sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasil mais perto da recessão: Indústria em queda do emprego e da produção em abril. Mantega já admite que país não crescerá 4,5%

Indústria constata queda do emprego e da produção em abril.Queda do emprego pelo sétimo mês consecutivo e nova queda da produção são os principais resultados da Sondagem Industrial de abril, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ministro da Fazenda, Guido Mantega,já admite que país não crescerá 4,5% pela primeira vez, que o Produto Interno Bruto (PIB), do país, crescerá menos do que previstos pelo governo. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro apresentou dados projetando crescimento de 4%, número considerando ainda muito otimista diante dos pífios números do primeiro trimestre. Por outro lado, o Banco Central aponta Brasil mais perto da recessão, diante dos números do primeiro trimestre: a atividade econômica do período, ante igual período do ano passado, deve ter recuado 0,23%. Em 12 meses até março, porém, cresceria 1,57% e 0,15% sobre o último trimestre de 2011.

Indústria constata queda do emprego e da produção em abril 
Agência Brasil

Queda do emprego pelo sétimo mês consecutivo e nova queda da produção são os principais resultados da Sondagem Industrial de abril, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado levou a entidade a concluir que, "passado o efeito da sazonalidade positiva em março, que elevou a produção industrial, os resultados mostram que não houve mudança no cenário de dificuldades apresentado pela indústria".
Em abril, o índice da produção industrial registrou 45,3 pontos. E, exceto março, desde agosto de 2011, o índice situa-se abaixo dos 50 pontos. Também houve recuo no indicador do número de empregados, com 48,9 pontos, 0,6 ponto menor do que no mês anterior.


Os indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento da atividade, do emprego, acúmulo de estoques indesejados e utilização da capacidade instalada (UCI) acima do usual.
Segundo a sondagem, os estoques voltaram a aumentar e se distanciaram do nível desejado. Em abril, o índice de evolução dos estoques situou-se acima da linha divisória, em 50,9 pontos, e o índice de estoques efetivo planejado passou de 51,6 pontos para 53 pontos.
Conforme a pesquisa, a UCI também voltou a se afastar do nível usual para o mês. O índice recuou para 42,6 pontos, bem abaixo da linha divisória. O nível médio de UCI de abril foi 71%, 2 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo mês de 2011.
A CNI concluiu que, "nesse cenário de dificuldades, as perspectivas dos empresários com relação a sua demanda, compras de matérias-primas e número de empregados são menos otimistas que nos últimos três meses. A exceção são as expectativas com relação às exportações, que se tornaram mais otimistas".
O indicador das exportações subiu de 52,1 pontos em março para 53,2 pontos em abril, melhora atribuída pela CNI à possível influência da valorização cambial, pois quando a pesquisa foi feita o dólar estava mais valorizado. A Sondagem Industrial de abril foi realizada de 2 a 15 de maio, com 1.924 empresas, das quais 671 de pequeno porte, 757 médias e 496 grandes.

Mantega já admite que país não crescerá 4,5%
 Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela primeira vez, reconheceu que o Produto Interno Bruto (PIB), do país, crescerá menos do que os 4,5% previstos pelo governo. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro apresentou dados projetando crescimento de 4%, número considerando ainda muito otimista diante dos pífios números do primeiro trimestre.
Para o mercado financeiro ouvido pelo último boletim Focus, do Banco Central), o PIB avançará 3,09%. Já para a Argentina, Mantega projetou crescimento de 4,2% na exposição aos parlamentares.
A audiência foi convocada para que o ministro se explicar sobre o confisco dos rendimentos da caderneta de poupança.
Mantega comentou também a crise na Europa, criticando as políticas restritivas, que geraram aumento do desemprego. Para ele, "os europeus terão de encontrar uma saída parecida com a que adotamos, de dar estímulos à economia". E disse ver no novo presidente da França, François Hollande, uma "nova perspectiva para o continente".

BC aponta Brasil mais perto da recessão
Monitor Mercantil, 18/05/2012

A atividade econômica no primeiro trimestre, ante igual período do ano passado, deve ter recuado 0,23%. Em 12 meses até março, porém, cresceria 1,57% e 0,15% sobre o último trimestre de 2011. É o que indica o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que tenta antecipar os dados oficiais do IBGE.
Em março, o IBC-Br caiu 0,35% sobre fevereiro. Na comparação entre março deste ano e o mesmo mês de 2011, caiu 1,18%: "Se houver queda também no próximo trimestre, o país estará em recessão", alerta o economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida.
O fraco desempenho da economia não o surpreende: "Até 11 de maio, a União já destinou R$ 370 bilhões à dívida pública. Não é possível crescer de maneira sustentável com uma carga dessas", critica, esclarecendo que a quantia resulta da soma do pagamento de juros com as amortizações da dívida, engolindo 56% de todo o Orçamento executado até aquela data.
"Tal montante equivale a R$ 2,8 bilhões por dia e 17 vezes o valor aplicado na saúde, ou 27 vezes com educação, no mesmo período", compara, criticando a "imprensa conservadora" pelo "terrorismo da inflação", para justificar os juros altos.
"Analistas conservadores citaram o índice de inflação (IPCA) de 0,64% em abril e apontam os principais vilões da inflação: alimentos, remédios, cigarros e o salário de empregadas domésticas, culpando um suposto aumento da renda e do consumo dos brasileiros. Mas em nenhum desses casos o aumento dos preços decorreu de maior renda ou consumo", enfatiza, apontando a especulação com commodities como uma das razões.

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