezar
Nahuel Moreno, 1987 (Foto: LIT-QI)
A teoria marxista deve uma grande contribuição a Nahuel Moreno, especialmente, para a vertente trotskista. Atualizando-a sem, contudo, desvirtuá-la. Procurou resgatar o processo político e teórico que culminou com a formulação da versão final de Leon Trotsky da “Teoria da Revolução Permanente”, recuperando para isso a importância do debate travado entre 1927-1928 desse com E. Preobrazhensky e K. Radek.

O Marxismo deve uma grande contribuição a Nahuel Moreno, que em 2013 completam 25 anos de sua morte. Nas palavras do economista marxista Ernest Mandel, seu maior oponente político, “Moreno foi um dos últimos representantes do punhado de quadros dirigentes trotskistas que, depois da Segunda Guerra Mundial, manteve a continuidade da luta de Leon Trotsky em circunstâncias difíceis”. Uma das grandes contribuições de Moreno para a teoria trotskista (legitima sucessora do marxismo revolucionário na época de decomposição do capitalismo e da iminência de revoluções proletárias) foi atualizá-la sem, contudo, desvirtuá-la. 

Para tal, esse revolucionário procurou verificar a validade das teorias e das teses com as mudanças políticas, associando-as com a experiência concreta das várias décadas que se passaram após a elaboração das mesmas. Por sua vez, também foi buscar as bases teóricas e o contexto com que Leon Trotsky desenvolveu tais elaborações. Assim, procurou resgatar o processo político e teórico que culminou com a formulação da versão final de Trotsky sobre a “Teoria da Revolução Permanente”, no livro do mesmo título publicado em 1929. Dessa maneira, Moreno recuperou a importância do debate Preobrazhensky e Radek versus Trotsky, travado nos anos de 1927 e 1928, à 85 anos atrás. Um debate importante até porque o mesmo levou Trotsky a escrever “Revolução Permanente”, isto é, levou-o a sistematizar pela primeira vez a sua interpretação sobre essa teoria, que até então divulgava de maneira dispersa ou dissolvida a outras questões. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Revista acadêmica traz dossiê sobre teoria marxista da dependência

Já está na internet o volume 3 do número 1 da Revista Pensata, organizada pelos estudantes de pós-graduação em Ciências Sociais da Unifesp. O presente número abre com um dossiê sobre o papel da teoria marxista da dependência no pensamento social latinoamericano, com artigos de Fernando Prado e Rodrigo Castelo, Carlos Eduardo Martins, Roberta Traspadini, Marisa Amaral e Pedro Henrique Duarte.

A revista está disponível gratuitamente no endereço  http://issuu.com/fernandoasantana/docs/pensata3

Abaixo reproduzimos o sumário completo do dossiê
  • O início do fim? Notas sobre a teoria marxista da dependência no Brasil contemporâneo, de Fernando Correa Prado e Rodrigo Castelo
  • O pensamento de Ruy Mauro Marini e sua atualidade para as ciências sociais, de Carlos Eduardo Martins
  • Ruy Mauro Marini e a teoria marxista da dependência: da invisibilidade forjada à visibilidade reconstruída, de Roberta Traspadini
  • Breves considerações acerca das teorias do imperialismo e da dependência ante a financeirização do capitalismo contemporâneo, de Marisa Silva Amaral
  • Entre o desenvolvimento e a dependência: uma crítica ao neoestruturalismo cepalino, de Pedro Henrique Evangelista Duarte

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Rombo nas contas públicas aumenta. Mantega culpa o seguro-desemprego, esquece dos juros e das desonerações

por Almir Cezar 

Ministro da Fazenda Guido Mantega, principal integrante 
da equipe econômica do governo Dilma, e responsável pelas
contas públicas (Foto: EBC)
Governo Central registra déficit de mais de R$ 10 bilhões em setembro. Em meio a explicações, Mantega anunciou seu mais novo 'bode expiatório' para as contas públicas: o seguro-desemprego.

 O resultado fiscal do Setor Público consolidado de setembro de 2013 é o pior desde dezembro de 2008, que registrou saldo negativo de R$ 19,9 bilhões. No acumulado do ano, o superávit chega a R$ 27,943 bilhões ou 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), contra R$ 54,802 bilhões ou 1,69% do PIB do mesmo período de 2012.

