quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lançamento do livro "O que é..." Conceitos fundamentais de política, economia e sociedade


"O que é...Conceitos fundamentais de política, economia e sociedade novo lançamento da Editora José Luiz e Rosa Sundermann

Coletânea de artigos de formação política básica, escrito por Henrique Canary e publicados no jornal Opinião Socialista, órgão oficial do PSTU, entre 2010 e 2012.

O objetivo desta série de artigos é explicar termos e conceitos políticos que todos nós já escutamos alguma vez, quem sabe já até utilizamos em conversas, mas não sabemos explicar. Ou seja, não se trata de um curso de formação completo, mas simplesmente do esclarecimento de alguns termos elementares.
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Desoneração das indústrias deve gerar perdas à Previdência e Tesouro

por Almir Cezar

O Plano Brasil Maior desonerou a folha de pagamento de quatro setores da indústria. Em vez de a contribuição previdenciária incidir sobre a folha de pagamento, a cobrança se dará com base no faturamento das empresas.

O governo, porém, não apontou até agora como pretende compensar os efeitos dessa renúncia fiscal sobre a Previdência Social e Tesouro Nacional.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Com aprofundamento da crise na Europa, aumenta o déficit das contas externas brasileiras

Almir Cezar
As contas externas brasileiras, segundo dados do Banco Central, tiveram saldo negativo em setembro de 2012, seguindo a tendência de cada vez mais com valores maiores ao longo do ano, muito provavelmente em decorrência do agravamento da crise na Europa, embora sendo por hora compensadas pelo crescimento do IED (investimento estrangeiro direto). Em uma óbvia consequência da capitalismo dependente brasileiro.

O déficit em transações correntes, saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior, chegou a US$ 2,596 bilhões, em setembro (16% maior do que o mesmo mês do ano passado), e acumulou US$ 34,123 bilhões nos nove meses do anos. A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou resultado negativo de US$ 1,823 bilhão, no mês passado, e de US$ 22,506 bilhões, de janeiro a setembro deste ano, correspondendo a mais de 65% do déficit em transações correntes. Ao se acompanhar atentamente o fluxo de capitais do país nos últimos meses observa-se que, com o aprofundamento da crise na Europa, a maior pressão sobre remessas de lucros e dividendos do Brasil tem origem em filiais de empresas daquele continente (em particular, as espanholas).

Até o momento, o déficit é compensado pelo fluxo de IED (investimento estrangeiro direto), mais do que suficiente para cobrir o saldo negativo em transações correntes, que em setembro, esses investimentos ficaram em US$ 4,393 bilhões. Provavelmente, o grande fluxo de IED vem à aquisição de empresas brasileiras por transnacionais e à implantação de novas filiais, atraídas pelas taxa de retorno (lucro) maiores que o Brasil proporciona no momento. Porém, em um futuro, estas remeterão lucros, dividendos e royalties  - vale lembrar que, só em 2011, apenas as montadoras de automóveis remeteram US$5,6 bilhões -, contribuindo tanto para futuros déficits, como para mais desnacionalização da economia, isto é, mais dependência. Em suma, ganhos aos empresários brasileiros e europeus, prejuízos aos trabalhadores.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Problema cambial é macroeconômica chave da UE

por Almir Cezar

O problema fundamental macroeconômico da União Européia (UE) é cambial: a taxa de câmbio implícita dos países endividados (Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda e Itália, também chamado, PIIGS) apreciou-se em relação a da Alemanha, porque nos últimos 15 anos os salários reais da Alemanha diminuíram (os últimos dez anos, a taxa de lucro e dividendos financeiros das empresas alemães cresceram 50%, enquanto a massa de salários caiu quase 10%) em relação ao dos países endividados. Contudo, sob as amarras de uma moeda única, não há como o câmbio dos países flutuar entre si.

Isso explica porque a Alemanha, a maior economia da UE, vem sentindo menos os efeitos da crise, até porque também recebe a remessa de lucros das suas multinacionais instaladas nos PIIGS. Por sua vez, esta economia está, de alguma forma, drenando os recursos das demais parceiras, até das poderosas, como a Itália, Grã-Bretanha, e até da França, a 2a. maior economia da UE, e 5a. do mundo.

