sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Desigualdade: Só 5 cidades detêm 1/4 da renda do Brasil

Avenida Paulista, São Paulo - sede de grandes empresas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2005-2009 em que apurou que a renda gerada por apenas cinco municípios brasileiros corresponderam a 25% da renda gerada no país em 2009. Essas cinco cidades são liderados por São Paulo, com 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, seguido por Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (4,1%), Curitiba e Belo Horizonte (ambos com 1,4%). 

Os cinco municípios com maior renda mantiveram a posição em relação a 2008, e embora detenham 1/4 da geração de renda do país, apenas possuem 12% da população brasileira. Somente a renda de São Paulo equivale a quase o PIB gerado por todo o Nordeste em 2009 (13,5%). Por sua vez, de acordo com a pesquisa, em 2009, 1.302 municípios, que concentravam 3,3% da população, geraram apenas 1% do PIB nacional, com maior predominância nas regiões Nordeste e Norte. Isto mostra que, apesar de vários avanços, o Brasil segue com um padrão de desenvolvimento desigual e concentrador de riqueza. Obviamente, que sem políticas regionais, ou mesmo um outro padrão de desenvolvimento, apesar da "papagaida" neoliberal em contrário, a riqueza continuará concentrada no Sudeste, e algumas de suas cidades.

Cinco municípios brasileiros geraram 25% da renda do país em 2009

14/12/2011 -Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A renda gerada por apenas cinco municípios brasileiros correspondeu a 25% da renda gerada no país em 2009. Eles são liderados por São Paulo, com 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, seguido pelo Rio de Janeiro (5,4%), por Brasília (4,1%), Curitiba e Belo Horizonte, ambos com 1,4% cada. Esses cinco municípios com maior renda mantiveram a posição em relação a 2008.
Somente a renda de São Paulo equivale a quase o PIB gerado por toda a Região Nordeste em 2009 (13,5%), revela a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2005-2009, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Excluindo as capitais, 12 cidades brasileiras destacaram-se em 2009 porque geraram, individualmente, mais do que 0,5% do PIB do país. Entre elas estão Guarulhos, Campinas e Osasco, em São Paulo, todas com geração de renda equivalente a 1% do PIB geral.
“Guarulhos tem uma indústria diversificada, que gera muita renda”, disse à Agência Brasil a gerente da pesquisa, a estatística Sheila Zani. O município tem ainda uma parte de serviços significativa, um forte comércio atacadista e varejista, o que ocorre também em relação à área de transportes. “É uma integração muito grande entre indústria e serviços”, destacou.  
Seguem-se São Bernardo do Campo (0,9%) e Barueri (0,8%), também em São Paulo, Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, com 0,8%, e Betim, em Minas Gerais, com o mesmo percentual.
Isso mostra a grande concentração existente na geração de renda no país, acentuou Sheila Zani. “Poucos municípios geram muita coisa”. De acordo com a pesquisa do IBGE, em 2009, 1.302 municípios, que concentravam 3,3% da população, geraram apenas 1% do PIB nacional, com maior predominância nas regiões Nordeste e Norte.
Sheila revelou que 13% desses municípios estão no Piauí, que tem um total de 224 municípios. Isso quer dizer que 75% dos municípios do estado estão nessa faixa de renda. O mesmo ocorreu com 59% dos municípios da Paraíba e com 51% dos municípios do Rio Grande do Norte, citou a gerente.
Entre os municípios com maior participação no PIB geral, observa-se ganho na participação relativa, em comparação a 2008, em São Paulo (de 11,8% para 12%), no Rio de Janeiro (de 5,2% para 5,4%), em Brasília (de 3,9% para 4,1%) e Duque de Caxias (de 0,6% para 0,8%).
A atividade de serviços, que gerava mais de 79% do valor adicionado bruto municipal em 2009, respondeu pelo ganho de participação da capital paulista entre 2008 e 2009, mostra a pesquisa. Já o aumento de participação da capital fluminense é explicado pelo bom desempenho da indústria de transformação. Em Duque de Caxias, o ganho de participação se deve à queda do preço do barril de petróleo, que resultou na diminuição dos custos de produção de refino de petróleo e coque.
Em contrapartida, registraram queda na participação relativa os municípios de Vitória (ES), que caiu de 0,8%, em 2008, para 0,6%, em 2009, e Campos dos Goytacazes (RJ), que passou de 1% para 0,6%. Segundo o estudo do IBGE, a crise internacional de 2009 causou impacto direto sobre a economia desses dois municípios, em função, respectivamente, dos baixos preços do minério de ferro e da queda no preço do barril de petróleo.
Considerando os municípios por tamanho da população, constata-se que os com mais de 500 mil habitantes geraram 43% de toda a renda naquele ano. “Mas são poucos. São apenas 40”. A faixa que mais ganhou participação relativa em 2009 foi a dos municípios na faixa de 100 mil a 500 mil habitantes. Em geral, não são capitais. Itajaí (SC) e Anápolis (GO) são alguns exemplos, citou Sheila Zani.
Edição: Graça Adjuto



Só 5 cidades detêm 1/4 da renda do país
Monitor Mercantil, 14/12/2011

A renda gerada por apenas cinco municípios brasileiros correspondeu a 25% da riqueza produzida em todo o país em 2009. Eles são liderados por São Paulo, com 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, seguido por Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (4,1%), Curitiba e Belo Horizonte (ambos com 1,4%). Os cinco municípios com maior renda mantiveram a posição em relação a 2008.

Somente a renda de São Paulo equivale a quase o PIB gerado por todo o Nordeste em 2009 (13,5%), de acordo com a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2005-2009, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Excluindo as capitais, 12 cidades brasileiras destacaram-se em 2009 por gerarem, individualmente, mais de 0,5% do PIB do país. Entre elas, estão Guarulhos, Campinas e Osasco (as três de São Paulo), todas com geração de renda equivalente a 1% do PIB geral.

"Guarulhos tem uma indústria diversificada, que gera muita renda", disse à Agência Brasil a gerente da pesquisa, a estatística Sheila Zani.

O município tem ainda uma parte de serviços significativa, um forte comércio atacadista e varejista, o que ocorre também em relação à área de transportes. "É uma integração muito grande entre indústria e serviços", acrescentou a pesquisadora.

Seguem-se São Bernardo do Campo (0,9%) e Barueri (0,8%) - ambas também de São Paulo - Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro (0,8%), e Betim, em Minas Gerais, com o mesmo percentual.

Isso mostra a grande concentração da geração de renda no país, acentuou Sheila. "Poucos municípios geram muita coisa."

De acordo com a pesquisa, em 2009, 1.302 municípios, que concentravam 3,3% da população, geraram apenas 1% do PIB nacional, com maior predominância nas regiões Nordeste e Norte. Segundo Sheila, 13% desses municípios são do Piauí, representando 75% das 224 cidades do estado. 

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