Os "cabeças de planilha" sempre são incomodados com o seguro-desemprego e a previdência.O problema não estão em ambos. O rombo nas contas é devido outras coisas: as desonerações burras feitas ano passado e esse ano, a baixa arrecadação com desaceleração econômica e, obviamente, os três aumentos na Selic. Segundo estudos, a cada aumento de 0.5 pontos percentual na Selic o gasto público com dívida aumenta R$10 bilhões. Portanto, a solução sobre o "descontrole" nas contas públicas, não se dá sobre o gasto não-financeiro, mas sobre a taxa de juros e despesas financeiras.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

‘É o pré-sal, estúpido!” Notícias negativas da mídia internacional contra o Brasil têm interesses

Notícias negativas contra o Brasil de grandes veículos internacionais de finanças e economia como o Financial Times, especialmente contra a Petrobras, a petroleira de Eike Batista e os leilões do pré-sal, na verdade, têm interesses por trás.

‘É o pré-sal, estúpido!”
Marcos de Oliveira | Jornal Monitor Mercantil | 07/11/2013

O naufrágio da OGX foi o mote para o vetusto Financial Times despejar sua bílis ideológica contra a Petrobras e o governo brasileiro. Em editorial nesta quinta-feira, o FT busca uma ligação fantasiosa entre a petroleira de Eike Batista e o que classifica de “variedade de problemas que afetam a indústria do petróleo do Brasil”.

Relacionar o fracasso de uma empresa pré-operacional cujas promessas o próprio jornal avalizou, com uma das maiores companhias de petróleo do mundo, com 60 anos, descobridora das maiores reservas de óleo internacionais na última década, seria motivo para demitir o editorialista. Ou no mínimo, alojá-lo na seção de horóscopo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Encontro Nacional de Saúde dos Trabalhadores

A CSP-Conlutas realiza, de 8 a 10 de novembro, o 1º Encontro Nacional de Saúde dos Trabalhadores(as), na sede do Sindicato dos Petroleiros, em São José dos Campos (SP). O prazo de inscrições se encerra no hoje, dia 05 de novembro.

No Encontro, representantes sindicais e especialistas em saúde do trabalhador vão debater e votar um programa de luta voltado ao combate dessa realidade. Apesar do grande desenvolvimento tecnológico, cada vez mais trabalhadores morrem no local de trabalho ou em decorrência de doenças ocupacionais.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), por dia cinco mil pessoas morrem em todo mundo vítimas de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. São três mortes a cada minuto. No Brasil, em 2011, foram registradas quase três mil mortes em decorrência de acidentes de trabalho.

O Encontro será um importante momento para discutir as experiências e realidades de várias categorias e construir um programa de lutas que ponha fim nos acidentes e mortes no local de trabalho e pressione os governos a acabar com reformas que atacam a saúde dos trabalhadores.

Inscrições – As inscrições deverão ser feitas até o dia 5 de novembro. Os interessados deverão pagar uma taxa no valor de R$ 20 e enviar a ficha devidamente preenchida para o e-mail setorialsaudedotrabalhador@cspconlutas.org.br

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Boletim mensal do blog Literatura Marxista

BOLETIM MENSAL INFORMATIVO - Nº27 - NOVEMBRO DE 2013
BLOG LITERATURA MARXISTA
http://literaturamarxista.wordpress.com/

1. LIVROS

A POLÍTICA E AS LETRAS, de Raymond Williams

Baseado em uma série de entrevistas concedidas à New Left Review, este livro perpassa e faz uma profunda reflexão sobre a vida e a obra extremamente abrangente e original de Raymond Williams. Ao recorrer a um formato de entrevista diferente do usual em jornalismo, em que os entrevistadores também argumentam, Perry Anderson, Anthony Barnett e Francis Mulhern, produzem nestas páginas um requintado debate sobre a atividade intelectual. Editado em cinco partes – biografia, cultura, drama, literatura e política – o livro apreende, entrelaçando-as, a trajetória pessoal e intelectual de Williams.