E ainda,  o Governo resgata os bancos, que se superendivida, e aí bancos para "resgatarem" o Governo cobram taxas de juros altas, que este não consegue pagar. Como contrapartida exigem ajuste fiscal.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Nova classe média? Dados sobre moradia e saneamento questionam esse conceito

E agora Neri?
Fatos E Comentários | Jornal Monitor Mercantil |18/10/2012

Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, colocam um poderoso desafio para os criadores da "nova classe média" ("NCM") brasileira. Segundo o IBGE, 27 milhões de moradias do país, 47,5% do total, são consideradas inadequados. Por inadequado, entenda-se lugares nos quais pessoas vivem sem abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário, coleta de lixo e com mais de duas pessoas por dormitório. São 105 milhões nessas condições, mesmo número dos integrantes da "NCM", que tem no novo presidente do Ipea, Marcelo Neri, um dos seus inventores.

Realidade paralela
A discrepância entre os dois números é explicável pelas condições para o ingresso na "NCM". Pelos elásticos critérios de Neri, basta ter renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019. Os dados coletados pelo IBGE apontam, porém, para realidade bem diversa. Segundo a PNAD, nos domicílios considerados adequados, o rendimento médio era de R$ 3.403,57,

11,6 vezes mais o piso da "NCM" de Neri e 3,3 vezes superior ao teto. Mesmo nas residências inadequadas, a renda per capita, de R$ 732,27, é 2,5 vez maior do que o piso da "NCM". Os números do IBGE indicam que, em lugar da "NCM", os 105 milhões de brasileiros que vivem nessas condições pertencem ao SAECL (Sem água, esgoto e coleta de lixo).

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Servidores federais lançarão campanha pela anulação da reforma da previdência aprovada sob compra de votos



O julgamento dos envolvidos no chamado Mensalão trouxe novamente um tema de interesse público na política brasileira: as práticas vergonhosas de corrupção em torno da compra de votos de parlamentares para aprovação no Congresso Nacional de projetos de interesse do governo e de empresários. Uma verdadeira teia de práticas ilícitas com o dinheiro do povo brasileiro.


O ministro Celso de Mello do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou em suas considerações de votos que os atos parlamentares contaminados pela corrupção do Mensalão são passíveis de anulação.


Se refrescarmos a memória, lembrarmos que em 2003, apesar da resistência dos trabalhadores diante dos ataques do governo acerca das aposentadorias, houve muita negociata para a aprovação da reforma da previdência. Para ser aprovada, a proposta precisava de 308 votos na Câmara. Obteve 357 votos no primeiro turno e 358 no segundo.

sábado, 20 de outubro de 2012

Niterói, da "requalificação" aos dilemas da re-industrialização

por Almir Cezar*

A literatura econômica contemporânea muito se fala em desindustrializações locais e regionais, citando vários casos, em sua maioria na Europa Ocidental e América do Norte. Em todas as análises fala-se na necessidade de "re-qualificação da cidade" e na busca por um novo perfil, induzido por políticas públicas e planejamento urbano, mais voltado a uma vocação em base à serviços. Porém, a região de Niterói apesar de passar por uma verdadeira reviravolta em menos de 5 décadas (1960-2000), de uma cidade industrial à de serviços, prova não ser totalmente correta essas análises e receituários. A "requalificação" em Niterói esta agora sob o dilema, decorrente do impacto da ascensão das atividades econômicas locais ligados à exploração off shore de petróleo e recém reativação da indústria naval, e também do impacto da recém anunciada implantação do COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) nos vizinhos São Gonçalo e Itaboraí, que impõe um pseudo-desafio de "preparar-se" a esses megaempreendimentos.

Primeiramente, esta região de São Gonçalo, Itaboraí e Maricá gira em torno de Niterói, e com ela segue em sua dinâmica. E com ela vivenciou um declínio econômico. A economia niteroiense era na década de 1950 uma das mais importantes do país. Além de capital estadual, era um importante polo nacional da indústria naval, de pescado e têxtil. Sinais desse passado podem ser vistos nas grandes construções de perfil fabril e em centenas de bairros com feição operária, concentrados na zona norte de Niterói, e se estendendo para vários bairros de São Gonçalo. Contudo, no início da década de 1960 inicia-se um processo de esvaziamento econômico. O movimento portuário de Niterói, por exemplo, diminuiu em 50% no período de 1964-1967, em grande parte em decorrência da decadência da economia cafeeira do Norte Fluminense. O setor têxtil, tradicional na economia fluminense, também foi perdendo a competitividade desde então.

