terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Gasto público com Previdência tem impacto positivo sobre o PIB

Gasto público com previdência social tem impacto positivo sobre o PIB

"Velhinho" é mais investimento
Monitor Mercantil, 03/02/2011

Cada 1 ponto do PIB gasto com aposentado eleva 1,7 mais o PIB que "Bolsa Juros"

Enquanto o multiplicador decorrente do aumento de um ponto percentual no PIB é de 1,44 ponto para o Bolsa Família e 1,23 ponto no caso do Regime Geral da Previdência Social, a contribuição dos juros da dívida pública é de apenas 0,71 ponto.

Os dados são de levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que revela também que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na forma de tributos.

"O gasto social não é neutro. Ele propicia crescimento com distribuição de renda. Ele foi muito importante para o Brasil superar a crise de 2008. Esse gasto tem uma grande importância como alavanca do desenvolvimento econômico e, logicamente, do bem-estar social", disse o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.

Segundo o estudo, que usou como base dados de 2006, cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor investido na saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos assumidos pela União, pelos estados e municípios.

Quando se calcula o tipo de gasto social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro lugar aparece o Programa Bolsa Família (PBF). Para cada R$ 1 incluído no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Funcionários do BNDES (AFBNDES), Hélio Silveira, a pesquisa do Ipea é facilmente explicada pelo prisma das finanças funcionais.

"O investimento alavanca o PIB ainda mais do que o gasto social, pois seu efeito já se faz sentir no início, com as compras do governo, mas também se mantém após o período de maturação", compara o economista, lembrando que as camadas de renda mais baixas, principais beneficiadas pelos programas sociais e pela Previdência, consomem tudo o que recebem. "Os pobres não poupam e sobre os alimentos incide elevada carga tributária", destaca Silveira.

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