Para mais informações, clique em:
http://literaturamarxista.wordpress.com/2013/10/27/a-politica-e-as-letras/

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lançamento do livro 'Anarquismo e Comunismo'

Livro 'Anarquismo e Comunismo' em fase de finalização
Para ajudar a entender a atual conjuntura surgida desde junho em meio a onda de grande protestos que varreu o Brasil e a erupção de grupos e movimento se reivindicando anarquista ou sob essa inspiração, está em fase de finalização um clássico marxista pela Editora José Luiz e Rosa Sundermann, "Anarquismo e Comunismo", do economista e revolucionário russo Evgueni Preobrazhenski.

Para conhecer mais sobre a vida, lutas, obras e pensamento de Preobrazhenki, visite outras postagens aqui mesmo no blog.

Também aqui o livro Anarquismo e Comunismo se encontra disponível gratuitamente em versão digital em espanhol.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Inflação pode ser reduzida sem afetar crescimento, diz artigo do La Nación

Inflação pode ser reduzida sem afetar crescimento, diz artigo do La Nación  
Jornal do Brasil | 24/10/2013

o economista  argentino Javier Gonzalez Fraga apresenta uma teoria em que diz ser possível conter a inflação sem afetar o crescimento do país. O artigo do especialista tem destaque no jornal argentino La Nación desta quinta-feira (24/10). O texto afirma ainda que a inflação já não é um problema para a grande maioria dos países. "Há mais de 10 países com inflação superior a 10%, entre as quais a Argentina, Venezuela, Belarus e sete países africanos. A parte restante, ou seja, 95% dos países têm inflação abaixo de 10% e, mais, menos do que 5%", estima Fraga.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aonde há menos concursados, servidores têm pior desempenho

Manifestação dos servidores públicos federais em frente
 do Palácio do Planalto fortemente reprimida (Foto: ABr)
Há fatores que podem melhorar o desempenho de servidores públicos e, consequentemente, garantir mais eficiência na gestão pública. Quanto maior o grau de escolaridade, maior a possibilidade de o servidor transitar entre diferentes órgãos; e quanto maior a proporção de concursados, melhor o desempenho da burocracia. 

É o que revela a tese de doutorado defendida pela pesquisadora Aleksandra Pereira dos Santos no Programa de Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações. 

A pesquisadora analisou uma amostra com dados de 1.156 servidores de carreira nas áreas de Políticas Públicas, Gestão, Planejamento, Orçamento, Tecnologia da Informação, Fiscalização e Controle. Utilizou, ainda, informações fornecidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão sobre ministérios, autarquias e fundações. 

A metodologia aplicada foi a multinível, conhecida em pesquisas na área de Educação, mas pouco utilizada na Gestão Pública. Trata-se, segundo a pesquisadora, "de incentivar o sistema de mérito pela estruturação de carreiras, cujos servidores devem ser selecionados por concurso público e mantidos com base em critérios de mérito que levem em conta a capacidade de mediar conflitos, atuar no contexto e orientar as respectivas organizações públicas por valores éticos e democráticos." 

Fonte: http://unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=8137

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

VERGONHA NACIONAL: Dilma entrega o pré-sal brasileiro que valia 1,5 trilhão de dólares pela ninharia de R$ 15 bilhões de reais

www. cspconlutas.org.br | 21/10/2013
  
Um leilão rápido. Menos de uma hora. Assim a maior bacia do pré-sal brasileiro foi entregue para as mãos do capital privado internacional. Uma produção estimada em 1,5 trilhão de dólares para o Brasil foi vendida pelo seu preço mínimo: 15 bilhões de reais. É uma vergonha! Uma entrega inaceitável!

Agora, a área de Libra que, em 10 anos, será o maior campo produtor do Brasil, está partilhado nas mãos de diversas empresas: a Petrobras terá 40%; a Shell, anglo-holandesa, terá 20%; também terá 20% a francesa Total e 20% da empresa ficam com as chinesas CNPC e CNOOC – 10% cada uma, que começam a entrar pesado no mercado brasileiro.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

(PlayStation 4) O problema da Sony Brasil: Uma simples questão matemática

 http://www.gamegen.com.br/

Depois de quatro dias agitados, onde a internet brasileira falou muito sobre o preço do PlayStation 4 nacional, a Sony Brasil decidiu mostrar porque o console vendido no Brasil é tão caro. Mas, o grande problema em abrir para o consumidor os valores pagos em impostos, margens e no console em si, foi mostrar que tudo não passa de um grande problema matemático, onde os números tentam nos enganar.