Também contribuiu à decadência econômica a transferência da capital do Estado do Rio de Janeiro, de Niterói para a Cidade do Rio de Janeiro, com a fusão com o Estado da Guanabara em 1975, com a consequente mudança das repartições públicas e estatais estaduais e de escritórios regionais de empresas privadas. E ainda, a construção da Ponte Rio-Niterói, inaugurada um ano antes, em 1974, contribuiu para agravar a situação, à medida que, fez a região da Grande Niterói e o interior do estado passar a gravitar mais forte e diretamente entorno à Cidade do Rio de Janeiro. Que, por sua vez, também passava por um esvaziamento econômico no mesmo período. A consequência foi um claro processo de degradação urbana dos bairros industriais e do entorno do porto de Niterói com a deterioração e subutilização de muitos imóveis, que contribuiu para rebaixar a atratividade desses locais e negócios.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ocupação cresce, mas emprego aumenta menos que população

Segundo pesquisa do IPEA, os dados de desemprego dos últimos anos que mostram queda devem-se que a queda na taxa de ocupação foi inteiramente devida à queda na taxa de participação, forte o bastante para superar o efeito da redução do desemprego. Ou seja, a economia criou postos de trabalho em ritmo e volume menor do que o crescimento da população em idade de trabalhar. Contudo, apesar disso, houve a queda na taxa de ocupação, muito provavelmente porque também houve com esses trabalhadores, o adiamento de sua entrada por mais estudo ou reingresso no mercado de trabalho por falta de perspectivas.

Emprego aumenta menos que população
Monitor Mercantil, 11/10/2012

Queda na taxa de ocupação sinaliza mais estudo e falta de perspectivas

Apesar de a renda média e a população ocupada estarem aumentando desde 2005, com desemprego e a informalidade em queda, o pesquisador Miguel Foguel, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), destacou que a taxa de ocupação - razão entre o nível de ocupação e a população em idade ativa (PIA) - está em declínio no país desde 2008.

Entre 2009 e 2011, a redução ficou em 0,8 ponto percentual, o que representa redução relativa de 1,5% na taxa, diz o Ipea, a partir de dados da Pesquisa Nacional de Abordagem Domiciliar (Pnad).

A queda na taxa de ocupação no período, segundo o Ipea, foi inteiramente devida à queda na taxa de participação, forte o bastante para superar o efeito da redução do desemprego. Ou seja, a economia criou postos de trabalho em ritmo menor do que o crescimento da população em idade de trabalhar.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Novo espaço na web sobre teoria socialista


Meus amigos,
Aí vai o link para o Blog que estou ajudando a animar.
Trata-se de uma iniciativa de luta teórica ainda em teste, exploratória.
Temos conseguido atualizá-lo regularmente com material que já tínhamos. Embora pouco conhecido o blog tem em média 70 visitas por dia e em 30 dias já passamos das 2.500. Acho que em pouco tempo podemos chegar a 150 visitas diárias e 5 mil acessos mensais.

Aquele abraço,
Valério Arcary
http://www.blogconvergencia.org/
CONVERGÊNCIA
www.blogconvergencia.org
Resumo: Dez anos atrás, Eric Hobsbawm apresentou sua Deutscher Lecture sobre“Pode-se escrever a hist...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Venda de terras em larga escala pode agravar insegurança alimentar


Agência Brasil | 16/10/2012

A venda de terras de comunidades tradicionais em larga escala pode agravar a insegurança alimentar, principalmente com a concentração da posse por grupos estrangeiros. O alerta está no relatório Situação da Terra, divulgado nesta terça-feira (16/10), Dia Mundial da Alimentação, pela organização não governamental (ONG) ActionAid.

No levantamento, a organização analisa o avanço das grandes aquisições de terra em 24 países da América Latina, África e Ásia, inclusive no Brasil, e aponta os riscos desse mercado para as comunidades tradicionais, principalmente as mulheres, considerado o grupo mais vulnerável. Com a concentração da terra na mão de estrangeiros, a produção agrícola passa a ser focada na exportação e a produção local fica marginalizada, comprometendo a sobrevivência das comunidades e os preços dos alimentos no mercado interno.


