quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brasil é o 2º mais desigual do G20

Brasil é o 2º mais desigual do G20, e com os juros reais mais elevados do planeta, país só fica atrás da África do Sul.

Brasil é o 2º mais desigual do G20
Monitor Mercantil, 19/01/2012


Brasil, com a maior taxa de juros reais do mundo, é o segundo país com maior desigualdade do G20, de acordo com a pesquisa Deixados para trás pelo G20?, realizada pela Oxfam, entidade de combate à pobreza e à injustiça social em 92 países. Apenas a África do Sul fica atrás do Brasil em termos de desigualdade.
 
A pesquisa também examina a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial (Bird). Neste quesito, o Brasil amarga o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo a seguir.



A pesquisa afirma que os países mais desiguais do G20 são economias emergentes. Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados.

Já as nações com maior igualdade, segundo a Oxfam, são economias desenvolvidas com renda maior, como França (país com melhor resultado geral), Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.

Apesar do vergonhoso nível de desigualdade, o Brasil é mencionado pela pesquisa como um dos países nos quais o combate à pobreza foi mais eficaz nos últimos anos.
O estudo cita dados que apontam a saída de 12 milhões de brasileiros da pobreza absoluta entre 1999 e 2009, além da queda da desigualdade medida pelo coeficiente de Gini, de 0,52 para 0,47 no mesmo período (quanto mais perto de zero, menos desigual).

A pesquisa prevê que, se o Brasil crescer de acordo com as previsões do FMI (3,6% em 2012 e acima de 4% nos anos subsequentes) e mantiver a tendência de redução da desigualdade e de crescimento populacional, o número de pessoas pobres cairá em quase dois terços até 2020, com cinco milhões de pessoas a menos na linha da pobreza.

No entanto, a Oxfam diz que, se houver aumento da desigualdade nos próximos anos, nem mesmo um forte crescimento poderá retirar um número significativo de brasileiros da pobreza. 

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