Primeiro, vejamos a imagem postada no PlayStation Blog com a composição do preço do PlayStation 4:


Conseguiu alguma coisa estranha?

O gráfico mostra que os impostos, que em teoria somam um total de R$2.524, é responsável por 63% do valor do produto. Mas, esse cálculo, de 63%, está sendo feito sobre o valor de venda do produto, R$3.999, e não sobre o valor de importação, que seria de R$858.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Grupo de estudos marxistas da UFF lança revista acadêmica Marx e o Marxismo

Capa da primeira edição da revista
Acaba de ser lançada a revista acadêmica Marx e o Marxismo. Autodefinida como uma revista como uma publicação marxista, aberta para todos os campos do conhecimento social e para a reflexão teórica. A revista está sob o comando do NIEP-Marx (Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Marx e o Marxismo) da Universidade Federal Fluminense, um grupo que defende o rigor necessário, teórico e analítico, envolvendo o debate franco entre pesquisadores.

Entendendo que a tradição materialista crítica do marxismo, com seu teor ontologicamente subversivo e revolucionário, o grupo e a revista está aberta à polêmica e ao debate, ao mesmo tempo em que exige seriedade teórica, coerência na análise empírica e pertinência no enfrentamento ao capitalismo. De maneira intransigente assume a riqueza da herança de Marx e Engels.

 A Revista Marx e o Marxismo, expressa a proposta constitutiva do NIEP Marx, defende uma concepção materialista da história, para a qual “o ser social determina a consciência social”: os homens fazem sua própria história, mas de acordo com condições que não são determinadas apenas por suas vontades, mas por situações objetivas, que envolvem dimensões materiais e sociais nas quais as ideias encontram seu pleno sentido.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

As falácias dos que defendem o leilão do campo de Libra

O autor do texto esclarecedor é o combativo  Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras – Aepet, que nos diz:

“Muitos equívocos têm sido cometidos pelo que mudaram de Lado e tentam justificar as suas novas posturas neoliberais com sofismas, manipulações ou falácias. Exemplos disto são o PT, o PCdoB o PDT e alguns jornalistas outrora bons”.

Siqueira relaciona as 7 falácias recorrentes mais repetidas pelos defensores do leilão, que ele repele e invalida com sua argumentação sólida de profundo conhecedor dos fatos, que testemunha de perto e por dentro durante toda a sua vida profissional. Ele discorre:

“1) A falácia maior: “a Petrobrás não tem recursos para explorar Libra”.

Ora, um campo desta magnitude dá a qualquer empresa que for explorá-lo um imenso poder de tomar recursos fartos e baratos no mercado financeiro. Nenhum ativo é mais forte para garantir empréstimos do que o petróleo. O Governo Chinês está oferecendo às suas empresas os recursos para desenvolver Libra. O Governo brasileiro tem tirado da Petrobrás os recursos, obrigando-a a importar gasolina a R$ 1,72 e vender para as suas concorrentes a R$ 1,42 por litro. Isto fere a Lei 6404/76, das SA.

2) “O Governo vai ficar com 75 a 80% do petróleo de Libra”.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

6 razões pelas quais privatizações geralmente terminam em desastres

O professor universitário norte-americano Paul Buchheit dá alguns exemplos de como o modelo privado não supera o público em diversas áreas nos EUA

Por Paul Buchheit, em Alternet. 
Original aqui. Tradução de Isadora Otoni.
Revista Fórum

Sistemas privados estão focados em gerar lucros para as poucas pessoas bem posicionadas. Sistemas públicos, quando abastecidos suficientemente por impostos, funcionam para todo mundo de uma forma igualitária.

Em seguida, as seis razões específicas que mostram o porquê privatizações simplesmente não funcionam.