“Em geral, as grandes aquisições envolvem transferência de direitos do uso da terra das comunidades para os investidores, colocando grandes áreas – e a água – nas mãos de poucos, em detrimento dos pequenos produtores”, diz o texto. O fenômeno do comércio de terras em larga escala tem avançado nos últimos anos estimulado, segundo o relatório, pelo aumento do preço dos alimentos e pela expansão da produção de biocombustíveis, que elevam a demanda por áreas agricultáveis. “Até 2008, girava em torno de 4 milhões de hectares de terra por ano. Só entre outubro de 2008 e agosto de 2009, movimentou 45 milhões de hectares, tomou uma proporção muito grande”, compara o coordenador executivo da ActionAid Brasil, Adriano Campolina.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

TV do Canto entrevista Michel Maffesoli on Vimeo

CSP-Conlutas convoca reunião para organizar seu setor de Cultura


Companheiras e Companheiros,

Logo aprovado para CSP Conlutas.JPGAinda falta à CSP-Conlutas organizar seu setor de Cultura, que tem potencial de ajudar nas lutas e mobilizações dos trabalhadores. Dessa forma o CAS (Coletivo dos Artistas Socialistas), movimento recém filiado à central,  convoca a todos para uma discussão sobre Cultura para acontecer no dia 27 de Outubro,  ao final dos trabalhos do 2º dia de reunião da Coordenação Nacional da CSP- Conlutas Central Sindical e Popular.

Estão convidadas todas as companheiras representantes das entidades e participantes da reunião.


Saudações,

Moara Fernandes
Secretaria Nacional CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular
(11)3107-7984/3106-4450

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia dos Professores - frase do dia

Lênin: o professor

"Da NEP ao Socialismo"- Introdução e Prefácio na edição russa de 2011

A tradução da Introdução e Prefácio da edição russa de 2011 do livro "Da NEP ao Socialismo" do economista bolchevique Evgeny Preobrazhensky, que comemora 90 anos de sua publicação. O primeiro é um texto do britânico Cliff Slaughter de 1973 e o segundo é um texto estadunidense de Felix Kreisel de 2011. A tradução está ruim, pois não foi tomada diretamente do inglês mas do russo.

Os textos permitem identificar a importância do autor e do livro para o entendimento da história econômica soviética, a enorme contribuição para a Economia Política, especialmente no tocante a transição de economias nacionais de tipo capitalista à economias socialistas e o papel importante de Preobrazhensky no jogo político na condução do regime soviético naquele momento.

A publicação na Rússia desses dois textos, como do próprio livro, reflete um despertar e crescente interesse por Preobrazhensky naquele país, que durante décadas foi vítima do falsificacionismo stalinista.

Sobre o livro (Introdução 1973)

Esta introdução foi escrita por um dos líderes da Liga Socialista dos Trabalhadores da Grã-Bretanha por  Cliff Slaughter. Posteriormente, ele rompeu com o marxismo revolucionário, liderou uma facção do Partido dos Trabalhadores divisão Revolucionária, e mudou-se para o lado do imperialismo, apoiando, por exemplo, o desmembramento da Iugoslávia imperialista. Mas no tempo de abate foi um dos líderes mais educadas e com a mente do Comitê Internacional da Quarta Internacional.

sábado, 13 de outubro de 2012

Conservatório de Música de Niterói, lugar de educação e música

Outra dica cultural enviada por Emir Zar

Conservatório de Música de Niterói, lugar de educação e música
por Emir Zar

O Conservatório de Música de Niterói (CMN) é um tradicional estabelecimento privado de ensino de artes localizado no município de Niterói, na Rua São Pedro 96, Centro. Fundado em 1913, oferece atualmente os cursos livre, técnico, graduação e pós-graduação de música. Desde a sua inauguração, o conservatório tem corpo docente formado por professores de orquestra. Além das aulas, a casa oferece uma série de audições sinfônicas.

O prédio do Conservatório de Música de Niterói é uma das mais significativas edificações residenciais do entorno do Jardim São João. Sua arquitetura é bastante representativa do primeiro quartel do século XX, na área urbana central de Niterói. Com frequência, suas dependências abrigam recitais de canto e música instrumental com entrada franca.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Editora Sundermann prepara combo especial para outubro


Promoção especial comemora 95 anos da revolução russa


EDITORA SUNDERMANN


• Dia 25 de outubro comemoraremos os 95 anos da Revolução Russa. E para não deixar a data passar batida, a Editora Sundermann está com uma super promoção! Durante esse mês é possível comprar dois kits promocionais, História da Internacional Comunista mais A Revolução Traída de R$145 por R$90; e A História da Revolução Russa mais O Veredicto da História de R$180 por R$100.



