segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Juros, juros, juros: dinheiro público escorre para juros. Desajuste à economia

Juros, juros, juros, gastança dos recursos públicos com juros vai em 12 meses a R$200 bilhões. Só em janeiro o Poder Público reteve R$17,7 bilhões. Um verdadeiro "saco sem fundo". Isso deve piorar, já que sobre pretexto de combate à inflação, a taxa de juros deve seguir subindo. Contudo, elevar juros ao invés de equilibrar economia, pode provocar o inverso ao promover desajuste fiscal no país.

Gastos com juros em 12 meses vão a R$ 200 bi
Monitor Mercantil,25/02/2011


No mês passado, os gastos com juros ficaram em R$ 19,281 bilhões, contra R$ 14,129 bilhões registrados em janeiro de 2010. Já no período de 12 meses, os gastos com juros ficaram em R$ 200,521 bilhões, o equivalente a 5,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os números constam do relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC), que informa que o setor público consolidado, formado pelos governos federal, estaduais e municipais, registrou superávit primário - economia feita para o pagamento de juros da dívida - de R$ 17,748 bilhões em janeiro deste ano. No mesmo mês de 2010, o superávit primário ficou em R$ 16,084 bilhões.

O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal.

O déficit nominal ficou em R$ 1,532 bilhão, contra superávit de R$ 1,955 bilhão de igual mês do ano passado. Em 12 meses encerrados em janeiro de 2011, o superávit primário ficou em R$ 103,360 bilhões, o que corresponde a 2,81% do PIB.

Brasil economiza R$ 17,7 bilhões em janeiro para honrar compromissos
Agência Brasil 25/02/2011


O setor público consolidado, formado pelos governos federal, estaduais e municipais, registrou superávit primário - economia feita para o pagamento de juros da dívida - de R$ 17,748 bilhões em janeiro deste ano, segundo relatório divulgado hoje (25) pelo Banco Central. No mesmo mês de 2010, o superávit primário ficou em R$ 16,084 bilhões.

O Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) contribuiu com R$ 13,807 bilhões. Os governos estaduais registram superávit primário de R$ 3,813 bilhões e os municipais, de R$ 690 milhões. As empresas estatais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 562 milhões.

O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal. No mês passado, os gastos com juros ficaram em R$ 19,281 bilhões, contra R$ 14,129 bilhões registrados em janeiro de 2010. O déficit nominal ficou em R$ 1,532 bilhão, contra superávit de R$ 1,955 bilhão de igual mês do ano passado.

Em 12 meses encerrados em janeiro de 2011, o superávit primário ficou em R$ 103,360 bilhões, o que corresponde a 2,81% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A meta de superávit é de R$ 117, 9 bilhões para o setor público consolidado neste ano.

No período de 12 meses, os gastos com juros ficaram em R$ 200,521 bilhões (5,44% do PIB) e o déficit nominal chegou a R$ 97,161 bilhões (2,64% do PIB).

Elevar juro promove desajuste fiscal no país
Monitor Mercantil, 25/02/2011


Freitas alerta que atitude é "temerária". Para "mercado", inflação sofre pressão externa

A economia do governo para pagar os juros da dívida (superavit primário) cresceu 9,94% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2010. Segundo o Banco Central (BC) em janeiro de 2011, a drenagem de recursos da economia para gastar com juros atingiu R$ 17,7 bilhões contra os R$ 16,1 bilhões do mesmo mês do ano anterior.

O aumento do superavit primário ocorre em um momento em que o governo ameaça cortar os gastos públicos a pretexto de conter a inflação.

No entanto, para o economista Carlos Thadeu de Freitas, consultor econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central, seria uma temeridade insistir em manter a trajetória de alta na taxa básica de juros (Selic).

Isso porque o comércio e, principalmente, a indústria já detectam claros sinais de que as medidas adotadas pelo governo, a maioria de contenção ao crédito, acompanhada de alta da Selic, já surtem efeito. Além disso, o cenário externo é cada vez mais preocupante.

"O governo não pode errar na dose porque a arrecadação vai cair e atrapalhar a meta, que é o equilíbrio fiscal. Se insistir em aumentar a Selic pode estragar tudo", alertou Freitas, lembrando que o dólar continua a cair e se mantém como fator atenuante da inflação.

Quanto ao cenário externo, ele pondera que o Brasil poderá ganhar com a crise no mundo árabe, pois o país se tornou exportador de petróleo.

O economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, também adverte que uma elevação do ritmo de alta da Selic na próxima semana, pelo BC, não teria efeito nas expectativas de inflação, já que parte significativa deterioração delas é conseqüência do cenário internacional.

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