1. A motivação por lucro move a maioria do dinheiro para o topo

O administrador do sistema de saúde federal ganhou como salário 170 mil dólares em 2010. O presidente do MD Anderson Cancer Center, no Texas, recebeu dez vezes mais em 2012. Stephen J. Hemsley, o CEO da United Health Group (Grupo Único de Saúde), ganhou 300 vezes mais em um ano, 48 milhões de dólares, a maior parte por causa das ações da empresa.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Selic sobe mais uma vez e o Brasil volta a ter os juros mais alta do mundo

Gráfico 1
por Almir Cezar
especial para a ANOTA

Há uma semana a taxa básica de juros (Selic), chegou à 9,5% ao ano, a maior taxa básica de juros reais do mundo. O Banco Central realizou na terça e quarta-feira da semana passada a penúltima reunião do ano para discutir o processo de ajuste da política monetária, iniciado em abril. A Selic antes do fim de 2013 deve  ainda registrar mais uma alta consecutiva e fechar o ano em 10%, na suposta tentativa de que o índice de inflação oficial feche o ano próximo do teto da meta, em 6% ao ano. Embora a inflação esteja em baixa, a alta é fruto dos lobbies do mercado financeiro, apesar dos severos prejuízos aos empregos e consumidores, às vésperas do Natal e fim de ano.

Para ler mais clique aqui.

Seminário internacional 'O sistema da dívida na conjuntura nacional e internacional'

O movimento Auditoria Cidadã da Dívida organiza o seminário internacional O SISTEMA DA DÍVIDA NA CONJUNTURA NACIONAL E INTERNACIONAL, em Brasília em 11, 12 e 13 de novembro.

O seminário visa a possibilitar também o conhecimento sobre o orçamento público, direitos sociais, carga tributária, evidenciando a influência da dívida pública em todos esses instrumentos, conectando a análise da conjuntura nacional e a internacional.

A preferência é pela participação de estudantes, tendo em vista a enorme carência de informações sobre o Sistema da Dívida e seu impressionante impacto na economia nacional e na vida de todas as pessoas.

Durante o evento, será lançado o livro “Auditoria Cidadã da Dívida: Experiências e Métodos”.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Economia do país praticamente não cresceu em agosto

O IBC-Br serve como uma prévia do PIB apurado pelo IBGE
A atividade econômica brasileira ficou praticamente estável em agosto, mostrou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira (16), com o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). A economia do país registrou leve alta de 0,08% em agosto em comparação com julho (quando teve queda de 0,34%).

No acumulado do ano, a prévia do PIB registrou alta de 2,76%, na comparação sem ajuste sazonal, a mais utilizada pelo mercado. O BC informou ainda que o índice mostrou alta de 1,72% na comparação com agosto de 2012 e acumula, em 12 meses, avanço de 2,31%.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dossiê 'Crise e desenvolvimento'

A revista Em Pauta, do programa de pós-graduação em Serviço Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), publicou o número 31 com um dossiê sobre crise e desenvolvimento

O dossiê reúne artigos de autores como Ana Elizabete Mota, Claudio Katz, François Chesnais, Jaime Osorio, dentre outros jovens pesquisadores, enviaram contribuições.

Um dos destaques dessa edição é o artigo O canto da sereia, sobre o papel do social-liberalismo e do novo-desenvolvimentismo na atual etapa superior do capitalismo dependente brasileiro, do professor Rodrigo Castelo da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro).

A obtenção de versões digitais é gratuita em formato .pdf.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Universidade abre curso sobre 'Marxismo na América Latina, diálogos sobre dependência e independência'

A Universidade de Integração Latino-americana (Unila), instituição federal de educação superior no Paraná, abre o curso 'Marxismo na América Latina, diálogos sobre dependência e independência'. O objetivo do curso é apresentar uma das vertentes do marxismo latino-americano: a Teoria Marxista da Dependência.

Nesse sentido, a proposta de “América Latina: Diálogos sobre dependência e independência” nasceu da demanda pelo aprofundamento criativo do debate acerca das características Latino-Americanas que ao mesmo tempo nos aproximam e nos diferenciam – cujo interesse particular é facilmente percebido em nossa região de fronteira.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Para dobrar a renda per capita em 15 anos

Para dobrar a renda per-capita em 15 anos
por José Luis Oreiro, 
no Jornal Valor Econômico

Recentemente participei do 10º Fórum de Economia de São Paulo, cujo tema  principal diz respeito à estratégia necessária para que o Brasil possa dobrar a  sua renda per-capita em 15 anos. A taxa de crescimento da renda per capita  requerida para tanto é 4,66% ao ano. Considerando que a população brasileira  cresce anualmente em torno de 0,6%, o PIB terá que crescer a taxa de 5,26% ao  ano durante todo esse período. Como nos últimos 20 anos (1992-2012) o  crescimento médio da economia brasileira foi de 2,96% ao ano, para dobrar a  renda per-capita brasileira num espaço tão curto de tempo seria necessário  aumentar a taxa de crescimento do PIB em quase 80%.