Aproveite, pois é só durante o mês de outubro!

Acesse o site da Editora Sundermann

sábado, 6 de outubro de 2012

Centro de Memória Fluminense, lugar de pesquisa e cultura


Fica aqui uma dica cultural enviada por nosso amigo Emir Zar aos pesquisadores de História, História Econômica, Sociologia e Geografia, e Estudos Sociais em geral, voltados as comunidades fluminenses, em especial a cidade de Niterói. O Centro de Memória Fluminense além de centro de preservação e pesquisa e um local de mostras e exposições.

Centro de Memória Fluminense, lugar de pesquisa e cultura
O CMF fica no térreo da Biblioteca do Gragoatá da UFF
por Emir Zar

O Centro de Memória Fluminense (CMF), da Universidade Federal Fluminense (UFF), é um centro documental com intuito de reunir e proteger o acervo composto por importantes obras relacionadas ao Estado do Rio de Janeiro, com foco no município de Niterói, especialmente porque abriga coleções raras de personalidades niteroienses. Seu acervo compreende coleções com 12.500 volumes, mil fotos e recortes de jornais sobre assuntos fluminenses, e está aberto a doações. Áreas de história e literatura de autores fluminenses são referência para pesquisadores.  Embora o CMF funcione como uma biblioteca e um arquivo, em termos de pesquisa, em que é permitida a consulta por parte da comunidade, promove amostras e exposições com base naquilo que tem de material. 

Localizado no 1º andar da Biblioteca Central do Gragoatá (BCG) no Campus do Gragoatá, bairro de São Domingos, Niterói. É administrado pela Superintendência de Documentação da UFF. 

História
Criado em 1992, o CMF teve sua primeira coleção composta por obras de Carlos Mônaco, famoso livreiro niteroiense, que reuniu diversas pesquisas sobre a cidade e do Estado do Rio ao longo dos anos. Dos seus 13 conjuntos de obras particulares, o CMF também guarda acervo pessoal composto por pequenas coleções. Há também arquivos pessoais de importantes políticos fluminenses, como o ex-prefeito de Niterói, João Francisco de Almeida Brandão Júnior.

Dentre as raridades, estão coleções de autores como Julio Pompeu de Castro Albuquerque, Nilton Brasil Alcântara, Rodolpho Villanova Machado, que fizeram a história do município com olhares de cidadãos. Datadas na década de 1920, as primeiras publicações sobre a história de Niterói retomam o crescimento da cidade.

Outros renomados autores e pesquisadores também fazem parte do acervo, que já tem cerca de 30 mil peças (dentre livros, publicações periódicas, folhetos, fotografias, postais, mapas, plantas, CDs, partituras e manuscritos). No acervo, áreas de história e literatura de autores fluminenses são referência para os pesquisadores da comunidade niteroiense em geral. Pesquisadores da universidade ou da comunidade muitas vezes enviam estudos para compor o acervo.

Expediente
Para fazer uso dos materiais do acervo, o pesquisador pode comparecer, das 9h às 20h, ao Centro de Memória Fluminense. 

Não é permitido fazer empréstimos das obras nem reproduzir em cópias os livros do acervo, mas o atendimento no local é bastante funcional. Informações pelo telefone 2629-5241.

Referências
↑ http://www.noticias.uff.br/noticias/2004/05/exposicao-fortes-niteroi.php
↑ http://www.ndc.uff.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1&Itemid=30&limitstart=1

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Pobreza relativa cresce com agronegócio em São Paulo


Valor Econômico

O crescimento do agronegócio, frequentemente associado ao aumento da renda e à prosperidade no interior do país, também pode ter relação com o avanço da chamada pobreza relativa (a incapacidade de se viver de acordo com o custo de vida local) e da violência no campo. É o que sugere um estudo divulgado ontem pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que criou um conjunto de 50 mapas intitulado "São Paulo Agrário".