Dado que a taxa de desemprego da força de trabalho se encontra atualmente em  torno de 6%, número próximo a uma situação de pleno emprego, uma aceleração  dessa magnitude na taxa de crescimento do PIB real só será possível por  intermédio de um aumento significativo da produtividade do trabalho, o que exige  um aumento bastante expressivo do investimento, dado que as novas tecnologias  vêm, em geral, incorporadas em novas máquinas e equipamentos. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Orçamento 2014: Dívida consumirá mais de R$1 Trilhão

por Maria Lucia Fattorelli,
da Auditoria Cidadã da Dívida

O governo federal enviou ao Congresso Nacional a previsão orçamentária para 2014 com a impressionante destinação de R$ 1,002 TRILHÃO de reais para o pagamento de juros e amortizações da dívida, sacrificando todas as demais rubricas orçamentárias.

Esse dado chocante explica porque vivemos uma conjuntura marcada pela falta de atendimento aos direitos fundamentais e às urgentes necessidades sociais relacionadas principalmente aos serviços de saúde, educação, transporte, segurança, assistência, etc.

Explica, adicionalmente, o avanço das privatizações representadas pela  venda de patrimônio público e entrega de áreas estratégicas que representam  estrutura do Estado, comprometendo a segurança e a soberania nacional: portos, aeroportos, estradas, ferrovias, energia, comunicações, e principalmente petróleo.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Projeto quer regulamentar sistema financeiro e mudar o Conselho Monetário Nacional


Proposta elaborada pelos servidores da CVM e Susep prevê participação da sociedade civil 

Um projeto de lei, em tramitação no Senado, propõe regulamentar o sistema financeiro  e criar um substituto para o Conselho Monetário Nacional (CMN), com participação da sociedade civil. Elaborado pelos sindicatos de servidores do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a proposta foi apresentada pelo senador Gim Argello (PTB-DF).

O CMN é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional - compete: estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Bacen. Cabe a CMN a fixação das metas anuais de inflação, que orientam o Bacen no combate a alta na taxa de inflação.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A privatização faz mal ao Brasil. Leilão do petróleo, NÃO

'Todo Petróleo Tem que Ser Nosso' - Contra o Leilão de Libra

Lançamento de 'Trotsky e México: duas revoluções do século XX'

Cine ABI, em parceria com o Cineclube da Casa da América Latina

Apresentam: 
Trotsky e México - Duas Revoluções do Século XX

Direção de Adolfo García Videla (2006) - Documentário - 80 min.

10 de outubro 
quinta-feira
a partir das 18h30

domingo, 6 de outubro de 2013

Bancos manipulariam câmbio de moedas pelo mundo

Bancos internacionais estariam manipulando de forma coordenada a taxa de câmbio de moedas pelo mundo, num novo escândalo que atinge o setor. Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, esta manipulação estaria influenciando também os valores das moedas de países emergentes, como o real. Por dia, os grandes bancos vendem e compram trilhões no mercado de câmbio. A suspeita agora, porém, é de que os valores desses contratos e dessas moedas seriam fixados pelos bancos em pelo menos dois momentos do dia.

Segundo as autoridades financeiras da Suíça, país que concentra um dos maiores polos de bancos do mundo, "múltiplas instituições pelo mundo" estariam implicadas no novo escândalo. A suspeita é de que operadores (traders) de bancos estariam se coordenando para atuar justamente nesses momentos de avaliação, comprando ou vendendo moedas e, assim, influenciando em seu valor. 

Os suíços indicaram que a investigação não está ocorrendo apenas no país e que governos de várias partes do mundo estão colaborando. Por enquanto, os investigadores não revelaram nem os nomes do bancos afetados nem os países.

As informações são do jornal Estado de São Paulo.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Petrobras 60 anos: protesto e greve foram ‘presentes’ de aniversário

Paralisação de 24 horas pedindo reajuste,
suspensão do leilão do Campo de Libra e
 à terceirização de mão-de-obra.
Petroleiros de todo o país iniciaram nesta quinta-feira, dia em que a Petrobras comemorou 60 anos, uma paralisação de 24 horas que atinge funcionários nas plataformas, refinarias, nos terminais e escritórios da estatal e subsidiárias. Além da suspensão imediata do leilão do Campo de Libra, eles são contrários à terceirização de mão-de-obra e exigem reajuste no salário-base que, segundo eles, não ocorre há 17 anos.

Representantes de movimentos sociais fizeram uma manifestação na região da Avenida Paulista contra o leilão do Campo de Libra, no pré-sal, marcado para o próximo dia 21. “O Brasil acaba abrindo mão de uma riqueza estratégica, uma riqueza que deve estar sob nosso controle, uma riqueza que foi conquistada pela Petrobras, resultado de uma pesquisa dela, de um trabalho dela, com custo para o povo brasileiro. Não é correto que essa riqueza seja transferida para empresas que não gastaram nada”, disse Alberto Sousa, coordenador do Comitê Estadual de Defesa do Petróleo pela Soberania Nacional. 

No Rio, o protesto foi na Cinelândia, no centro da cidade, em apoio a greve dos professores da rede municipal. Há mais de dez dias, funcionários da Petrobras e representantes de movimentos sociais estão acampados em frente ao edifício-sede da estatal, no centro.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

'A volta dos que não foram...' Megacorporações privadas voltam a liderar ranking mundial de maiores empresas

por Almir Cezar

Ranking das maiores empresas:
mudança de posição 2009-2013
A última edição da prestigiosa revista estadunidense The Economist tem uma matéria interessante sobre o desencanto do mercado financeiro com  as grandes companhias de controle estatal com o título Back on top - The world’s biggest firms  ("Volta ao topo - as maiores empresas do mundo"). A pouco mais de ano e meio a capa da mesma da revista tinha o sugestivo título da capa The rise of state capitalism - the emerging world´s new model ("A ascensão do capitalismo de estado - a emergência do novo modelo mundial"), com uma arte em que figurava líder socialista Lênin ao estilo de um magnata empresarial, inclusive portando um charuto.

Em 2009 entre as 10 maiores companhias do mundo estavam bancos chineses, uma petrolífera chinesa e a Petrobras. Hoje, 9 das 10 maiores companhias são estadunidenses, e o capitalismo de "mercado" parece ter se salvado (veja o gráfico). Em quatro anos, as megacorporações privadas, especialmente dos EUA, UE e Japão, recuperaram à posição. Com uma pequena virada na conjuntura, as empresas privadas voltaram a sua condição tradicional: de centro do centro da acumulação de capital. Dá para afirmar que foi a "volta dos que não foram..."

Contudo, primordialmente a nova matéria (e a anterior) erram em vários aspectos analíticos da conjuntura:

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Serviços públicos paralisados nos EUA por impasse no Congresso. Economia mundial pode ser afetada

Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA.
Agências federais fecham até que se aprove acesso a fundos
 (Foto: Wikicommons)
por Almir Cezar

Impasse no Congresso dos Estados Unidos, cuja Câmara é controlada pela oposição (republicanos), bloqueia votação do orçamento nacional. Sem fundos votados, maior potência do mundo ficará possivelmente dias sem uma grande parte dos serviços públicos federais, o que pode levar até mesmo a uma retração em seu PIB. Essa paralisação representa novos riscos para a frágil economia mundial.

O encerramento da administração pública federal ('federal government shutdown') obrigará o governo a mandar para casa, sem salários, mais de 800 mil pessoas, entre 2,1 milhões de funcionários federais, durante o período em que ocorrer a escassez de fundos e que poderá custar mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos, segundo a Casa Branca. A emissão de dados econômicos será interrompida, os parques nacionais ficarão fechados, embora sejam mantidos serviços básicos como correio, controle de tráfego aéreo, emissão de cheques de pensões e a atividade de agentes policiais e de segurança. Há 17 anos o problema não ocorria.