De acordo com a pesquisa, cidades paulistas que experimentaram uma forte expansão da atividade agrícola entre 1990 e 2008 observaram também um aumento da pobreza relativa e o acirramento dos conflitos agrários no período.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Queda dos juros: dá pra baixar muito mais

Apesar da queda da taxa básica de juros (Selic) para 7,5% ao ano, os estrangeiros elevaram sua participação na dívida interna, batendo novo recorde em agosto. Segundo o Tesouro Nacional, a fatia da dívida mobiliária - em títulos - interna nas mãos de não residentes subiu para 13,34% (R$ 237,39 bilhões) em agosto, contra 13,22% (R$ 236,47 bilhões) em julho. A relação dívida/PIB do Brasil está muito mais confortável do que nos países desenvolvidos. Temos espaço, não apenas para reduzir, mas até para acabar com o superávit primário (desvios de dinheiro da economia para pagar juros)

Dá para baixar mais, Tombini!
Monitor Mercantil, 24/09/2012 

APESAR DA QUEDA DA SELIC, FATIA DE "GRINGOS" NA DÍVIDA BATE RECORDE E MOSTRA HAVER ESPAÇO PARA REDUZIR OS JUROS 

Apesar da queda da taxa básica de juros (Selic) para 7,5% ao ano, os estrangeiros elevaram sua participação na dívida interna, batendo novo recorde em agosto. Segundo o Tesouro Nacional, a fatia da dívida mobiliária - em títulos - interna nas mãos de não residentes subiu para 13,34% (R$ 237,39 bilhões) em agosto, contra 13,22% (R$ 236,47 bilhões) em julho. 

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, não apenas a entrada de capital eleva a presença dos estrangeiros na dívida interna: "Os próprios rendimentos dos títulos, na medida em que são contabilizados, aumentam o saldo de não residentes na dívida", diz, segundo a Agência Brasil. Para Garrido, a ampliação das aplicações dos estrangeiros nos títulos do governo brasileiro representaria confiança na economia do país. 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Como o sistema financeiro mundial criou a dívida

Marco Antonio Moreno - El Blog Salmón



Ao contrário da crença popular, o dinheiro que circula pelo mundo não é criado pelos governos, mas sim pela banca privada em forma de empréstimos, que são a origem da dívida. Este sistema privado de criação de dinheiro tornou-se tão poderoso nos últimos dois séculos que passou a dominar os governos em nível mundial. No entanto, este sistema contém em si próprio a semente da sua destruição e é o que estamos experimentando na crise atual. Dados os seus níveis colossais, trata-se de uma dívida impagável.

O colapso econômico é iminente. Os países mais industrializados do mundo enfrentam uma grande crise da dívida provocada pela crise do crédito de 2008, após a crise das hipotecas imobiliárias e a queda do Lehman Brothers. Estas crises originadas por um colapso do crédito costumam ser muito mais prolongadas e profundas que as crises desencadeadas por um surto inflacionário. Grande parte do mundo enfrenta este tsunami da dívida à beira da bancarrota, como acontece com Grécia, Irlanda e Portugal. No entanto, podemos falar de bancarrota quando estes países possuem enormes riquezas em capital humano e recursos produtivos? De acordo com o atual sistema financeiro, sim. E é por isso que os serviços públicos estão sendo cortados e os bens públicos privatizados.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Economia da UFF comemora 70 anos com jornada científica



Nos dias 3 e 4 de outubro, estarão reunidos, na Faculdade de Economia da UFF, especialistas de instituições de ensino como a Unicamp, UnB, UFRJ e também da Petrobrás e BNDES, durante a Jornada Científica Comemorativa Desindustrialização e Crescimento Econômico no Brasil: Mitos e Realidades, que faz parte da programação de aniversário de 70 anos da faculdade e 25 anos da pós-graduação. --> Leia mais. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dilma já torrou 95% de 2012 com débitos


Dilma já torrou 95% de 2012 com débitos
Monitor Mercantil - 28/09/2012

Em 8 meses, gastança atingiu R$ 670 bilhões, quase igual a todo o ano passado

Apesar da taxa básica de juros (Selic) em queda, até 25 de setembro o governo já torrou R$ 670 bilhões com juros e amortizações da dívida federal. Isso corresponde a 95% dos R$ 708 bilhões gastos em todo o ano passado.

A informação é do economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida, ao comentar informação do Banco Central (BC), dando conta de que, em agosto, o superávit primário (desvio de recursos para gastar com juros) chegou a R$ 2,997 bilhões. No entanto, o arrocho fiscal no mês passado foi menor do que de agosto de 2011 (R$ 4,561 bilhões).


Nos oito meses do ano, o superávit primário ficou em R$ 74,225 bilhões, menor do que em igual período de 2011 (R$ 96,54 bilhões). Em 12 meses encerrados em agosto, o resultado atingiu R$ 106,395 bilhões, ou 2,46% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.